• Capitulo 50 •

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AVISO: ESTE CAPITULO SERÁ GRANDE...

Chegamos na casa de Bruno e ele foi sentando no sofá, eu me sentei também e fiquei passando a mão em minha barriga.

- Eu quero vocês aqui comigo, morando... Volta pra cá loira, eu to arrependido de cada merda que eu fiz... Eu... - Bruno ia falando e...

Eu calei ele com um beijo, nossos lábios colaram e ficamos nos beijando até a falta de ar tomar conta de mim, parei o beijo e ele sorriu pra mim já sabendo a resposta.

- JURO QUE DA PRÓXIMA VEZ EU VOU EMBORA E LEVO O HENRIQUE JUNTO! - EU DISSE COM UM TOM FIRME.

- Não vai ter próxima vez por que eu quero você aqui comigo. Você não sabe o quanto fiquei ruim sem tu... Não vou mais falhar com ti loira. - Bruno disse me olhando com um olhar que me irrita.

Eu sei que vocês vão falar " uma tonta mesmo em " mas pensem comigo se eu não tentar para ver se ele mudou eu nunca vou saber se realmente ele está sendo sincero... E se caso ele falhar novamente comigo não terá perdão. Nem para casa de minha mãe eu voltaria eu iria atrás das minhas coisas sozinha e ainda por cima com o Henrique!

* 2 MESES DEPOIS *

Nesses dois meses está sendo maravilhosos, eu estou em casa em repouso total. Voltei a morar com Bruno e Raíssa, e eles ficam paparicando minha barriga. Raíssa anda meio distante de nós, ainda não perguntei a ela pois o Bruno fica muito em cima de mim com medo que a bolsa estoure e já seja a hora, chega a me irritar.

Era uma quarta feira ás 17:00 da tarde, Rio de Janeiro estava quente demais, só podia ser amostra grátis do inferno. Eu estava deitada ainda pois não queria fazer esforço de ficar descendo e subindo escadas ainda mais por conta do descolamento que havia acontecido, Raíssa tinha saído desde manhã e Bruno havia voltado para o almoço e logo voltou para a boca. Bruno tinha contratado uma empregada, ela fazia o café da manhã, almoço e janta. Ela limpava a casa também, mas além disso era minha companhia para as tardes quando passava novela e ficávamos assistindo a tarde toda. Ela se chamava Geralda, tinha 50 anos e nunca havia tido filhos, ela sempre quis ter mas não achou alguém como companheiro... As vezes ela acabava dormindo aqui, ela morava no asfalto, e as vezes de tão cansa que ela estava eu pedia que ela dormisse ali mesmo no quarto de hospedes.

Geralda não havia vindo hoje em casa pois disse que teria que ir resolver algumas coisas sobre herança, dei o dia de folga a ela, merecia ela. Fiquei ali sozinha em casa até eu ouvir a porta da sala bater. Fiquei ali ouvindo os passos chegar e logo vi aquela face morena entrar no quarto.

- Oi meu amor, senta aqui... - eu disse puxando um travesseiro para Bruno.

Ele colocou sua fuzil encostada com cômoda e foi tirando a camisa e ligando ventilador. Se deitou em meu lado e suspirou...

- Eai loira, tá se sentindo bem? - Bruno me perguntou e eu balancei a cabeça correspondendo que sim. - Você tá sabendo de algo de Raíssa? - perguntou Bruno levantando uma sombrancelha.

-Não, afinal ela mal vem falar comigo mais. Mas porque? - eu perguntei e logo ele me olhou com um cara nada boa.

- Nada minha pequena, esquece disso... - Ele disse me puxando para um abraço.

Ficamos ali abraçados até eu ter um desejo.

- BRUNO EU PRECISO COMER SOPA DE MANDIOCA COM QUIABO. COMPRA AS COISAS POR FAVOR EU FALO PRA GERALDA VIR FAZER... - Eu disse já com água na boca em pensar em mim comendo aquilo.

-Nunca vi igual... Vou lá. Já volto, fica quietinha ai princesa. - Bruno disse se levantando e colocando sua blusa e pegando sua fuzil.

Olhei ele sair do quarto e minha boca salivava, fiquei ali me virando e virando. Não estava confortável, estava horrível ali naquela posição deitada. Fui me sentar na cama e senti um liquido descer em minhas pernas, olhei para o colchão e ele estava todo molhado.

-Ah não, agora não por favor. - Coloquei a mão e senti o cheiro e não era xixi.

Tentei olhar ao redor e ver se meu celular estava lá e me lembrei que estava carregando no quarto de Raíssa. Eu tentei respirar fundo e ficar calma pensando que Bruno logo voltava, ele só iria comprar a mandioca e o quiabo no asfalto e voltaria, daria sim para aguentar... Mas a cada respirada que eu dava era uma contração que eu sentia as dores estavam fortes demais e me fazia gritar de dor... COMO AGORA NINGUÉM OUVE OS MEUS BERROS? CADE OS VAPORES QUE FICAM NA FRENTE DE CASA?

Eu não parava de rezar e respirar fundo, eu estava já com muita dor, estava sentindo uma pressão em baixo de mim, tirei minha calcinha e levantei meu vestido, eu não aguentava mais, a cada lágrima que caia eu tentava fazer mais força, uma dor que eu nunca havia sentido na vida. Eu gritava tentando que saísse, eu estava ficando fraca já, até eu ouvir a porta bater lá de baixo e comecei a berrar, Bruno saio correndo em minha direção jogando as sacolas no chão e vindo até a mim vendo que a cabeça do bebê havia saído. Ele veio em minha direção e pegou seu celular e logo entendi o porque.

-Alô, meu pivete tá nascendo me ajudem, a cabeça já saiu, me ajuda... - Disse o Bruno todo aflito.

-Calma, me fala teu endereço que vamos mandar uma ambulância para ai, você precisa ficar calmo e acalmar sua parceira. Como você chama? - Disse a moça do celular de Bruno que estava no viva voz.

Eu estava fazendo força, tinha que sair de algum jeito. Eu não aguentava mais eu parava de fazer força e tentava respirar fundo.

Bruno havia mandado o endereço a ela e ela logo falou algumas instruções dizendo que até a ambulância não chegar quem teria que fazer o parto era Bruno. Fiquei mais apavorada ainda, Bruno ouvia cada coisa que a moça falava e tentava fazer.

-MARIA, EMPURRA NO 3... 1...2...3... AGORA.- Bruno dizia pegando na cabeça do bebê.

Eu fazia força e mais força até eu sentir um alivio e não vi mais nada.

* BRUNO NARRANDO *

* RADINHO NO TOQUE *

Vapor: Eai patrão tem uma ambulância queren... - vapor nem terminou de falar e eu já fui interrompendo.

Bruno: Tá esperando o que seu bosta? MANDA SUBIR LOGO! - EU DISSE BERRANDO

* Radinho off *

Olhei para Henrique e ele não havia chorado ainda, seu pescoço estava com o cordão umbilical, desenrrolei o mais rápido e dei um tapinha na bunda dele como a moça havia falado e ele começou a chorar. Logo vejo aquele montarel de médicos já no quarto pegando Henrique e indo ver Maria que estava desacordada. Me levantei indo até ela e vendo a mesma que estava suada, beijei a testa dela vi os enfermeiros levarem. Conversei com um deles e ele disse que era possivel ver que Henrique teria que ir para UTI E MARIA TAMBÉM.


* aperta na estrelinha pra deixar a tia Rebeca feliz * <3






O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora