Cap. 62

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Jhonatan P.O.V.

Merda!

Já estava exausto de tanto chorar, de passar noites em claro, de ir atrás de pistas e voltar sem nada.

Aonde é que estaria Elena?!

Luísa: Posso entrar? - indaga, ao dar batidas na porta.

Assenti para ela.

Estava deitado na cama; onde passo boa parte do meu tempo pensativo. A mesma se aproximou e sentou-se na ponta do colchão. Soltou um longo suspiro, enquanto processava as palavras certas para dizer.

Luísa: Você precisa comer alguma coisa, Jhonatan... - diz, com um semblante preocupada.

Qual a razão dela estar aqui?

Simples, ela vinha vindo visitar Elena, mas logo soube do incidente.

Ela não venho sozinha. Estava com Raphael.

Como?

Os dois estavam namorando, depois dele ter sido dispensado pela Elena e ido reconstruir sua vida, outra vez, em Nova York.

Eu: Luísa, já falamos sobre mim... - balbucio, até ela me interromper.

Luísa: Escuta, sei que você sempre foi um ogro com a Elena, e me impus contra o relacionamento de vocês. Mas aposto que ela detestaria vê-lo dessa maneira. - diz compreensiva.

Eu: Você já me disse isso inúmeras vezes, desde quando chegou aqui. - rolo meus olhos.

Luísa: E você não me escuta! - exclama. A mesma inspira e me olha profundamente. - Olha, vamos encontrar a Elena, tudo bem? Mas você precisa estar cem por cento saudável e disposto para ajudar nas buscas.

Eu: Luísa, faz dias que estamos na procura dela, e até agora não tivemos nenhuma pista concreta. - ressalto.

Luísa: Isso é motivo para desistir? Para não ter mais esperanças? - franziu a testa. - Quero minha amiga de volta, tanto você que quer sua namorada, ok?!

Desvio meu olhar dela, direcionando para qualquer canto. Luísa tinha aderido a função de dar sermões nas pessoas; principalmente em mim. E às vezes isso me abalava. Me fazia enxergar o quanto estava sendo egoísta em ficar depressivo, ao invés de me cuidar e achá-la logo.

Raphael: Pessoal. - pronunciou, parado na porta. - Venham até a sala. O resto está aqui, querendo conversar. - informou.

Luísa: Já vamos, amor. - sorriu fraco para ele. - Vai ficar deitado ou prefere se levar e agir? - questionou à mim.

Não respondi sua pergunta.

Ela então suspirou e se levantou, murmurou algo que não prestei atenção, até que saiu do meu quarto. Soltei todo ar preso no pulmão, deixando meus ombros relaxarem um pouco. Toda aquela pressão estava me matando.

Meus olhos se centralizaram no retrato ao lado da cama, em cima do criado mudo. Havia uma fotografia minha e da Elena. Seu sorriso era tão lindo. Seus olhos encantadores. Sua beleza irresistível.

Cara, como eu amo ela.

Uma lágrima escorreu vagarosamente pela minha bochecha.

Quero minha garota de volta!

(...)

No dia seguinte, todo o pessoal se reuniu na casa da Judete. Com muita relutância apareci por lá, para fazer qualquer coisa útil.

O Inesperado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora