O preço de ser cristã

Capítulo 22 - Ele não é calmo ❤

Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, já é sexta feira e eu não consegui achar ninguém. Eu fui bem na prova, mas o que me importa agora é saber sobre Diego, Arthur e Lorena, eu quero ver se eles vão ir bem, pois, se eles forem podem mudar a classe.

Ultimamente só tenho pensando neles, estou com muitas saudades, já fazem duas semanas que não os vejo direito. Claro que eu entendo que é semana de provas e tudo fica turbulento, os hormônios a flor da pele, mas eu realmente preciso ouvir uma voz diferente do que a do professor e a do meu irmão. A única voz que não me enjoa é a voz de Deus.

Finalmente as provas acabaram e enfim terei um tempo para ficar com eles. Aproveitar que já estou com mais energia e melhor do último acontecimento e sair um pouco para me divertir. Meu irmão sempre rigoroso comigo quanto aos estudos não me deixa sair para nenhum lugar em época de provas, mesmo sabendo que eu sempre estou estudando em meu tempo livre.

Eu estava passeando em volta da piscina da escola, esperando que alguém aparecesse para a aula, eu estava adiantada então era compreensível estar sozinha. A água estava tão quietinha, tão diferente da escola nesses últimos dias. Eu fico feliz que essa aula de natação seja classificada não por classes, mas por anos escolares, então todo o terceiro ano assiste junto, assim posso ver a todos. Isso realmente me alegra, eu tenho me sentido muito ansiosa ultimamente.

— Alana? – Viro-me para olhar Arthur chegando com uma toalha em volta do pescoço, uma camisa branca com o símbolo da escola e uma bermuda azul marinho.

Ele parecia mais calmo em relação à última vez que o vi. Ele estava soltando fogo pelas ventas de tanto ciúmes.

— Arthur, que saudade – Vou até ele e dou um abraço apertado.

— Saudade? Foram só duas semanas, parece até que nunca passamos por isso – Ele estranha minha reação. Eu realmente nunca fiquei assim depois de provas.

— É que eu ando ansiosa, desculpa – Solto-me do abraço.

— As coisas estão difíceis, normal ficar assim. Eu também tenho tido um turbilhão de coisas na minha vida – Ele estava bem sério, nem parecia o Arthur.

— Você está triste – Digo o que seu semblante me dizia.

— Acho que você tem razão – Meu coração imediatamente sorriu com a esperança dele finalmente confessar o que sente por Lorena — Eu não devo interferir na vida da Lorena, eu sou apenas o amigo dela, eu quero proteger ela e acaba parecendo que é outra coisa. Eu sei sobre o que ela sente e acho que tenho dado esperanças.

— É o que? – Fico confusa. Ele não pode estar falando sério. — Você levou quanto tempo para se convencer disso que está falando?

— Olha, Alana.... Eu sei o que você acha, mas não é assim. Eu gosto dela como gosto de você, uma irmã, eu só quero proteger vocês – Seu tom de voz ainda estava triste. Mesmo não esbravejando como sempre ele não me parecia sincero. Acho que ele está tentando acreditar nisso que ele diz.

— Você....

— Alana – Ouço a voz de Diego me chamar e me distraio. Olho para trás e o vejo sorrindo de canto para mim.

— Oi! – Exclamo feliz e dou um abraço nele. Ele fica parado sem reação.

— Que isso? – Ele aponta para o abraço.

— Um abraço. – Respondo ainda segurando ele.

— O que deu em você? – Ele pergunta e me solto do abraço.

— Eu só estava com saudade de vocês, mas tudo bem não dou mais abraços.... – Finjo-me de triste e me afasto deles, mas os dois me puxam e me abraçam ao mesmo tempo me sufocando entre eles.