Cereais e Frutinhas.

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Agora, voltando à Coréia do Sul, Jimin tinha mais um dia de trabalho ao lado do seu namorado, Min Yoongi. Okay, tudo muito normal e todos bem atarefados - pois havia acontecido um acidente grave durante a madrugada e várias pessoas foram submetidas à internação e cirurgias -, até que sentiram falta de Chanyeol. No mesmo instante, indagaram-se sobre o sumiço do outro. Park Jimin até poderia ter ideia do que se procedia, porque lembrava muito bem de quando Chanyeol pedira o contato de Baekhyun. Mas, ele na Suíça, seria isso provável?

Aparentemente, Jimin tinha lá suas dúvidas em relação à coragem e às capacidades do amigo. Mas essa incerteza teria fim, Minnie estava disposto a desvender o paradeiro de Park Chanyeol. Infelizmente, não seria agora já que Jimin estava superatarefado na pedriatria e Dra. Somin estava a lhe pegar no pé.

— Jimin! Onde está com a cabeça? Desde quando os espéculos do otoscópio ficam sobre o balcão!? - Somin reapareceu e notou os erros bobos, os quais um residente não deve cometer.

— Ah! Que susto! Desculpe, Dra. Somin, fiquei aéreo. Pensando em muitas coisas… Mas o que não sai da minha cabeça é a falta de Chanyeol. Hoje ele deveria vir trabalhar e não veio.

— Não está sabendo? Ele pediu ao Dr. Park que o liberasse por alguns dias. Me diga, faz ideia de onde ele pode estar? - Somin não queria expor sua curiosiosidade, mas acabou deixando alguns detalhes escapar.

— Minha nossa! Claro! Ele só pode estar com Baek… - Minnie ligou todos os pontos e plim!, havia achado a resposta para tudo.

— Baek…? Baekhyun? Mas ele não era um pacien… - antes que a mulher pudesse terminar seu raciócinio, se deparou com a saída (bem de fininho) de Jimin.

Depois de despistar Somin, o baixinho teve de se esforçar para não contar à ninguém além de seu namorado. Guardou a notícias até o fim de seu expediente e quando chegasse em casa, ligaria com urgência para Chanyeol! Que foi um péssimo amigo ao não contar algo tão importante - e shippável.

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A casa de Baekhyun parecia cheia, não de presença física, mas de sentimentos. Os dois ainda pretendiam conversar, mas não deixariam um minuto passar em branco, amariam enquanto fosse especial para os dois, afinal, quem ama também é amado. Os domingos são conhecidos por passarem em um flesh, mas aquele em especial deveria passar lentamente como num filme de romance. Como de costume, Chanyeol acordou cedo, deixou Baek na cama, dormindo de um jeito tão angelical que era quase impossível acreditar que alguém nasceria assim, perfeito, como Byun Baekhyun.

Inicialmente, ele pensou em ir até à cozinha, mas quando passou pelo corredor escutou um barulhinho infantil, óbvio, que vindo de Hyung-Sik. Chan não se aguentou e quis conferir se o garotinho tinha realmente acordado, e para sua surpresa, sim, Sikkie já estava sentadinho sobre sua cama logo cedo, soltando breves bocejos e coçando os olhinhos.

— Bom dia, Tio Chan! - correu para abraçar o maior e Chanyeol constatou que somente uma criança havia de ter tanta empolgação pela manhã.

— Bom dia, Sikkie! - Chanyeol tentou ser tão animado quanto, mas falhou miseravelmente, mas pelo menos tinha seu melhor sorriso estampado no rosto.

— Vamos, o tio vai fazer alguma coisa para você comer. - pegou aquela mãozinha pequena e foram até a cozinha juntos. — O que gosta de comer?

— Hum… Cereal com frutinhas! E leite!

— Ótimo! Sente-se ali, vou tentar fazer do jeito em que gosta.

E assim feito, o mais velho pegou uma tijela com estampa diferente e até engraçada, estranhou um pouco, mas depois percebeu que era apenas uma tijela, melhor, era a tijela favorita de Hyung-Sik. Despejou o leite que estava na geladeira dentro da tijelinha, adicionou o cereal de chocolate e depois pegou algumas "frutinhas", como morangos e laranjas, as cortou em padacinhos simétricos e fez uma decoração da maneira que foi possível.

Depois de terminar tudo e sentir um Master Chef, colocou a tijela na mesa, em frente à Sikkie, e pegou um suco pronto na geladeira.

— Então… O que achou? - perguntou quando viu o garotinho dando a primeira colherada na boca.

O menor apenas assentiu com a cabeça e sorriu animado. Chanyeol suspirou aliviado ao perceber que tinha feito da maneira correta - ou, da maneira em que Sikkie achava correta. Logo, aprontou outra tijela com cereais e leite para si, sentou-se à mesa e começou a falar de unicórnios para o garoto.

— São lindinhos, tio Chan, eles têm um chifre "bem" longo! - Hyung-Sik quase não terminava de falar a palavra a qual deu ênfase.

Riram alto e o café parecia ainda mais divertido ao lado do "tio Chan". Antes mesmo de imaginarem, Baek aparece no balcão como se num pulo. Pelo visto, Byun obvervara de longe a felicidade das duas crianças sentadas à mesa - sério, qual adulto fala de unicórnios? - e sorriu bobo com a habilidade de Chanyeol com crianças.

— Me sinto trocado. - fez um biquinho para o pequeno e depois olhou para Chanyeol, era como se duas estrelinhas ocupassem o lugar dos olhos de Baekhyun.

— Por que me olha assim? - riu e passou a olhar Byun nos olhos.

— Espera aí, vocês são namorados? - a voz doce e aguda de Sik, mas que ocupava um tom meio investigativo, quebrou aquele silêncio.

As bochechas de Baek e Channy avermelharam, era uma pergunta a qual não esperavam, e talvez nem soubessem a resposta.

— Bem, Sik… como explicar...? - Baek coçou a nuca e sorriu sem graça.

— Sikkie, nós não namoramos. Ainda. Pois eu ainda tenho que pedir. - Chanyeol levantou-se da cadeira e pegou as duas mãos de Baekhyun. - Baekyun, acho que passar esse tempo sem você me fez notar a sua importância e que… q-que eu te amo. Espero que me dê uma chance, e juro que vou fazer dar certo. Aceita namorar comigo?

Diante de algo tão inesperado, Byun ficou estagnado e com os olhos marejados e fixos em Chanyeol, mas ele teria de dizer alguma coisa porque nem todo mundo entenderia seu olhar que dizia "SIM SIM, MIL VEZES SIM!"

— Meu Deus, Chanyeol, é claro que sim! - sua fala poderia até ter saído meio embargada, mas o bom disso foi o beijo estalado que deixou nos lábios de Chanyeol.

Baek afogou sua cabeça no peito do maior e o apertou com força, afinal, era sua oportunidade e não a deixaria escapar. No fim, incluiram a criança no abraço apertado, tornando aquilo num aglomerado quentinho.

Aqui, percebemos que é melhor não perder mais tempo, pois eles já haviam perdido todos aqueles meses de separação. Talvez, esse relacionamento enfrente algumas conturbações e turbulências como toda relação que já se ouviu falar, mas tudo é superável, ainda mais ao lado de quem se ama. Pra quem vale a pena, deve-se enfrentar a ventania.

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Happy Exo-l Day (atrasado) ❤







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