Elena P.O.V.
Na décima, ou terceira, ou vigésima música, não sei, Luísa e eu estavámos cansadas. Voltamos para o barzinho improvisado, e pedimos duas caipirinhas.
Luísa: Acho que de tanto pular e dançar, devo ter quebrado um osso. - disse fazendo cara feia, o que me fez rir.
Eu: Deixa de drama, Luísa. - balancei a cabeça ainda rindo.
Luísa: É sério. Tá doendo aqui. - disse cutucando sua costela, acabei gargalhando.
Barmen: Com licença. Me pediram para entregar essas duas bebidas aqui para as senhoritas. - deixou no balcão.
Eu: Quem pediu para entregar? - indaguei.
Barmen: Aqueles dois rapazes ali. - apontou e olhamos.
Era dois caras bonitos, que acenaram para nós duas.
Luísa: Obrigada. - sorriu para o barmen, que logo saiu.
Eu: Vai tomar isso, Luísa? - arqueei a sombrancelha, vendo ela pegar a bebida.
Luísa: E porque não beberia? Nos deram. Qual o problema? - deu de ombros.
Eu: Vai que são dois psicopatas que colocaram alguma droga na bebida para dopar a gente e depois nos estrupar.
Luísa: Mais que diabos você está falando? Deixa de doideira. Eles são lindos, isso é o que importa.
Eu: Beleza não é tudo. Qualquer um pode ser psicopata e estrupador. Até o Cris Evans.
Luísa: Aí Elena, deixa de ser careta e me deixa. Se você não for beber isso, pode passar pra cá que eu bebo.
Eu: Você que sabe, estou te alertando. - me fiz de rendida. - Vou no banheiro, já volto.
Andei por meio da multidão, que fazia questão de esbarrar em mim. Usei o banheiro, que por incrível que pareça não estava com uma fila quilométrica de garotas. Voltei para perto do bar, mas Luísa havia sumido.
- Cadê essa rapariga?
Olhei em volta procurando por ela, até ver alguém bem parecido com a mesma. Fui em direção a pessoa, que ia até um corredor onde ficava os quartos, seguida por dois homens. De repente um ser apareceu na minha frente.
Eu: Aí meu Deus. Meu coração. Tá querendo me infartar, garoto? - o mesmo sorriu debochado.
Henrique: Até parece que vai morrer. Deixa de drama, Elena.
Eu: O que você quer? Está atrapalhando minha passagem, querido. - cruzei os braços.
Henrique: Nossa, nem posso mais conversar contigo, Eleninha?
- O que deu nesse garoto? Eleninha? Tá de zoação com a minha cara, né?
Eu: Olha, eu não sei que palhaçada é essa e nem quero saber. Mas saí da minha frente logo, ou senão vou fazer você nunca mais usar seu brinquedinho.
Henrique: Aí aí, marrenta como sempre. Fica tão linda, sabia? - se aproximou e tocou em meu queixo.
Eu: Tira a sua mão de mim, Henrique. - dei um tapa na mesma. - Você só pode estar bêbado, né?
Henrique: Eu nunca te falei isso Elena, mas eu tenha uma queda por você.
- O que?!
Eu: Já chega! Eu tô indo embora. - dei as costas para ele e fui em outra direção.
Andei por mais alguns cantos, procurando sossego. Aquela música estava me dando dor de cabeça já. Acabei esbarrando em alguém.
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O Inesperado (Em Revisão)
Teen FictionElena Bittencourt é uma adolescente de dezesseis anos que não leva uma vida muito boa. Há alguns meses ela se mudou para Califórnia, Estados Unidos, morando atualmente com sua melhor amiga, Judete. Ela mudou-se após conseguir uma bolsa de estudos n...