capítulo 39

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Dias se passam e o domingo chega. Dia de conhecer a casa e um pouco mais da vida de Teodoro.

Termino de me arrumar e me olho no espelho.

Estou vestindo um vestido longo, da cor azul escuro e com flores grandes e de cores claras na estampa. Meu cabelo está solto, estou esperando Brena para que faça trança nele.

- está linda.
- madrinha diz entrando no meu quarto e me analisando.

- obrigada.
- dou uma rodadinha para que ela possa ver a parte de trás do vestido.

- tenha cuidado na casa de Teodoro, Olivia, eu não sei do que a esposa dele é capaz.

- não se preocupa, tudo ocorrerá bem.
- tento tranquiliza-la.

- como você está maravilhosa, amiga, vai arrasar na casa desse povo.
- Brena grita enquanto entra no meu quarto com Samuel.

- está muito bonita, Liv.
- Samuel diz com um sorriso simpático.

- obrigada gente. Vem fazer as tranças no meu cabelo Brena.
- ela concorda e pede para que eu sente na cama para que ela possa mexer no meu cabelo.

No fim o meu cabelo ficou lindo, com duas tranças finas embutidas na frente do meu cabelo, uma de cada lado, e que se juntam e termina a trança até o final do cabelo. O restante do meu cabelo ficou solto.

- está tão linda, minha filha, uma verdadeira princesa. -  madrinha diz acariciando a minha bochecha. - sua mãe deve sentir muita saudades de ver como a filha é linda.

Sorrio enquanto lembro de minha mãe sempre me elogiar.

- ela sabe que vai até a casa de Teodoro?
- madrinha pergunta.

- não! Liguei para ela antes dele ter vindo me convidar, para contar que ela terá uma neta.

A propósito, minha mãe ficou muito emocionada com a notícia que eu teria uma menina, assim como Rebeca também ficou muito feliz quando eu dei a notícia.

- é melhor descermos, Teodoro pode chegar a qualquer momento.
- Brena diz.

- verdade! Vamos descer.
- madrinha diz.

Chegamos na sala e todos sentamos no sofá.

Minutos depois batem na porta e eu tenho certeza que é Teodoro.

- deixa que eu abro a porta.
- Samuel logo levanta para ir até a porta.

Escuto a voz de Teodoro conversando com Samuel, mas, não escuto direito o que conversam.

Levanto do sofá e madrinha e Brena fazem o mesmo. Me lançando olhares confiantes.

Andamos até a porta e encontro um Teodoro diferente. Ele não está usando terno, coisa que sempre o vi usando. Ao invés disso, ele usa uma bermuda e uma camisa pólo.

Quando chego perto, ele desvia o olhar de Samuel para mim. Me encarando.

- você está linda.
- ele sorri.

- obrigada.
- falo envergonhada, sempre fico assim com elogios.

Madrinha e Brena cumprimentam Teodoro com sorrisos e apertos de mão.

- já podemos ir, Olivia?
- ele pergunta depois dos comprimentos.

- sim, podemos.
- respondo.

Ele sorri e faz sinal com a mão, para que eu vá na frente, mas antes que eu pudesse dá o primeiro passo, madrinha faz com que eu olhe para ela.

- tenha muito cuidado, Olivia, tente não ficar sozinha com a mulher de Teodoro.
- madrinha sussurra, fazendo com que só eu e Brena escutemos.

- tomarei cuidado.
- sussurro.

- qualquer coisa ligue. - Brena diz. - que chegaremos lá o mais rápido possível.

- certo!
- abraço as duas e depois faço o mesmo com Samuel e ele sussurra um " seja forte se encontrar Aron com a noiva."

Eu assinto e penso brevemente como será se eu ver os dois lá.

Tento tirar os pensamentos, por enquanto, da cabeça, e ando até Teodoro, que sorri quando eu chego perto dele.

Andamos até o carro e o motorista que estava encostado no mesmo, abre a porta para que eu entre.

Viro para trás, e vejo todos na calçada me olhando, aceno com a mão e depois que todos acenam, eu entro no carro. Teodoro entra logo em seguida e o motorista fecha a porta. Depois entra no carro e logo dá partida no mesmo.

Fomos alguns minutos em silêncio, mas sempre sinto Teodoro me olhar por breves segundos.

- parece nervosa...
- ele quebra o silêncio e olha para mim.

- estou um pouco, é tudo novo para mim.
- falo.

- todos irão gostar de você, tenho poucos parentes que convivem comigo, mas esses com certeza, gostarão de você.
- ele diz com uma voz calma, como sempre fala comigo.

- só não quero invadir o espaço da sua família, não quero ser invasiva. Estou chegando agora e quero que tudo vá com calma.

- assim será, minha filha. Eu esperei muito para está assim com você.

- você nem sabia que eu era sua filha, nem sabia que minha mãe não tinha perdido o bebê...

- eu senti, Olivia. - ele pega na minha mão. - não sei explicar, mas senti um grande carinho quando você esbarrou em mim na empresa. - lembro-me da primeira vez que nos vimos. - depois quando fui entrevista-la...

- eu me surpreendi muito quando ligaram para eu voltar lá, nunca pensei que seria contratada, pois tinham mulheres qualificadas, já eu, não tinha nenhuma qualificação.

- eu só senti que devia fazer com que você ficasse perto.
- ele diz ainda segurando a minha mão.

- também não entendi porque fui ser secretaria de Aron, iria ser sua secretaria.
- essa questão ainda me deixa confusa, pois eu seria secretária de Teodoro, não de Aron.

- pode parecer uma grande besteira, mas eu vi o jeito que vocês se olharam, eu vi um tipo de... afeto... carinho, não sei. Pensei que vocês pudessem se envolver. - ai, Deus, se ele soubesse que nos envolvemos mesmo... - hoje eu só rio da situação, vocês nunca poderiam, são irmãos.

Ele ri e eu faço o mesmo, por puro nervosismo.

A viajem se procede e ele diz que já estamos chegando.

- porquê queria, antes de saber toda a verdade, que eu tivesse um envolvimento com Aron? Ele tem namorada.
- pergunto curiosa.

- aquela menina não me engana, ela não é a mulher certa para o meu filho e eu já o avisei. E agora ele resolveu pedi-la em casamento. - me dá um embrulho no estômago ao escutar suas últimas palavras. - não entendi muito bem, mas ele fez isso por causa de uma menina, ele estava apaixonado por ela, mas não deu certo e por isso, pediu Liz em casamento.

Então... ele estava apaixonado por mim, sua irmã...

- espero que ele seja feliz com ela, tenham um casamento feliz.
- falo mais para mim do que para Teodoro.

- também não posso fazer nada, só desejo a felicidade do meu filho, mas sei que não será ao lado daquela mulher. - lamenta. - chegamos! - ele fala animando olhando para frente.

Com um controle o motorista faz com que o portão se abra.

Olho a frente da casa e vejo tudo muito grande, quando olho para dentro por o portão, vejo uma maravilhosa mansão.

- sinta-se em casa, minha filha.
- Teodoro fala com um largo sorriso, eu apenas fico seria e olho tudo a minha frente.

Uma verdadeira mansão, que parece não ter fim de tão grande.






Uma chance para ser feliz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora