Bruno
Fui correndo avisar Teresa e mandei a mesma dar um toque na mãe de Maria. Entrei rápido no banheiro e tomei um banho de gato. Sai pro quarto e coloquei uma calça jeans clara, uma camisa da okleay, e calcei um mizuno. Enfiei a pistola na cintura e fui catando as malas que a Maria tinha feito com as roupas dela e do Henrique e fui descendo até a sala. Olhei pro sofá e Raissa tava lá com cara de bunda.
— Vamo pra porra do hospital agora. Sobe e veste outra roupa e vamo! - Eu disse e ela foi subindo com uma cara de bosta.
Fui levando até o carro as malas e logo vi Jorginho correndo atrás.
— Qualé Jorginho, meu pivete nasceu. To indo agora pro hospital. - EU DISSE MONTANDO NO CARRO .
— eai chefia, parabéns parceiro. Vai lá, fica de boa que eu tomo conta daqui. - JORGINHO DISSE FAZENDO UM TOQUE E SAINDO DALI.
Depois que Guizão faleceu eu coloquei Jorginho como o sub dono. Confio demais naquele moleque cara.
Logo vi Raissa vindo e sentando do meu lado do carro. Liguei o carro e segui o mais rápido para aquele hospital, estacionei e fui saindo olhando pra ver se não tinha nenhum policial ali. Peguei as malas e fui seguindo para porta da entrada, de longe avistei a mãe de Maria, Teresa, um cara velho, e algumas pessoas ali junto. Segui na recepção e aquela sonsa da mulher ficou me olhando.
— Quero saber da Maria Victória Ferraz, sem enrolação porra! - Eu disse com autoridade pra moça que ficou olhando pra mim.
Depois de alguns minutos da moça olhando aquele PC...
— A senhorita Maria Victória está na UTI... - ela nem terminou de falar e eu interrompi.
— Senhorita é o caralho, ela é minha mulher porra. E cadê o meu filho? Abre o bico pra falar logo... - eu disse ja sem paciência.
Ela me olhou assustada e...
— O... Os dois estão na UTI... O doutor que está responsável por ela é o Carmelindo Soares! - Ela disse e eu logo sai.
Sai atrás desse médico, olhava nos jalecos até eu ver um homem que aparentava uns 30 anos que tinha aquele nome no jaleco.
— Eai doutor beleza? Sou marido da Maria Victoria, que cê tá cuidando quero saber dela e do meu pivete... - eu disse segurando ele.
— Boa noite, me acompanhe aqui. - ele me disse olhando meio assustado.
Entramos numa sala, nos sentamos e ele começou a explicar.
— O estado dela é delicado, vamos esperar 78 horas para ver como ela vai reagir aos medicamentos, vamos ter que ter paciência. ESTAMOS fazendo TUDO OQUE PODEMOS. SOBRE O BEBE ELE TEVE UMA PARADA CARDIACA, O ESTADO DELE É MAIS GRAVE, REANIMAMOS ELE E TEMOS QUE TER PACIÊNCIA POIS ELE É UM BEBÊ RECÉM-NASCIDO E PASSOU POR TUDO ISSO. Estamos fazendo o possivel e o impossível para trata-los, agora só o tempo dirá. Com licença preciso atender outros pacientes.
O doutor saiu e eu fiquei ali parada tentando raciocinar tudo que estava acontecendo.
Me levantei e logo minhas lágrimas veio a tona, me desesperei e aquele momento só queria que meu filho e minha mulher estivesse bem. Cai ajoelhado pedindo pra Deus que se ele tirasse o meu amor e o meu filho dessa, eu largaria o mundo do crime e viveria honestamente. Eu já estava desesperado em pensar na possibilidade de perder meu filho e a Maria. Fui novamente atrásdo doutor para ver Maria e ele me liberou, caminhei até a UTI aonde ele me guiou e entrei lá mesmo não sendo hora pra visita. Avistei ela de longe cheio de tubos pela boca e com seus batimentosa baixo do normal. Fui até ela e depositei um beijo em sua testa deixando cair uma lágrima em meu rosto, enxuguei e...— eu juro meu amor, que se Deus tirar vocês dessa eu saio do mundo do crime. Como me dói ficar sem vocês. - eu disse acariciando sua mão que havia um fio com soro...
• deixa uma estrelinha pra tia Rebeca ficar feliz •☆
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O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)
RomanceMaria Victória, uma adolescente mimada que vive na zona sul do Rio de Janeiro com seus pais. Mas oque ela não sabia é que a vida dela iria dar uma revira volta danada, ela iria aprender uma lição. Conhecendo a pessoa mais perigosa da Rocinha!