• Capitulo 35 •

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“Eu estava tão feliz por saber que seria meu pequeno.”

Foi uma festa só, olhei ao lado e minha mãe estava lá. Me olhando com uma cara de arrependida por tudo, eu sei o quanto ela deve estar sentindo que poderia ter feito diferente. Fui até ela e puxei ela ao um bom abraço. Ela me abraçou forte e começou a chorar.

— Maria me perdoe, eu sei que eu errei até demais com você. Eu não merecia você como filha, você sempre alegre, responsável como só você é. Mesmo eu tendo feito as coisas pra você, você leva como se nada tivesse acontecido. Me perdoe mesmo minha filha! - Minha mãe disse se afastando de mim e sorrindo entre lágrimas.

— Mãe, tudo bem. Eu perdôo a senhora, mas esqueça disso que aconteceu. Vamos esquecer e fingir que nada aconteceu, eu quero você do meu lado! - Eu disse enxugando as lágrimas dela e abraçando de volta.

Ficamos por um bom tempo lá, até que já era 20:00 da noite, e começamos a arrumar todas as coisas, tiramos os enfeites, arrumamos as cadeiras e as mesas nos lugares certos e limpamos. Todo momento do chá, Bruno ficou com Jorginho, pois Guilherme ficou o chá todo tentando falando com Teresa que nem ligava pra ele.

Terminamos de arrumar lá e fui levando as coisas para o carro. Teresa estava com uma cara pra mim e eu não entendi. Puxei ela para um canto e ela me abaixou o olhar.

— Oque foi Teresa? Oque está acontecendo em? - eu perguntei toda séria preocupada.

— O Guilherme... - Ela disse abaixando o olhar.

— Você não esquece dele né?! Eu sei o quanto deve ser difícil mesmo amiga, eu nem sei oque te falar porque hoje eu descobri que o Bruno anda me traindo... Então nem sei oque te falar. - eu disse abraçando ela e saindo rapido pra voltar a pegar as coisas.

Raissa logo veio com uma cara de exausta.

— Não quero ir embora pro morro. - Ela disse respirando fundo.

— Eu também não to nenhum um pouco afim. Mas se eu não for pra lá, não tem nem aonde ir né Raissa. - eu disse sorrindo sem mostrar os dentes e sai de lá.

• sábado, 21:07 da noite •

Havíamos limpado e arrumado tudo e estávamos indo embora. Resolvi ir embora de carro com a minha mãe já que ela havia oferecido uma carona pra mim e pra Raissa. Fomos embora, até o morro. Perguntei se ela queria entrar e ela não aceitou e disse que outra hora ela falaria comigo e viria. Me despedi dela e fui entrando com Raissa. A casa estava vazia, Bruno não havia chegado ainda.

Fui tomar um banho e fiquei alisando minha barriga. Eu estava boba de saber que seria meu boy, apaixonada por ele. Sai do banho e fui trocar de roupa, coloquei um pijama de calça e uma blusinha. Calcei meus chinelos. Peguei meu travesseiro e fui até o quarto de Raissa.

— Posso dormir aqui hoje? Só hoje mesmo. Talvez eu vá embora daqui... - Eu disse e logo Raissa me olhou com uma cara de espantada.

— Opa opa cunhada, você não vai em lugar algum. Vai ficar aqui comigo. - Ela disse fazendo birra já.

— Bom não sei, vamos ver. Mas eu posso dormir aqui hoje? - Eu disse e ela logo puxou o travesseiro dela.

— Claro né Maria, dorme na minha cama. - Ela disse pegando o travesseiro e a coberta.

— Não quero encomodar ninguém eu posso dormir no sofázinho ali. - Eu disse apontando pro sofá que virava cama.

Deitei na cama e Raissa saiu do quarto apagando a luz e fechando a porta. Fiquei ali jo escuro olhando pro nada e pensando o que havia acontecido, parecia que as palavras de Bruno rodeavam a minha cabeça. A vontade de chorar foi grande, mas a de dar a volta por cima foi maior ainda. Decidi que eu iria ir embora daquele lugar mesmo que se fosse pra mim ficar sem aonde morar, mas eu sairia de lá.

• domingo, 05:22 da manhã •

Acordei com a bexiga apertada, levantei e fui no banheiro fazer xixi. Passei água no rosto e sai do banheiro, fui descendo as escadas e fui direto para a cozinha, até porque eu tava morta de fome... Abri a geladeira e vi que tinha geleia de morango. HUMMMM EU AMO!!!

Peguei no armário bolacha e peguei o suco. Comi o café da manhã, e fui dar uma arrumadinha logo cedo na cozinha. Limpei a louça, varri a sala e a cozinha e passei um leve pano pela sala. Subi de volta para o banheiro e fui fazer minhas higienes, pentei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo. Sai do meu quarto e entrei no quarto em que eu estava dormindo com Bruno, abri cuidadosamente pra não acordá-lo, mas quando vejo ele não está no quarto. Entrei e percebi que ele nem havia dormido lá. Olhei no relógio e já era 6:10 da manhã, coloquei uma calça jeans clara, uma blusa regatinha lilás e um cardigã preto. Vesti uma sapatilha e peguei minha bolsa.

Sem rumo algum sai da casa de Bruno e fui descendo o morro. Logo avisto Jorginho fumando maconha na porta de um bar.

— Eai patroa, tudo na boa? - Ele disse desencostando da parede e indo na minha direção.

— Indo né... - Eu disse sorrindo e dando um leve sorriso que com certeza saiu sem graça.

Continuei andando e percebi que ele continuou andando atrás de mim...

— Por acaso quer me falar algo? - Eu perguntei andando ainda e sem olhar pra trás.

— Nada não patroa, de boa mesmo. Vai pra onde logo cedo? - Ele perguntou andando do meu lado.

— Não posso falar. - Eu disse olhando pra ele e andando mais rápido


O dono do morro e a patricinha ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora