Decisão

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Então passaram-se se os dias, as semanas... Chanyeol ainda não melhorou da tremenda decepção que atingiu seu coração. Ficava de lado, encolhido e sem vontade para nada.

Mas era compreensível.

Esses dias sem pisar no colégio, serviram para refletir. Pensar em como o seu "amor adolescente" o decepcionou, e que talvez nunca mais poderia se apaixonar novamente. Mas, será que ele impediria seu coração de amar, apenas por medo de sofrer e se mogoar?

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Os pais de Park foram, por um momento, irracionais. Obrigar o filho a levantar e fingir que não havia acontecido nada, seria uma decisão cabível (na cabeça dos pais), porém, puseram-se no lugar do filho. Sentir algo tão doloroso na pele... E, coitado de Chanyeol!

Pois bem, não ficaram imóveis apenas imaginando o que fariam.

Foram ao quarto do filho, sentaram na cama, e sua mãe começou.

— Chan?

O garoto não respondia, apenas se encolhia mais na cama.

— Chanyeol? - agora foi a vez do pai chamá-lo.

Nem assim. Ele continuava a fingir que dormia.

— Filho... - sua mãe tentou mais uma vez. Fez uma pausa, mas não aguentou e desferiu as palavras - Filho, sabemos que ainda dói. Entretudo, você vai tomar uma decisão agora!

— Que tipo de decisão? - ele abriu os olhos, ainda vermelhos, o rostinho um pouco amassado e fungando.

— Sair daqui... Morar fora. - o rapaz olhou um tanto perplexo para o pai, que assentia a tudo o que a senhora dizia - Estados Unidos!

— Mas como, mãe? Vou deixar tudo aqui... D.O e... E vocês! Além do mais, meu inglês é péssimo... - agora, estava sentado na cama, não crendo que a proposta da mãe era essa - Não posso fazer isso! O ano nem acabou ainda e... - parava um pouco, para pensar em mais desculpas para poder ficar.

— Chan - o pai se entrometeu - creio que você não terá escolha, conseguimos tudo. A passagem. Hospedagem. Uma vaga em uma exelente faculdade, e...

— Faculdade? - o filho enterrompe o discurso do pai - de quê? Como assim, pai?

— Medicina... - a mãe disse, por fim - Agora, arrume suas coisas, sim? Sabemos que é difícil, mas acreditarmos em você - ela sorri fraco, tentando encorajar o filho.

— Não é para o seu mal, só vimos que assim, conseguiríamos te ajudar em mútuas coisas. Vamos, filho! - o pai abraça Chanyeol, que começava a assimilar e enxergar as poucas vantagens que via em fazer essa viagem.

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Pronto. Suas peças favoritas ocupavam cada espaço da mala. Park estava mais que pronto, estava convencido de que era o melhor.

Seu melhor amigo, como ficará? Bem, ele estará sempre com Chanyeol, não importa a distância. A irredutividade do garoto em não querer ir, pelo simples fato de não ter a certeza de iria voltar, o tomou de conta.

Hesitou em sair de casa, e enrolou ao se despedir das pessoas poucas a qual escolheu.

Hesitou em descer do carro.

Hesitou em dar um (talvez) último beijo na mãe.

Teimou, e não quis entrar no avião.

Mas, quando se viu, estava lá dentro. Olhando pessoas acenando da janela. Antes de partir, viu os olhos da mãe emergir em lágrimas, e sentiu o pai lhe dar um abraço forte.

Ok, eu estou bem. Eles ficarão bem. Mas, nós manteremos contato? O que me aguarda num lugar tão distante? Eu serei feliz?

Park, você ao menos superou Vernon?

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Puff, não sei qual o fim do Vernon, muito menos o futuro do Chan.

Seja o que Gdeus quiser.

Vamos sofrer? VAMOS, CHAMA OS ABIGUINHX

KKKKKKKKKKKKKKK

All Love | BBH + PCYOnde histórias criam vida. Descubra agora