capítulo 61

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- por favor, me devolva a minha filha. - peço para a mulher que está de costas para mim. Mas tenho certeza que ela está com a minha filha nos braços.

- agora ela é minha! Vou cria-la junto com o meu marido. - ela grita sem olhar pra trás.

- eu te imploro, ela é tudo o que eu tenho, não me deixe sem ela, ela é a minha vida. - as lágrimas rolam com força no meu rosto.

- não importa! Nada mais importa! Ela é minha.

- por favor...


                            (...)


- AHHH!!
- grito.

As lágrimas saem groças dos meus olhos.

Meu Deus, quando vou ter a minha filha aqui comigo?

Quem está com ela?

Eu não aguento mais!

- o que foi meu amor?
- Aron pergunta desesperado e segurando dos dois lados do meu rosto depois de sentar na minha cama.

Eu logo o puxo para um abraço.

- eu não aguento mais Aron, eu quero a minha filha!
- falo entre o choro.

- calma.
- ele pede.

- minha filha...
- minha mãe entra no quarto junto com madrinha e Brena.

- o que aconteceu? - madrinha pergunta.

- eu tive um sonho onde uma mulher estava com Cecília.
- falo tentando me acalmar.

- iremos acha-la, meu amor.
- minha mãe diz.

Todas me abraçam e depois de passar alguns minutos no quarto, saem para voltarem para seus quartos.

- vou voltar para a cadeira pra você ficar mais confortável.
- Aron diz depois de beijar a minha testa.

- não! Fica aqui comigo.
- peço segurando a sua mão.

- está bem.
- ele acaba concordando.

Desde que pegaram Cecília, Aron dorme aqui comigo.

As vezes ele dorme na cama, mas quase todas as vezes ele fica na cadeira, mesmo eu dizendo que ele pode ir para o seu apartamento.

- Aron...
- o chamo depois dele deitar e puxar a coberta para ele.

- Oi, meu amor.

- no sonho eu não via o rosto da pessoa que estava com Cecília, mas sei que era uma mulher e tinha os cabelos pretos.
- lembro muito bem desse detalhe.

- o que mais aconteceu no sonho?
- ele pergunta levantando a cabeça pra me olhar melhor.

- eu pedia a minha filha a essa mulher e ela se negava, alegando que a menina era dela e que criaria junto com o seu marido.
- falo e permanecemos alguns minutos calados. - será que encontrarei ela um dia?

- ei... - ele me chama, fazendo eu olha-lo. - eu vou até o fim do mundo, mas trago a nossa filha, faço tudo, mas tratei Cecília.

Permaneço alguns segundos o olhando até que novas lágrimas se formam nos meus olhos e ele me puxa para um abraço.

- agora durma... - ele pede. - eu te amo.

- também te amo.

Fecho os meus olhos e me obrigo a dormir.

Uma chance para ser feliz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora