Maria tinha acordado, ainda estavamos no samu, ela sangrava e chorava de dor, segurei em sua mão e ela só sabia falar uma coisa...
— Bruno eu não quero perder o Henrique! - Maria Victoria disse os meios das lagrimas que escorria pelo seu rosto.
— Cê não vai perder loira, eu to contigo velho, respira fundo. - Bruno disse segurando a mão de Maria e fazendo carinho em seu cabelo.
A ambulância ia voando para o hospital, o barulho da sirene soava alto e cada vez mais a Maria reclamava de dor. Bruno ficou segurando a mão de Maria que chorava. A ambulancia pedia passagem para os carros e ia passando...
Chegamos no hospital e logo que saimos da ambulancia, já nos esperava médicos da uti, maca e enfermeiros. Eles foram correndo socorrendo e ela que gritava por dor, a voz dela soava pelo corredor daquele hospital. Maria Victoria sangrava muito, ela foi levada até uma sala e eu tive que ficar, fiz o cadastro dela e fiquei ali sentado na sala de espera.
• 20 minutos depois •
Não demorou muito e já tava Teresa, Guilherme, Raissa, Jorginho e umas par de gente do morro lá na sala de espera. Ficamos lá torcendo pra que tudo ficasse bem com a Maria, porque se alguma coisa desse de errado, parça, eu nunca iria me perdoar.
Passava médicos toda hora e a cada médico que passava meu coração quase saia da boca, cê louco.
Teresa foi atrás de mãe de Maria pra avisar sobre ela. Eu não aguentava tanta tortura de ficar sem minha Maria, como eu podia ficar sem ela? Eu não iria conseguir ficar sem a minha menina.
Mãe de Maria tinha chegado, eu fiquei na minha sozinho o tempo todo pensando que podia ter sido diferente, porra mano que merda eu fiz? A culpa é minha pela Maria ter caido, e se eu perder ela e o Henrique eu nunca vou me perdoar!
Fiquei ali andando de um lado para o outro, esperando algum médico dae um sinal de vida, mas os filhos da puta passavam reto, eu acreditava que Maria ia conseguir, ela era forte, e vai lutar pelo bebê. Fiquei ali esperando alguma notícia, e nada, todos estavamos agoniados. Porra mano, como passou rápido, naquele momento passou um filme rápido desde quando conheci ela naquele baile, ela tão linda como sempre e gostosa. Fiquei lembrando de como ela sempre me deixou louco e oque eu fiz? Não dei valor, foi um deslize meu que eu nunca vou perdoar oque eu fiz com ela, foi mancada mesmo, mas eu daria tudo pra ter minha pequena comigo de volta, ter o cheiro, ter o abraço, o beijo, o carinho... Mo falta ela me faz. Fui pro banheiro e fiquei me olhando no espelho e acabei chorando.
— Parabéns Bruno, sempre faz merda caralho! - Bruno disse deixando cair lagrimas.
Bruno ficou ali chorando e pensando o quanto amava Maria e que não queria perder nem ela e nem o bebê. Logo ele saiu e foi na frente de um médico, pegou ele pelo pescoço e todos ficaram olhando.
— CADÊ NOTÍCIAS DA MINHA MULHER QUE NENHUM FILHO DA PUTA VEIO TRAZER EM? VOU TER QUE TACAR TIRO NESSA PORRA PRA ALGUÉM DAR UMA ATENÇÃO CARALHO?! - Bruno disse todo com raiva pegando o pescoço do médico fazendo ele arregalar os olhos.
O médico tentou falar algo, Bruno soltou ele e os meninos seguraram Bruno.
Com a voz meio falhada o médico falou...
— Quando tiver notícias eu venho trazer. - O médico disse passando a mão na garganta.
— Tira do cú então caralho, vai atrás de saber porque se não vai ficar sem cabeça. - Disse Bruno apontando pro médico que logo saiu dali rapidamente.
Bruno estava em um momento de raiva, nervoso e medo de tudo. Se sentou e ficou ali esperando alguma notícia de Maria.
Depois de algumas horas apareceu um médico com aparência de 50 anos, chegou até nós e...
— Responsavel por Maria Victoria por favor?! - Medico perguntou com uma cara nada boa e todos gelamos.
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O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)
RomanceMaria Victória, uma adolescente mimada que vive na zona sul do Rio de Janeiro com seus pais. Mas oque ela não sabia é que a vida dela iria dar uma revira volta danada, ela iria aprender uma lição. Conhecendo a pessoa mais perigosa da Rocinha!