Cap. 87

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Jhonatan P.O.V. 

1 semana depois. 

Segurava aquele serzinho tão pequeno e delicado em meus braços, com receio que caísse ao chão ou qualquer outra coisa ocorresse com ela. Pouco tempo de vida e já era paparicada por todos, inclusive os avós. Mantinha os olhos fechados a maior parte, dormindo tranquilamente. Ela levava tudo numa calmaria, que não precisava se importar com nada. 

Terminava de banhá-la, enquanto tomava os devidos cuidados para não deixar infiltrar água no seu ouvido e causar uma inflamação. Me tornei especialista nisso, e tudo que envolvesse a Aurora. A enxugo na toalha de algodão rosa e a coloco sobre o colchão. Seus olhos esverdeados seguia meus passos e movimentos, me deixando nervoso. 

Renato: Ahn... Já terminou de lavar essa coisinha fedida? - questionou, parado no batente da porta. 

Eu: Não fala assim dessa fofura de pessoinha, a culpa não é dela. - digo e brinco com seus pés pequeninos. 

Renato: Claro que não. - revira os olhos. - Desça depois. Precisamos conversar. - assenti e ele logo se retirou. 

Visto uma roupa na minha filha, que se remexia sem parar. A pego no colo e vou até a sala de estar, onde estava todos da família a minha espera. Estranho aquela reunião repentina, mas logo sento no sofá para ouvir o que tinham pra falar. 

Renato: Bom, estamos todos cientes dos últimos acontecimentos, certo? Do nascimento da Aurora e do ocorrido com a Elena. E quero pedir a colaboração de todos para ajudar Jhonatan no que precisar, porque sozinho ele não consegue fazer tudo. - declarou. 

Bianca: Calma... Estou perdida. O que foi que aconteceu exatamente? - indagou. 

Glória: Elena está passando por um depressão pós parto, ou seja, ela se recusa a segurar a própria filha, amamentá-la, cuidar dela e qualquer outra coisa relacionada à Aurora. - explicou.

Beatriz: Caramba...! - exclamou, chocada. 

Renato: Por isso Jhonatan tem feito de tudo para ampará-la, e temos estocado leite materno para alimentá-la. 

Edgar: E onde minha irmã está? - perguntou, preocupado. 

Eu: No momento ela está no quarto, deitada na cama, como de costume. - ressalto. 

Ele se levanta e caminha até as escadas. Pedimos que a deixasse em paz, como vinhamos fazendo, mas o mesmo se recusou a obedecer. Suspiro fundo e olho para a menina, que mexia as mãos e sorria sem ter nem dentes. 

Seria difícil continuar com aquilo caso não tivesse o apoio da minha namorada. 

Elena P.O.V. 

Estava fitando o teto e pensando em qualquer besteira, sentindo a vontade de chorar e morrer ao mesmo tempo. Foi quando ouvi batidas grosseiras na porta e pensei ser mais uma pessoa para me dar um sermão. Sabia que estava sendo uma péssima mãe. 

Eu: Entra. - pronuncio e sento na cama, virada de costas para a porta. 

Edgar: Precisamos conversar. - disse, ao entrar no cômodo. 

Eu: O que você quer? Te mandaram vir falar comigo? - desdenho. 

Edgar: Vim por conta própria, pra saber o que está havendo com você. 

Eu: Não estou afim de falar sobre isso. Já pode ir. Tchau. - digo, friamente. 

Edgar: Qual é o seu problema?! Estamos fazendo de tudo para ajudá-la a superar o que vivenciou, só que parece que você não quer ser ajudada. - exalta. 

O Inesperado (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora