Cap. 71

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Jhonatan P.O.V.

Foi apavorante voltar para meu apartamento onde dividia com Elena, mas agora ela não estaria mais ali. Quando destranquei a porta percorri meus olhos em volta, parecia igual só que algo mudou.

Adentrei mais o espaço e coloquei minhas coisas em cima do sofá. Segui até o quarto, onde estava tudo organizado, só que faltava uma coisa; as fotos dela. Vasculhei todas as gavetas, todos os armários, todas as estantes, mas não encontrei nada, nem suas roupas.

Saí de casa e fui até o apartamento de Judete. Dei algumas batidas na porta e Justin abriu, antes do mesmo proferir alguma palavra, passei por ele invadindo o cômodo.

Judete: Jhonatan. - exclamou surpresa e levantou num pulo do sofá.

Eu: Aonde você colocou, Judete? - digo direto.

Judete: O quê? - franziu a testa.

Justin: Cara, se acalma. - pronunciou cauteloso.

Eu: Alguém entrou no meu apartamento e mexeu nas minhas coisas, pois está faltando inúmeros objetos valiosos. Qual de vocês foi? - exalto.

Judete: Jhonatan, acredite em mim, não fomos nós. Nem sequer entramos no seu apartamento. - defendeu-se.

Eu: Quem foi então? - indago.

Viro-me para trás ao sentir a presença de mais alguém naquele local, era Luísa, que estava com uma barriga pequena de grávida.

Eu: Ah, oi Luísa.

Luísa: Fui eu, Jhonatan. - ressaltou e cruzou os braços.

Eu: Foi você... Por que? - junto as sobrancelhas.

Luísa: Não é óbvio?

Não, não é!

Luísa: Você tentou se matar por causa dela, ficou em coma e quase perdeu a vida. Ter as lembranças dela por toda parte podia piorar sua situação.

Eu: Você não tinha o direito de fazer isso! - trinco os dentes e cerro os punhos. - É a minha casa, Luísa, você não tinha permissão para entrar lá. 

Luísa: As coisas eram da Elena, e os pais dela também queriam para levar embora. - explicou.

Eu: Embora? Levar para... Los Angeles?

A mesma abaixou o olhar e assentiu disfarçadamente, na tentativa de que eu não soubesse ou não percebesse. Só que fiquei muito irado naquele momento. Deixei o apartamento de Judete batendo a porta forte, e voltei até o meu.

Eles não podiam ter feito o que fizeram, invadido meu apartamento na esperança de me ajudar. Minha vontade maior era de socar a cara de todos, até mesmo dos Bittencurt.

Passo minhas mãos nos cabelos, num gesto de frustração e sento no sofá, encarando o chão. Pensando melhor, talvez eles estivessem certo, a saudade por ela logo aumentaria conforme os dias, semanas, meses e anos. Jamais esqueceria ela, mas ainda assim sua marca estava registrada em mim.

(...)

Após uma semana em casa me repousando, pude retornar ao colégio. Durante esse tempo Ângela veio me visitar, junto de um médico, ou seria correto dizer, psicólogo.

Lembro - me que ele quis fazer uma sessão comigo, e depois de tanto a loira insistir, acabei cedendo. Era ainda nítido suas palavras na minha mente.

Flashback on

- Está confortável? - perguntou, sentado na poltrona.

O Inesperado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora