Uma chance para ser feliz (CONCLUÍDO)

capítulo 45

- Teodoro...?
- pergunto para o homem que está sentado à mesa, conversando com madrinha.

- bom dia, filha.
- madrinha levanta e vem até mim.

- bom dia.
- falo para os dois, e Teodoro me responde.

Hoje é domingo, e como sempre faço, durmo até mais tarde. Estava morta de fome, por isso vim logo para a cozinha para poder comer uma fatia do bolo que tanto amo feito por minha madrinha.

Mas tenho uma grande surpresa por ver Teodoro aqui, faz alguns dias que nos falamos por o celular, e ele não comentou que viria aqui.

- desculpe por ter vindo de surpresa.
- ele sorri enquanto sento a mesa.
- sem problemas.
- sorrio.

Logo me sirvo com uma fatia generosa do bolo em que está na minha frente, e preencho o copo com o suco que está na jarra.
Teodoro já tem em sua frente uma fatia de bolo pela metade.

Depois de madrinha sorri para nós dois, sai da cozinha nos deixando a sós. Começo a comer.

- vim aqui para conversar com você sobre colocar o meu sobrenome em seus documentos.
Penso alguns segundos em suas palavras e chego a conclusão que não tinha, ainda, pensado nisso. Depois falo:

- não acho que devêssemos fazer isso.

- mas você é minha filha, Olivia.
- ele diz.

- vamos com calma Teodoro, assim como te pedi há um tempo atrás.

Ele suspira.

- só quero fazer as coisas de um jeito certo, minha filha.

- eu sei, te entendo! Mas só peço um pouco mais de paciência.

Não é como se eu já fosse fazer parte de sua família, da sua vida... Acho que para tudo tem sua hora.

- também quero que seja uma das minhas herdeiras, assim como Aron é, e como sua filha também será.

- Teodoro, eu não quero...

- pense na sua filha, Olivia. - ele me interrompe. - não a prive disso.

- eu trabalharei para dar tudo para ela.

- eu sei que sim, você é determinada! Mas o que acha em dar um futuro melhor à ela?

Penso, e sinceramente não sei o que responder. Claro que quero dá o melhor futuro para a minha filha, mas Teodoro quer nos fazer herdeiras, e eu, sinceramente, tenho um pé atrás com isso. Não quero o seu dinheiro. Mas não sei...

- não responda agora. - interrompe meus pensamentos. - só queria te deixar ciente disso tudo, você podia pensar que eu não quero te dar nada.

Pega na minha mão.

- mas você merece tudo, filha, eu quero compensar todos esses anos, todos os anos que você não tinha o que queria por falta de condições.

- minha mãe sempre fez o impossível para me dá o que eu precisava.

- sei que sim, mas eu só quero um futuro melhor para você e para a minha neta.
- solta a minha mão e faz menção em passar a mão na minha barriga.

Depois que eu balanço a cabeça para dizer que sim, ele acaricia.

Alguns segundos depois, ele ainda passa a mão na minha barriga, e a minha filha mexe e chuta. Teodoro sorri e olha para mim, noto as lágrimas se formarem em torno dos seus olhos. Mas ele pisca algumas vezes, para que elas não desçam pelo seu rosto.

- falta pouco para ela nascer...
- ele diz depois de se arrumar na cadeira.

- sim, três meses.