Cap. 48

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Jhonatan P.O.V.

Elena estava se arriscando por mim, estava fugindo para nos proteger. Meu intuito era apenas deixar ela saber de tudo que estava acontecendo e, não dizer para ela fugir comigo para ficarmos a salvo.

Sendo que foi ela que disse isso, né. '-'

Eu: Aonde estamos indo? - perguntei, enquanto Elena diria.

Eu nem tinha ideia que ela sabia dirigir.

Elena: Para um lugar afastado da cidade, que quase ninguém conhece, estaremos bem por lá.

[...]

Após horas de viagem, percorrendo uma pista de terra, quase sem iluminação e sem movimento de veículos, chegamos ao nosso destino. Elena parou o carro próximo a uma casa, que mais parecia abandonada.

Elena: Vamos. - disse pegando sua mochila e destravando a porta do carro, o qual tinha pego do seu namorado.

Desci do veículo e pisei na terra empoeirada. Olhei para a frente, analisando aquele casarão. Era de dois andares, cheio de janelas quebrada, remendadas com pedaços de madeiras. Parecia mais uma casa de terror, com a pintura cinza escuro.

Na varanda tinha cabos de vassouras quebradas, cadeiras também, janelas cobertas com velcros. Subi os pequenos degraus que tinham, até chegar na porta principal. Elena estava na minha frente, me aguardando para entrar.

Eu: Por que viemos até aqui? Esse lugar não te dá medo?

Elena: Esse lugar era a casa de campo dos pais da Judete, quando eles morreram, ninguém mais cuidou. Está meio acabado, mas dá pro gasto. E não, não me dá medo, tento me manter calma relembrando os bons momentos que passei aqui. - sorriu de lado e segurou na maçaneta.

Eu: Tudo bem então. - dei de ombros.

Ela girou a maçaneta e abriu a porta, que soltou um rangido alto, fazendo alguns morcegos voarem de lá de dentro.

Elena: Ah! Que droga! - resmungou, enquanto tentava proteger seu rosto.

Num rápido momento, a puxei contra mim, fazendo com que seu rosto ficasse encostado em meu peito. Esperei com que os morcegos fossem embora de vez e assim pude soltá-la.

Eu: Pronto, já passou. - sorri para tranquilizá-la.

Elena: Argh, detesto morcegos. - revirou os olhos.

Soltei um riso fraco e, dessa vez, eu que fui na frente. Adentrei aquele casarão e Elena segurou minha mão. Estava tudo em pleno breu, não dava para enxergar absolutamente nada.

Eu: Não consigo ver nada.

Elena: Ah, aqui, toma. - me entregou uma lanterna.

Eu: Você veio bem preparada, hein.

Caminhamos pelos cômodos, que estavam todos destroçados. Tinha poeira, teias de aranhas, móveis quebrados, vidros espalhados pelo chão. Aquele lugar estava deplorável.

Elena: Olha! - exclamou e, apontou para uma cama, que ainda sobrava intacta em meio àquela bagunça.

Eu: Podemos ficar por aqui. - falei e coloquei a lanterna sobre uma mesinha, ou pelo menos o que restou dela.

Elena: Me ajuda aqui, Jhonatan.

Ela tentava puxar a cama para outro lugar, mas era pesada, então não adiantava em nada. Fui até a mesma e a ajudei, empurrando até o canto. Comecei a amontoar tudo de lixo que estava no chão, em um canto do cômodo.

O Inesperado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora