Os dias passaram muito rápido com a correria de preparar o casamento.
O Casamento seria nos jardins da casa de Zulius, Carolina e Samir concordaram que a fonte onde se encontraram quando ela chegou ao Dubai, era o sitio ideal para dizerem o sim, uma vez que foi a partir daquele momento que a história deles mudou completamente. O casamento seria apenas no civil, uma vez que tinham religiões diferentes e nenhum deles se queria converter.
Os pais da Carolina estavam à uma semana no Dubai, a mãe apaixonou-se pelo genro assim que o viu, já o seu pai foi mais cauteloso mas depois de o conhecer não conseguia imaginar um homem melhor para a sua filha.
Faltavam apenas dois dias para o casamento quando numa manhã se sol radiante, Carolina foi com a sua mãe e a Mónica à ultima prova do vestido de noiva.
- Estou muito emocionada por ir ver a minha menina de vestido de noiva. - A mãe de carolina comenta com lágrimas nos olhos.
- Mãe, não é a primeira vez que me vê vestida de noiva...
- Carolina! Não são horas para pensar nisso. - Mónica diz
- Calma Mónica, eu estou muito feliz por me ir casar com o Samir. Ele com o seu jeito... - Ela olha para a mãe. - Com o seu jeito peculiar de fazer as coisas, conseguiu me conquistar mas eu não esqueci que amei muito o Pedro e que também fui muito feliz com ele.
- Eu sei amiga. Tens razão.
Chegaram à loja e a conversa ficou por ali, o Cacios já as esperava no interior da loja e estava mais entusiasmado que a noiva. Ele era um doce de pessoa, Carolina tinha-se dado muito bem com ele logo desde o inicio e o Samir passou a aceitar que fosse um homem a tratar de tudo com ela depois de o conhecer e perceber que ele era gay.
- Bom dia minhas lindas. - Ele as cumprimenta dando um beijo a cada uma.
- Bom dia Cacios. Tudo pronto para a prova final? - Carolina pergunta.
- Sim. Podes ir com a Susan, ela vai ajudar-te a colocar o vestido. - Carolina seguiu a funcionária da loja até ao provador que ficava no fundo da loja.
Entrou no provador e de repente tudo aconteceu muito rápido, ela foi empurrada para o chão a Susan levou uma paulada na cabeça caindo inanimada no chão e antes de Carolina ter tempo de reagir um vulto negro colocou-lhe um pano na boca e ela perdeu os sentidos.
Mónica estava a estranhar a demora da amiga:
- Eu vou ver o que se passa, estão a demorar muito.
- Sim, boa ideia Mónica eu vou contigo. - Cacios levanta-se e acompanha-a.
Quando chegam ao provador a porta está aberta e vêm a Susan no chão sem sentidos e Mónica entra em pânico, começa a chorar e pede a Cacios que chame o Alan que está lá fora na entrada da loja. Rapidamente o Alan chega com os outros dois seguranças e percebem o que aconteceu, a senhora foi raptada.
Um dos seguranças levou a Mónica e mãe de Carolina para casa e o Alan ligou para o patrão:
- Alan. - Samir atende
- Sheik aconteceu uma desgraça. - Alan hesita sem saber como dar a noticia.
- Fala Alan, o que aconteceu? - Samir sente um aperto no coração sabe que algo aconteceu à Carolina.
- A senhora foi raptada. - Alan diz de uma vez.
- Raptada? Mas como alguém conseguiu passar por três seguranças? - Samir está furioso.
- Foi no provador da loja do vestido de noiva, ninguém viu nada e a funcionária que estava com ela está inconsciente, já chamamos uma ambulância para ela e a policia vem a caminho mas pediram que fique em casa porque o mais provável é tentarem ligar para si para pedir o resgate.
Samir sente um desespero tomar conta dele, outra vez não, isto não pode estar a acontecer, parece que o destino teima em não os deixar ser felizes.
- Samir. - Ele levanta os olhos para o homem à sua frente.
- Zan? O que fazes aqui? - De repente levanta-se e vai até ele segurando-o pelos colarinhos. - Tu tens alguma coisa a ver com o rapto da Carolina?
Zan olha para ele triste.
- Não Samir. - Liberta-se dos braços dele. - Mas sei quem foi e estou disposto a ajudar.
- E porque me ajudarias? - Samir pergunta desconfiado.
- Não o faço por ti. Faço-o pela Carolina. - Ele responde seco.
- Tu queres a minha mulher não é? - Ele pergunta com raiva.
- Eu amo a Carolina desde que a vi na festa do meu tio, mas infelizmente ela ama-te a ti por isso estou aqui disposto a ajudar-te a trazê-la de volta, mesmo sabendo que é contigo que ela vai ficar.
Samir olha-o nos olhos por momentos, mas acaba por assentir. O mais importante era salvar a Carolina, nem que para isso tivesse que aceitar a ajuda do Zan.
- Muito bem, conta-me o que sabes. - Ambos os homens sentam-se.
- Hoje cedo ouvi uma conversa da minha mãe ao telefone que achei suspeita por isso escondi-me e ouvi tudo. Ela perguntava a alguém se estava tudo pronto se já tinha a chave da loja e referiu que ela trataria do transporte.
- Achas que a tua mãe raptou a carolina? - Samir pergunta surpreso.
- Tenho certeza. Ela ficou muito revoltada com a morte da minha irmã e quando o anuncio do vosso noivado saiu nos jornais ela não reagiu nada bem e prometeu vingança. Na altura achei que era da boca para fora mas hoje depois daquele telefonema estranho ela saiu logo de seguida na carro dela, dispensando o motorista. Mas o que ela não sabe é que o carro que ela conduz, por ter sido comprado para o palácio como sendo para o Sheik tem um dispositivo de GPS e quando ela saiu eu fui falar com o chefe de segurança do palácio e pedi-lhe que accionasse o GPS do carro da minha mãe e ela primeiro parou nas traseiras da loja de vestidos de noiva e logo de seguida saiu da cidade seguindo para norte.
- Então mas agora temos de saber exactamente onde está. Liga novamente para o chefe de segurança. - Samir levanta-se de um salto.
- Eu não preciso de lhe ligar, eu sei para onde ela leva a Carolina. Ela está na casa que era do meu pai, antes de se casar com a minha mãe, é lá que está a tua mulher Samir.
- Muito bem, obrigado Zan. - Samir estende-lhe a mão. - Admiro-te por me ajudares mesmo sabendo que vais ficar sem ela.
- Ela garantiu-me que estava feliz contigo e isso chega-me. - Zan diz olhando-o nos olhos e aceita o cumprimento.
Samir apenas assente sai pela porta ligando para o Alan:
- Alan prepara a equipa, já sei onde está a Carolina. Foi a Leila que a raptou e levou-a para a casa do falecido marido à saída da cidade pelo norte, já te mando a morada completa. Eu já vou a caminho.
- Sim Sheik.
Samir chegou lá antes mesmo da sua equipa de seguranças mas não esperou por eles, a sua mulher corria perigo. Na porta da casa estava um homem que assim que o viu levantou-se mas ele nem lhe deu hipótese de avançar disparou contra ele e passou por ele a passos largos arrombando a porta.
Lá dentro encontrou a Carolina deitada no sofá sem sentidos e a Leila sentada numa poltrona com uma arma na mão apontada para a cabeça da Carolina.
- Não te aproximes ou eu mato-a já. - Ela ameaça.
- Não te atrevas Leila. - Samir rosna.
Leila ri alto, levanta-se e ouve-se o som de um tiro a ser disparado.
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O Sheik
RomansaHabituado a ter o mundo a seus pés, ele a vê apenas uma vez e a quer para si e vai quebrar todas as regras para a conseguir.....