Cap. 57

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Elena P.O.V.

Estávamos aguardando no hospital há mais de trinta minutos, aquilo começava a me irritar. Olho para Jhonatan que está sentado desajeito no banco, enquanto encara o teto. Havia tecnicamente solucionado o problema do sangramento de seu rosto, com papéis higienicos, mas ainda tinha cortes à vista que precisavam de um medicamente mais expecifíco.

Eu: Argh! Quanto tempo mais vou ter que esperar nessa droga?! - exalto-me irritada.

Jhonatan: Eu disse que não era necessário me trazer, mas você é marrenta demais pra me escutar. - murmura.

Recepcionista: Senhorita, por gentileza, o médico já irá atendê-los, mas permaneça em silêncio. - diz calmamente.

Bufo e pego meu celular que havia acabado de vibrar. Los Angeles podia ser famosa por suas belas praias, mas em relação ao plano de saúde era simplesmente uma porcaria. Suspiro fundo ao ver que minha mãe dizia estar esperando apenas nós dois, pois o restante da família já estava lá.

Eu: Acha que qualquer medicamento funciona? - indago para Jhonatan.

Jhonatan: Sempre funcionou... Tanto que estou vivo ainda. - respondeu sem me olhar.

Eu: Daí-me paciência, estou esperando há horas! - grito e me levanto.

Recepcionista: Senhorita, por favor... - a interrompo.

Eu: Ah, por favor o cacete, eu vou embora e só volto quando o atendimento dessa merda melhorar... Que provavelmente será nunca! - digo e saio do hospital.

Ando rapidamente para fora daquele local e paro na calçada, respiro fundo tentando me acalmar:

Jhonatan: Amor, você está bem? - aproximou-se de mim.

Eu: Estou ótima. - respondo cinicamente.

Jhonatan: Tem certeza? - arquea a sobrancelha.

Eu: Não, mas com certeza vou ficar quando sairmos daqui.

Ele apenas assente e vamos até o carro, entramos e dirijo para a casa de meus pais. Estaciono e ajudo Jhonatan a descer do veículo. Dou algumas batidas na porta e logo Eduardo me atende:

Eduardo: Maninha, você veio! - abre um sorriso largo.

Eu: Sim... A mamãe está em casa?

Eduardo: Está na cozinha. - responde.

Eu: Ótimo. Pega pra mim a caixa de primeiros socorros, por favor.

O mesmo se retira e sobe para o segundo andar. Entro com Jhonatan e o ajudo a sentar no sofá da sala.

Renato: Elena, querida, você veio! - aparece no local.

Eu: Oi, pai. - respondo sem muita cerimônia.

Renato: O que houve com o Jhonatan? - indagua preocupado.

Eu: Longa história. - suspiro.

Eduardo: Aqui, mana. - deixa a caixa ao meu lado.

Eu: Obrigada, meu anjo. - sorrio de lado.

Pego alguns gases com álcool, e passo nas feridas mais expostas:

Jhonatan: Aí, isso dói, Elena. - reclama.

Eu: Então não se mexe. - o repreendo.

Continuo limpando para não infeccionar, em seguida coloco alguns curativos. Nos menos machucados onde estão apenas ralados passo uma pomada. Pra finalizar dou um comprimido para dores musculares.

O Inesperado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora