• Capitulo 23 •

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Eu berrava e batia nele mas parecia que ele não se importava. Entramos no quarto dele e ele trancou a porta e ficou na frente dela de costas.

— Senta na cama! - Bruno disse e eu fiquei lá em pé mesmo.

— Senta na merda da cama Maria! - ele disse com um tom firme.

— Bruno, me deixa, que saco! - eu disse batendo nele e tentando abrir a porta.

Ele me pegou e colocou na cama. E eu fiquei paralisada.

— Agora você vai ficar aqui! - Ele disse olhando nos meus olhos.

Ele ficou andando de um lado e de outro. Eu me sentei na cama e ele me encarou sério.

— Maria, a gente se conheceu naquela festa, e quando taquei o olho em você já queria você mano. Cê é gostosa, é linda e não é essas tipinho não. Cê é mina responsa. - Bruno disse e o olho dele brilhava.

Eu ouvia cada palavra quieta, o coração acelerava, eu não sabia oque falar e nem o que fazer.

— Fica comigo mano. To afim de você pô! - Bruno disse pegando na minha cintura.

— Bruno eu não sou mais uma não. Eu to grávida de você, mais não quero que você se envolva comigo pelo bebê! - eu disse saindo do quarto.

Fui até o meu quarto e coloquei um pijama. Acabei de colocar e Bruno entrou no quarto com tudo, indo pra cima de mim, me agarrando e beijando meu pescoço.

— Caralho, você me deixa louco, fecha comigo caralho e eu prometo que vai ser diferente Maria. Eu mudo por você e pelo nosso filho ou filha... - Bruno disse me olhando sério.

Fiquei sem palavras e fiquei pensando na Vanessa, não queria ficar com ele sabendo que ele transa e faz sei lá mais oque com ela e com outras.
Abaixei minha cabeça e ele levantou com seus dedos, relando em meu queixo. Ele olhou no fundo dos meus olhos e beijou minha testa.

— Me deixa tentar te fazer feliz pô! - Bruno disse com uma cara que nunca havia visto igual.

Sabe, foi rápido demais, por esses tempos eu estava conhecendo uma outra parte de Bruno, o lado que não era agressivo, o lado que ele tinha amor também. Mas tem o lado de ele dar um pé na bunda, de trair e eu ficar sendo tonta...

— Eu não sei. Não gosto de você por causa de arma, porque você tem dinheiro, porque você é dono disso tudo. Eu acabei gostando de você... Tem várias ai que são fascinadas por " VOCÊ ", e eu não quero ser tonta não de cair no seu Papinho de que não vai ter nenhuma no seu pescoço e você acabar dando bola! - eu disse cruzando os braços e encarando ele.

— To dando minha palavra Maria. - ele disse olhando em meus olhos e eu não me aguentei.

Olhei aqueles olhinhos e senti algo sincero, abracei ele e ficamos abraçados por alguns segundos.

— Agora deixa eu colocar minha roupa... - eu disse saindo e ele me puxou.

— Não, fica assim mesmo, visão boa... - Bruno disse com uma cara safada.

— Não Bruno! Agora não. - eu disse saindo e deixando ele lá.

Coloquei minha lingerie preta, um vestido branco de renda e calcei meus chinelos.
Sai do quarto e ele estava lá sentado na escada, ele me olhou e já levantou, desci as escadas e me sentei no sofá, não deu nem um minuto a porta se abriu. Era Vanessa.

— Aqui é casa da mãe Joana por acaso pra entrar assim? - Bruno disse indo na porta.

— Ai amor, não precisa falar assim, já que eu vou morar aqui, achei que... - Ela ia falar e Bruno cortou ela.

— Achou nada, e você nem morar aqui vai, se toca, o filho pode ser de qualquer um, menos meu. - Bruno disse e ela me encarava séria.

Vanessa empurrou Bruno e foi entrando já e parando em minha frente com uma cara de furiosa.

— E esse filho aqui é seu? Essa tem cara de ser a mais puta daqui da Rosinha, olha a cara dela de safada. Você deveria meter o pé na bunda nela. Por acaso ela sabe que você transa comigo todos os dias? - ela disse apontando pra mim.

Os olhos de Bruno ficaram vermelhos, ele foi pra cima dela puxando ela até pra fora de casa, eu fiquei pensando no que ela havia falado. Acabei tentando esquecer e liguei a tv, estava passando uma novela. Comecei a assistir, eu olhava pro relógio e já fazia um bom tempo que Bruno havia saido, eu fui a cozinha pra comer algo. Acabei pegando um saco de amendoim japonês, voltei pro sofá e Bruno já entrou todo revoltado.

Ele sentou perto de mim e ficou acariciando meus cabelos.

— Esqueça ela, e tudo. Vamos começar do zero entendeu? - Bruno disse se afastando de mim e selando nossos lábios.

Eu balancei a cabeça que sim e ficamos ali juntinhos assistindo e comendo...

Por um momento foi estranho estar abraçado com ele, mas o cheiro dele era um calmante para mim, o cheiro dele de paz. As mãos dele parecia que eu conhecia a muito tempo já. Eu estava me sentindo diferente, pouco tempo que conhecia ele, e já sentia algo por ele, foi rápido e aprendi rápido também muita coisa aqui!

O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora