Maria
Sai de lá e logo mandei mensagem para Teresa contando o que havia acontecido. Logo em seguida ela me respondeu dizendo que era para mim ir até o pé do morro que ela estaria me esperando lá...
Chamei um uber e ele me levou até o morro, as lagrima caiam, a dor no coração só aumentava, e o arrependimento me completava.
Em minutos chegamos ao morro, e de longe vi Teresa me esperando.
Paguei o moço, e fui de encontro com Teresa.
Ela me envolveu em um abraço apertado.— Amiga eu sinto muito por tudo isso... Eu falei com o Guilherme e ele disse se você quiser ficar lá em casa, tudo bem. O bom é que ai tenho companhia pois ele as vezes não dorme em casa. - Teresa disse.
— Aqui? No morro? - Falei com cara de nojo.
Ela foi me puxando e subimos o morro.
— Já pensei assim também, mas não é um bicho de sete cabeça que a gente ouve falar! - Teresa disse.
Chegamos naquela casinha simples, e entramos na sala que havia um sofá de dois lugares cor marrom, e uma TV de led 20 polegadas.
Ela me levou até um quarto pequeno qua havia apenas uma cama, uma cômoda branca e um espelho.
— Não é seu antigo quarto mais garanto que o colchão é confortável. - Ela disse sorrindo sem mostrar os dentes.
— É... Obrigado por me arranjar aqui pra dormir...- Falei abaixando a cabeça.
— Não fiz mais que minha obrigação te coloquei nisso. - Ela disse e me abraçou.
Teresa saiu do quarto e eu sentei na cama olhando ao redor. Imaginando se nada disso tivesse acontecido, talvez eu taria na piscina agora, ou até mesmo no shopping.
Levantei e fui guardar as roupas na cômoda. Quando terminei, troquei de shorts colocando um mais fresquinho, estava quente demais. Sai do quarto vendo Teresa assistir uma novela que eu nunca tinha visto na vida.
Sentei ao lado dela e fiquei junto assistindo, quando do nada a porta se abre e Guilherme entra todo desesperado.
— Corre porra, rocinha vai ser invadida! - Guilherme disse alto.
Não sabia ainda oque estava acontecendo, mas estava com medo. Guilherme nos puxou pra fora da casa e saiu nos puxando pros becos, íamos correndo quando ouvimos o primeiro foguete.
Aquele momento pra mim foi demais. Senti meu rosto molhar com minhas lágrimas e fui puxada pela Teresa que estava morrendo de medo.
Eu ainda conseguia ouvir as pessoas gritando, crianças chorando. Não havia mais nenhum morador lá.
Corri sem parara enquanto segurava a mão de Teresa. Logo senti um puxão, eu me virei encarando Bruno que estava ofegante.
— Por que ainda não meteu o pé pra minha goma caralho? - Ele gritou.
Ele me puxou e puxei a Teresa, até que chegamos na frente da casa dele.
—Entra e não sai por nada porra! - Bruno dizia gritando e beijando minha barriga.
Na mesma hora o empurrei e entrei correndo com a Teresa. Sentamos no sofá e só choravamos com medo...
• aperta na estrelinha •
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O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)
RomantikMaria Victória, uma adolescente mimada que vive na zona sul do Rio de Janeiro com seus pais. Mas oque ela não sabia é que a vida dela iria dar uma revira volta danada, ela iria aprender uma lição. Conhecendo a pessoa mais perigosa da Rocinha!