capítulo 27

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- como foi a conversa com ele?
- madrinha pergunta vindo até mim, minutos depois que Teodoro foi embora.

Eu ainda permaneci no mesmo lugar, imersa em meus pensamentos.

- ele perguntou algumas coisas sobre mim, disse que queria entender porquê a minha mãe mentiu para ele...

- você falou a verdade?
- madrinha me interrompe.

- não, claro que não. Eu disse que só ela poderia responder todas as suas perguntas.

- isso mesmo, só sua mãe poderá responder tudo. Eu acho que eles deveriam ter uma conversar, explicar tudo um para o outro.
- madrinha diz.

- eu acho meio difícil isso acontecer, mas quem sabe um dia. - falo. - agora eu entendo todo o seu nervosismo quando eu comecei a trabalhar na empresa de Teodoro.

- eu queria te proteger, filha, e evitar todo esse sofrimento.

- eu não queria está passando por isso madrinha.
- lágrimas já começam a rolar no meu rosto.

- não chora, minha linda, tudo ficará bem. - ela sorri e seca as minhas lágrimas. - agora venha me ajudar a preparar o almoço, só assim você se distai um pouco.

Dou um sorriso e madrinha pega na minha mão, me guiando até a cozinha.

Fizemos toda a comida e depois limpamos e arrumamos a cozinha.

Madrinha pediu para que eu sentasse e descansasse, mas me senti muito bem fazendo essas coisas e ainda ajudei em uma parte da limpeza da pensão.

Termino de limpar o meu quarto e vou até o banheiro para tomar banho.

Lavo o meu cabelo e o enxugo com a toalha, depois fazendo o mesmo com o meu corpo.

Visto a roupa e saio do banheiro, indo direto para o meu quarto.

Depois de pentear meu cabelo, fecho a porta do quarto e desço os degraus da escada.

- como você está, Olivia?
- Brena pergunta assim que chego na cozinha.

- estou bem.
- sorrio e sento ao lado dela.

- desculpa por não ter ficado no hospital com você, mas eu tinha que ir trabalhar logo sedo.
- diz olhando para mim.

- sem problemas, minha amiga, não se preocupe.
- sorrio e ela também da um sorriso de alívio.

- agora vamos almoçar que eu fiquei sabendo que você ajudou, vamos ver se a comida está boa.
- ela diz brincalhona.

- cozinho muito bem, mas não chego nem aos pés de madrinha.
- começo a colocar a comida em um prato.

- mas está maravilhoso esse macarrão que você fez. - madrinha chega próximo à nos segurando um prato. - quero que sempre faça. - sorri.

- não é que está bom mesmo.
- Brena diz depois de provar um pouco.

- obrigada gente, meu macarrão é bom mesmo. - sorrio. - modéstia a parte.

Depois que termino de almoçar, ajudo madrinha a lavar e guardar as coisas.

Subo para o andar de cima, escovo os dentes e depois volto para o quarto, deitando na cama em seguida.

Segundos depois escuto batidas na porta do quarto e a voz de Brena chamando meu nome.

- pode entrar, Brena.
- falo e logo a vejo entrar e fechar a porta atrás de si.

- como você está, realmente?
- pergunta enquanto senta na cama.

- estou péssima, Brena, não sei nem o que pensar, estou... acabada.
- falo a verdade.

- não fica assim, Olivia. - me abraça. - tudo ficará bem.

- eu queria tanto que fosse diferente...
- começo a chorar e aperto o nosso abraço.

- chora, minha amiga, coloca tudo para fora. - Brena me afasta e faz com que eu deite a cabeça em seu colo. - não imagino o que está sentindo, mas estou aqui com você.

- obrigada. - falo. - eu gosto dele de verdade, Brena. Por quê que tem que ser assim? - olho para ela.

- eu não sei, eu realmente não sei...

Ficamos alguns minutos em silêncio e ela passa a mão nos meus cabelos, até que vou me acalmando.

- sabe... - sento na cama e Brena presta atenção em mim. - era para ser assim, não era para ficarmos juntos, ele tem que continuar com a namorada e ser feliz com ela...

- não concordo com você, mas tudo bem. - diz. - e Teodoro? Como ficou tudo?

- ele veio conversar comigo hoje, falou várias coisas. No final ainda falou sobre o meu filho, disse que vai ter um neto ou uma neta.

- verdade, agora seu filho tem um avô.
- diz.

- ele também disse que queria me dá tudo o que não teve a oportunidade de dá, mas claro, eu disse que não quero o dinheiro dele. - ela faz uma cara de que não concorda e eu continuo. - só quero arranjar um emprego.

- era sobre isso que eu também queria falar com você. Tem uma vaga de ajudante de cozinha no restaurante onde trabalho, a mulher que trabalhava lá saiu para abri uma lanchonete.

- será que eu tenho chances?
- pergunto esperançosa.

- vamos descobri isso hoje. - levanta da cama. - vai se arrumar para irmos até lá, está quase na hora de eu voltar.

- vou me arrumar rápido, obrigada.
- sorrio e ela também.

Vou até o guarda-roupa e pego uma roupa. Ando até o final do corredor, entro no banheiro e tomo um banho rápido.

Visto a roupa e logo saio. Pego minha bolsa, saio do quarto fechando a porta atrás de mim e caminho até o quarto de Brena.

- vamos.
- entro no quarto que está com a porta aberta e a encontro deitada na cama.

- você é rápida.
- ri.

- tenho que ser.
- sorrio.

Descemos os degraus e eu vou até madrinha que está sentada no sofá assistindo a um jornal.

- vai sair, filha?
- ela pergunta olhando para mim depois que me ver.

- vou com Brena até o restaurante onde ela trabalha, surgiu uma vaga como assistente de cozinha.
- falo depois dela se levantar do sofá.

- tem certeza que já quer ir procurar outro emprego? - pergunta. - não quer esperar mais um pouco?

- sim, quero muito arranjar outro emprego.

- então boa sorte, e tenha cuidado.
- fala enquanto andamos até a porta.

- vão com Deus. - fala olhando para mim e para Brena. - cuidado as duas.

- até logo dona Dolores.
- Brena vai até madrinha e dá um beijo em sua bochecha. Faço o mesmo e ela me abençoa.

Saímos de casa e depois de esperar alguns minutos, o ônibus para e a gente entra, indo até o restaurante.










Uma chance para ser feliz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora