Jhonatan P.O.V.
1 semana depois.
Segurava aquele serzinho tão pequeno e delicado em meus braços, com receio que caísse ao chão ou qualquer outra coisa ocorresse com ela. Pouco tempo de vida e já era paparicada por todos, inclusive os avós. Mantinha os olhos fechados a maior parte, dormindo tranquilamente. Ela levava tudo numa calmaria, que não precisava se importar com nada.
Terminava de banhá-la, enquanto tomava os devidos cuidados para não deixar infiltrar água no seu ouvido e causar uma inflamação. Me tornei especialista nisso, e tudo que envolvesse a Aurora. A enxugo na toalha de algodão rosa e a coloco sobre o colchão. Seus olhos esverdeados seguia meus passos e movimentos, me deixando nervoso.
Renato: Ahn... Já terminou de lavar essa coisinha fedida? - questionou, parado no batente da porta.
Eu: Não fala assim dessa fofura de pessoinha, a culpa não é dela. - digo e brinco com seus pés pequeninos.
Renato: Claro que não. - revira os olhos. - Desça depois. Precisamos conversar. - assenti e ele logo se retirou.
Visto uma roupa na minha filha, que se remexia sem parar. A pego no colo e vou até a sala de estar, onde estava todos da família a minha espera. Estranho aquela reunião repentina, mas logo sento no sofá para ouvir o que tinham pra falar.
Renato: Bom, estamos todos cientes dos últimos acontecimentos, certo? Do nascimento da Aurora e do ocorrido com a Elena. E quero pedir a colaboração de todos para ajudar Jhonatan no que precisar, porque sozinho ele não consegue fazer tudo. - declarou.
Bianca: Calma... Estou perdida. O que foi que aconteceu exatamente? - indagou.
Glória: Elena está passando por um depressão pós parto, ou seja, ela se recusa a segurar a própria filha, amamentá-la, cuidar dela e qualquer outra coisa relacionada à Aurora. - explicou.
Beatriz: Caramba...! - exclamou, chocada.
Renato: Por isso Jhonatan tem feito de tudo para ampará-la, e temos estocado leite materno para alimentá-la.
Edgar: E onde minha irmã está? - perguntou, preocupado.
Eu: No momento ela está no quarto, deitada na cama, como de costume. - ressalto.
Ele se levanta e caminha até as escadas. Pedimos que a deixasse em paz, como vinhamos fazendo, mas o mesmo se recusou a obedecer. Suspiro fundo e olho para a menina, que mexia as mãos e sorria sem ter nem dentes.
Seria difícil continuar com aquilo caso não tivesse o apoio da minha namorada.
Elena P.O.V.
Estava fitando o teto e pensando em qualquer besteira, sentindo a vontade de chorar e morrer ao mesmo tempo. Foi quando ouvi batidas grosseiras na porta e pensei ser mais uma pessoa para me dar um sermão. Sabia que estava sendo uma péssima mãe.
Eu: Entra. - pronuncio e sento na cama, virada de costas para a porta.
Edgar: Precisamos conversar. - disse, ao entrar no cômodo.
Eu: O que você quer? Te mandaram vir falar comigo? - desdenho.
Edgar: Vim por conta própria, pra saber o que está havendo com você.
Eu: Não estou afim de falar sobre isso. Já pode ir. Tchau. - digo, friamente.
Edgar: Qual é o seu problema?! Estamos fazendo de tudo para ajudá-la a superar o que vivenciou, só que parece que você não quer ser ajudada. - exalta.
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O Inesperado (Em Revisão)
Teen FictionElena Bittencourt é uma adolescente de dezesseis anos que não leva uma vida muito boa. Há alguns meses ela se mudou para Califórnia, Estados Unidos, morando atualmente com sua melhor amiga, Judete. Ela mudou-se após conseguir uma bolsa de estudos n...