Grude como cola. Part: I

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Chanyeol

Acabamos desistindo da caminhada e levei Sikkie até os brinquedos do parque, eram feitos de madeira envernizada porém já envelhecida. Concordamos que ele não poderia sair do nosso campo de visão.

Quando virei, Baekhyun estava sentado na grama, com a cabeça encostada em uma árvore Flamboyant. Na minha cabeça, aquilo só poderia ser a visão do paraíso: um minúsculo Baek, debaixo de uma árvore enorme, mas os dois eram compativelmente exuberantes — e Baek, até mais. Ao me ver, deu um breve aceno e um sorriso brilhante, isso fez meu coração derreter depois de bater tão forte quanto um tambor do Olodum.

É assim que percebemos que realmente estamos apaixonados, pensei.

— Até que enfim chegou! — me disse, quando eu já estava prestes a me sentar ao seu lado. — Não aguento mais!

Logo imaginei que sentira minha falta. Mas, quando o vi deitar-se sobre meu colo descobri o real motivo para sentir a minha falta.

— Está precisando de um novo travesseiro? — perguntei, com um fio de ironia.

— Sim, e mais macio também! — senti sua cabeça afundar em meu peito. — Mas também senti sua falta, Park Chanyeol. Desde quando chegou só tem dado ouvidos para Hyung-Sik. Que engraçado trocar o seu namorado pelo irmão pirralho dele, não é mesmo? — não me importei com suas palavras, estava totalmente hipnotizado pelo seu cheiro doce. Mas admiti que era incrível como o humor daquele homem mudava do nada.

— Está com ciúmes de uma criança? — aproximei seu rosto segurando seu queixo entre o polegar e o indicador, sorrindo.

— Não vou adimitir isso. Somos adultos bem resolvidos e isso é bobagem.

— Não precisa adimitir. Eu já sei. — o beijei de surpresa, numa vontade incontrolável de extinguir aquela pequena distância entre nossas bocas. — Sabia que também morro de ciúmes de você? Por isso, me desculpe. — dei o meu melhor sorriso antes que minha gargalhada ecoasse por todo o parque.

— Sério que sente ciúmes de mim? — ele olhou-me desconfiado.

Encostei meu queixo em seu ombro direito e ele segurou minhas mãos, cruzando seus dedos aos meus.

— Claro que sim. Não gosto da ideia de que outros caras olhem pra você, e muito menos quero saber de seus outros namorados. — bufei e revirei os olhos.

— Nem foram tantos assim! — riu mas sua voz aderiu um tom sensual, depois o mesmo beijou meu pescoço — Olha, é bom saber que é sensível ao meu toque. — passou os dedos sobre meu braço.

Droga, ele havia percebido a minha pele arrepiada logo após ter contato com seus lábios. Mas era algo que eu não conseguiria evitar, afinal, se tratava da pessoa que eu amo (e que consequentemente me enche de tesão!).

Talvez minhas bochechas tenham corado levemente naquele momento. Até que enfim Sikkie apareceu e meu namorado o recebeu nos braços, fazendo-o sentar-se em sua perna enquanto, óbvio, tinha seu corpo colado ao meu.

— Vamos! Está tarde e eu preciso estar na casa da minha amiga, agora! — o garotinho era o mais sensato entre nós, e saiu puxando nossos dedos para que nos levantássemos.

— Calma aí, Hyung-Sik! Por que a pressa? — Baekhyun revirou os olhos, como se o garoto tivesse estragado algo, estava impaciente demais para lidar com a situação.

Nos levantamos e seguimos o nosso mini-guia apressadinho. Senti a necessidade de interferir e ajudar quando ouvi os dois trocando palavras meio duras, mas vi que os dois se entediam muito bem depois, sem a minha ajuda. Em fim, entramos no carro e dessa vez eu dirigi rumo à casa de Marvs — claro, que com as orientações de Baekhyun e Sik.

All Love | BBH + PCYOnde histórias criam vida. Descubra agora