Capítulo sem título 42

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Ao final da tarde, Mónica foi embora para casa deixando a Carolina novamente nervosa por estar sozinha naquela casa desconhecida com o Samir, que para ela também não passava de um desconhecido.

Ela subiu para o quarto para tomar banho, não o viu mais durante todo o dia, não sabia onde estava mas calculava que ainda estivesse no escritório a trabalhar.

Entrar naquele quarto e ver as suas coisas junto com as deles ainda lhe fazia muita impressão, quando entrou ali mais cedo com a Mónica e percebeu que efectivamente dividia aquele quarto com ele foi um choque muito grande.

Abriu o armário e escolheu um vestido leve para colocar depois do banho e deixou-o em cima da cama junto com as duas peças intimas antes de se dirigir para a casa de banho.

Entra na casa de banho e fica pasmada, sem reacção, a olhar para o chuveiro. Samir está de costas a tomar banho e por mais que saiba que é errado, ela não consegue desviar o olhar daquele corpo magnifico.

Como se sentisse a sua presença, ele vira-se e sem pudor nenhum, continua debaixo da água e fixa os olhos nela. Carolina sabe que tem de sair dali, mas o corpo não obedece, ela agora percorre o olhar pelo corpo dele virado de frente para ela e é impossível não reparar no quanto ele está excitado, mas o pior é perceber que também está bastante excitada que todo o seu corpo reage perante ele. 

- Eu... não ...sabia que estavas aqui. - Carolina gagueja. - Eu vou...sair e....volto depois..ah...quando tiveres...tiveres terminado.

Samir sai do duche e fica bem na frente dela, sem se dar ao trabalho de se secar ou tapar com uma toalha.

- Podes entrar, eu já terminei. - Ele diz bem perto e Carolina sente o corpo inteiro ficar em chamas, os seus mamilos estão tão duros que doem, e ele sabe que ela está excitada porque é visível através do tecido fino dos triângulos do biquíni e ele não esconde o olhar de satisfação que dá na direcção deles antes de agarrar a toalha e sair para o quarto.

Carolina suspira, quando fica só, entra no chuveiro e liga a água no frio e deixa-se ficar parada debaixo do jacto de água gelada até ficar com frio. 

Samir mesmo querendo abraça-la, beija-la e fazer amor com ela, obriga-se a sair. Sabe que o caminho certo é fazê-la desejá-lo, provocar mas nunca dar o ultimo passo, esse vai ter de ser ela a dar. Só espera ter forças manter o seu plano. Veste-se e desce para a sala para a esperar, em breve o jantar será servido.

Carolina estava a acabar de descer as escadas quando anunciam que o jantar está servido, seu estômago agradeceu por isso, estava faminta. Não sabia se por não ter comido muito ao lanche ou se por causa da gravidez, mas sentia-se com apetite para comer este mundo e o outro.

- Vamos? - Ele pergunta quando ela chega à sala

- Sim, estou com muita fome. - Ela diz e ele solta uma gargalhada

- Que bom Carolina, agora mais que nunca precisas alimentar-te bem.- Ele pega-lhe na mão para irem para a sala de jantar e ela sente uma descarga eléctrica tão forte que solta a mão dele de imediato.

Samir olha-a ressentido, mas não diz nada, apenas afasta a cadeira para a ajudar a sentar-se e senta-se também.

Jantaram em silêncio, Carolina ficou com a impressão que ele estava mesmo chateado por ela ter soltado a sua mão, então ficou em silêncio e ele também não puxou conversa, parecia perdido em pensamentos.

Quando ela terminou de comer, ele já tinha terminado a algum tempo e sorria discretamente.

- Eu acho que vou para cima. - diz levantando-se

- Espera, quero mostrar-te o teu sitio favorito da casa. - Carolina lembrava-se dele ter mencionado algo sobre isso mais cedo.

- Está bem. - Mais uma vez ele pegou-lhe na mão e apesar de sentir a mesma corrente eléctrica, fez um esforço para não se soltar, não queria chateá-lo novamente com isso.

Saíram de casa, passaram pela piscina e pararam na porta do chalé que ela tinha visto à tarde, que ficava bem de frente para a piscina. Ele abriu a porta e acendeu a luz e quando Carolina entra solta uma exclamação:

- O meu atelier! 

- Sim, é aqui que que costumas passar a maior parte do dia, a trabalhar. - Samir sorri para ela

- Não sabia que tinha um aqui. Mas estas não são as minhas máquinas.

- Não, estas eu comprei todas novas para ti. - Ela olha para ele espantada. - As tuas doaste para uma escola onde foste professora, quando vendeste a casa. - ele continuou

- Eu lembro-me da escola. - Mas não se lembrava de mais nada. Olhou em volta e viu muito trabalhos já terminados, trabalhos que nem se lembrava se ter começado.

- Estas peças são muito lindas, eu devia de estar muito inspirada quando as fiz.

- Estavas feliz Carolina. - Samir diz puxando-a para si, envolvendo-a com os braços. - Estávamos os dois muito felizes.

E sem conseguir resistir, beija-a. 

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora