• Capitulo 9 •

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Maria Victória

Os tiros cada vez mais aumentavam e não acabavam mais. Se passaram uma hora e ainda ouvia tiros.

Depois de muito tempo a porta é aberta, e o Bruno entra com alguns moleques do tráfico.

— Cadê o Guilherme? - Disse Teresa se levantando do sofá e indo até Bruno.

— Serve aquele? - Bruno disse apontando pra porta e indo sentar no sofá.

No mesmo momento levantei do sofá.

— Não mordo não loira. - Bruno disse batendo a mão no sofá.

Teresa foi abraçar Guilherme, e Bruno mandou os moleques irem embora. Ficamos só eu, Bruno, Teresa e Guilherme lá naquela casa enorme.

— Não acredito que aqueles filhos da puta conseguiram invadir aqui. Cadê os moleque que ficam lá atrás do morro? - Guilherme disse todo furioso.

Bruno pegou o radinho e apertou um botão.

— E ai caralho, quero todo mundo amanhã oito horas na boca! - disse ele falando pelo radinho.

Ele se levantou e foi subindo pelas escadas tirando a camisa, deixando eu, Teresa e Guilherme na sala.

— Porque eles invadiram? É sempre assim? - Teresa perguntou toda nervosa.

— Fica de boa Teresa ninguém vai mexer com vocês. - diz Guilherme olhando para Teresa e para mim.

Eu já tava pensando que era a pior ideia ficar ali, mas aonde eu iria? Não tinha aonde eu ir.

Um tempinho depois desceu Bruno, com uma bermuda tectel e uma blusa no ombro.

Ele veio até a mim, e sentou do meu lado. Eu ia levantar e ele me segurou.

— Caramba oque você quer? - Falei revirando os olhos.

— Quero que você venha morar comigo! - Ele disse com um olhar firme nos meus olhos, e me segurando ainda.

— Aqui? Com você? Tá louco? - Falei rindo.

— E o que a dondoca tá fazendo aqui no morro então? - disse ele rindo.

Ele disse e eu abaixei a cabeça.

— Os pais dela mandaram ela embora. Ficaram sabendo que ela tava grávida... -  Teresa disse com um olhar de pena.

— Olha pra mim! - Bruno disse.

Assento que não com a cabeça.

— Olha pra mim caralho. - Bruno gritou.

Olhei para ele e ele me olhou com um olhar seguro.

— Você fica aqui. Não quero mãe de meu filho jogado por ai! - Bruno disse.

— Não to jogada, e não precisa ficar com dó, não sou nehuma coitada. - Falei revirando os olhos.

— To com graça não mina, você vai vir morar aqui, você tá com um pivete meu porra, aqui é mais seguro! - Ele disse bravo já.

— Maria, também acho que é melhor você fica aqui. - Ela disse toda calma.

Bufei e não tava acreditando, não bastava estar no morro, e teria que morar com o cara que me trouxe esse negócio.

1 semana depois...

To morando aqui com o Bruno e tá sendo um tédio enorme. De manhã ele vai pra boca e volta só no almoço, depois fica aqui um pouco, e volta pra boca. As vezes nem volta pra cá, acabo ficando sozinha, ou as vezes Teresa vem aqui dormir comigo.

O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora