Jhonatan P.O.V.
Quando acordo, o sol invade minha visão, fazendo minha cabeça latejar. Tento me acostumar, só que é um pouco difícil. Levanto e sento na ponta da cama, lembrando dos acontecimentos da noite passada. Um sorriso se alastra pelo meu rosto e a porta do quarto é aberta.
Henrique: Bom dia. - murmura, com o cabelo bagunçado e cambaleando em minha direção.
Eu: Cara, você está péssimo. - ironizo, enquanto observo o mesmo se jogar no colchão.
Henrique: Cala boca, você está pior. - retruca, me fazendo rir.
Eu: Acho que não hein. Não bebi oito copos de cerveja e sei lá mais o que você ingeriu, mas ficou bem doidão.
Henrique: Ah! Fica parado. - diz, segurando meus ombros.
Eu: Nem me mexi, besta. - desdenho.
Henrique: Estava me divertindo, ok? Foi a melhor noite da minha vida, como a muito tempo não tinha. - sorriu e fitou o teto.
Eu: Huh, posso dizer a mesma coisa. - ressalto e ele me olha imediatamente.
Henrique: Você nem bebeu tanto, nem transou com três garotas de uma vez... Como pode estar com esse sorriso de idiota na cara? - franziu a testa.
Eu: Se troca, vamos tomar café fora e conto tudo.
Ele assente e levanta da cama, quase caindo de cara no chão, que causa muita risada em mim. Vou até o banheiro e tomo um banho gelado, para diminuir a dor que sentia. Visto uma calça preta, uma blusa cinza de manga comprida e um tênis.
Desço até a cozinha e bebo um pouco de água com remédio, logo meu amigo aparece e saímos do apartamento. Fomos ao estacionamento e adentramos meu carro. Quis colocar uma música pra distrair, mas ele me impediu.
Paro o veículo em frente a uma cafeteria, que me faz ter um flashback de quando trouxe Elena até aquele lugar, e ela fez questão de armar um escândalo e ir embora. Saio de meu devaneio com Henrique me chamando e saio do carro.
Eu: E aí, vai querer o que? - indago, ao nos acomodarmos numa mesa perto da janela.
Henrique: Um café. Bem forte, por favor. - exclama, com a cabeça apoiada na mesa.
Eu: Me traz um cappuccino e torradas. - diga para a garçonete ao meu lado, que tenta flertar comigo.
Assim que ela se retira, meu amigo trata de analisar a bunda dela numa saia minúscula e direciona um olhar confuso para mim.
Eu: Está olhando o que, maluco? - arqueio a sobrancelha.
Henrique: E-Ela estava dando em cima de você esse instante todo... E você não esboçou nenhuma reação? Qual seu problema? Virou gay? - balbucia.
Eu: Não. - nego e gargalho. - Só que tem coisas que ocorreram ontem, e isso me faz não querer errar de novo. - ressalto e debruço sobre a mesa.
Henrique: Espera... Que tipo de coisa ocorreu ontem? - questiona.
Suspiro fundo e penso um pouco, antes de respondê-lo.
Eu: A Ângela me beijou. - declaro e o mesmo fica boquiaberto.
Sabia que em seguida viria um surto da parte dele.
Henrique: Porra... E porque diabos você não me contou?!
Eu: Talvez porque você estivesse bastante ocupado bebendo e pegando qualquer garota que visse pela frente. - digo, singelo.
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O Inesperado (Em Revisão)
Teen FictionElena Bittencourt é uma adolescente de dezesseis anos que não leva uma vida muito boa. Há alguns meses ela se mudou para Califórnia, Estados Unidos, morando atualmente com sua melhor amiga, Judete. Ela mudou-se após conseguir uma bolsa de estudos n...