capítulo 12

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Vejo entrar uma senhora que parece ter uns quarenta anos, mas acho que é efeito de plásticas, deve ser mais velha. Mesmo assim é uma bela mulher, com um corpo muito bonito e um cabelo platinado.

Ao lado dela está uma jovem, deve ter no máximo vinte anos. Muito bonita. Alta e morena.

Teodoro e Aron levantam assim que vêem elas.

- amor! esperei você ir me buscar na faculdade e você não foi.
- a mais jovem fala e da um selinho em Aron. - por sorte minha sogra estava passando por lá e me deu uma carona.
- ela conclui.

- tive várias coisas para fazer aqui, e também não lembro de dizer que ia busca-la.
- Aron fala.

- você devia ter ido mesmo assim, filho.
- a mulher mais velha fala e da um beijo na bochecha de Aron.

- vocês duas não viram que tinha outra pessoa na sala? Sejam educadas.
- Teodoro fala e as duas me notam.

- quem é essa?
- a mulher mais velha fala e olha para mim.

- Olivia. Nova secretaria de Aron. - Teodoro fala me olhando. - comprimente a moça, Mirela.

- muito prazer, Olivia.
- a tal Mirela fala com uma cara nada boa e aperta minha mão.

- prazer.
- respondo.

- não sabia que já tinha contratado uma nova secretaria para você, amor.
- ela olha para mim e parece não ter gostado muito.

- meu pai fez isso para mim, Liz.
- Aron fala.

Resolvo ir embora, para deixar a família mais a vontade.

- então já vou indo, senhor Goulart, passarei para falar com Patrícia e segunda estarei aqui.
- falo e levanto da cadeira. - outra vez, muito obrigada. - concluo e aperto sua mão.

O mesmo faço com Aron e nesse momento a namorada o aperta mais em seu abraço.

- certo, Olivia, vejo você segunda.
- Aron diz.

- não precisa agradecer.
- Teodoro diz.

- então uma boa tarde a todos.
- falo e escuto apenas Teodoro e Aron responder.

Fecho a porta atrás de mim e vou até Patrícia.

- o senhor Goulart pediu para eu vim falar com você.
- falo assim que chego na mesa de Patrícia.

- ele me avisou. Vou te passar as regras da empresa, salário e tudo que você precisa saber.
- ela fala e indica uma cadeira a sua frente para eu sentar.

Depois de sair da empresa... Passo em uma farmácia para comprar a vitamina que a médica me indicou e depois vou direto para a pensão.

Entro na casa e vou direto para a cozinha, vendo minha madrinha mexendo nas panelas que está no fogão.

Quando ela me ver dá um sorriso e eu logo dou um beijo em sua bochecha.

- tenho uma ótima notícia, madrinha.
- fala com um grande sorriso.

- foi contratada?

- isso mesmo!
- falo e a abraço.

- Parabéns, filha.
- ela fala sorrindo.

- a senhora sabe o que isso significa para mim, agora terei como sustentar o meu filho.
- uma lágrima teima em descer por o meu rosto.

- não chora, minha linda. - fala passando a mão em meus cabelos. - eu já sabia que você conseguiria, você é determinada, igual sua mãe.

Sorrio.

- falando em mãe... Vou ligar para falar com ela e a senhora vai falar também.
- falo pegando meu celular da bolsa.

- quero muito falar com minha amiga.

Disco o número da minha mãe e depois de alguns toques, ela atende.

- Olivia.
- escuto sua voz.

- Oi, mãe, tudo bem por ? Como está o Rodrigo?
- pergunto.

- está tudo bem por aqui, Rodrigo ainda sente muitas saudades sua e eu também. Ele está na casa de um amiguinho da escola agora.
- fala com uma voz triste.

- também estou com muitas saudades.

- me fala, como você está?

- estou bem, consegui um emprego. Começo a trabalhar segunda-feira, serei secretária.
- falo com empolgação.

- graças a Deus, filha, pedi muito a Deus para que isso acontecesse.

- estou tão feliz, mãe. - falo sorrindo. - agora, tem uma pessoa que quer muito falar com a senhora.
- falo isso e minha madrinha esquece as panelas e logo vem para perto de mim.

- Dolores, não é? Também quero muito falar com ela, minha amiga.

- então eu vou passar para ela, depois nos falamos mais, diz para Rodrigo que mandei um beijo.

- está bem, filha, Deus a abençoe.

- amém.
- falo isso e entrego o celular para minha madrinha.

Percebo que ela está com as mãos trêmulas e prestes a chorar.

- Ingrid? Como você está minha amiga?
- ela fala no celular.

Faço sinal que vou subir para meu quarto e ela apenas concorda.

Deixo elas colocarem os papos em dia, faz muito tempo que não se falam. Elas precisam desse momento para conversar.

Chego no meu quarto, escolho uma roupa e logo vou para o banheiro tomar banho.

Tomo um banho relaxante. Agora sim eu consigo relaxar, já consegui o emprego e assim poderei me sustentar.

Saio do banheiro depois de vestir a roupa e vou direto para o quarto.

Acho que madrinha ainda está falando com minha mãe, então não vou pegar meu celular agora.

Fecho a porta do quarto e sento na cama.

- vamos ser tão felizes juntos, filho. - falo enquanto pego na minha barriga. - já te amo tanto. Estanho... um dia desses você não existia, agora você é a razão do meu viver.

Alguém bate na porta, interrompendo a minha "conversa" com meu filho.

- vim deixar seu celular e um lanche, Olivia.
- madrinha entra no quarto.

- estava com fome mesmo, obrigada. - falo depois que ela me entrega a bandeja, onde tem um copo de leite e um sanduíche. - como foi a conversa com minha mãe? E por que já acabou?

- a conversa foi maravilhosa, deu para matar um pouco a saudade e acabou logo porque o marido da sua mãe chegou em casa e estava a chamando. - reviro os olhos com a última parte que ela falou. - combinamos de conversar mais depois.

- é tão ruim ficar longe da melhor amiga, também sinto muita falta de Rebeca.
- bebo um pouco do leite.

- é horrível ficar longe de amigos. Ingrid sempre foi mais que uma amiga, sempre foi uma irmã para mim. - cai lágrimas de seus olhos e eu logo trato de enxugar. - mas Deus me mandou você, e agora eu cuidarei, assim como cuidei de sua mãe.

- muito obrigada, madrinha, que sorte que minha mãe teve e agora eu estou tendo. - a abraço. - a senhora é um anjo.








Uma chance para ser feliz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora