Capítulo 3

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Carolina recebeu um mail com um pedido estranho, uma senhora, amiga de Adele, tinha recebido de presente da mesma, uma peça sua e queria muito encomendar uma peça para a sala da sua herdade no Alentejo, infelizmente por ter dificuldades motoras não poderia deslocar-se até Lisboa, e por isso pedia que Carolina aceitasse ir à sua herdade conhecê-la. Felizmente não tinha muito trabalho e dentro de dois dias conseguiria deslocar-se até lá, e foi precisamente isso que respondeu no seu mail.

Apesar de não conhecer a zona, foi facil encontrar a herdade, graças ao GPS. A herdade era enorme, já tinha passados os portões a alguns quilometros atrás e ainda não conseguia ver a casa, via-se muitos cavalos a correr livres pelos campos, todos eles lindos, com pêlos reluzantes, dava para perceber que eram muito bem tratados.

Estacionou à frente da porta da casa principal e foi tocar à campainha, uma senhora de idade veio abrir-lhe a porta e convidou-a a segui-la até à sala, lá pediu-lhe que a deixasse ajudar com o casaco e a mala e levou tudo para arrumar, dizendo que a receberiam dentro de momentos. Carolina sentou-se no sofá e aguardou.

 - Olá Carolina. - Carolina Salta do sofá onde está sentada e volta-se para ver o homem que acaba de entrar na sala.

 - Samir? - Ela pergunta confusa

- Como estás Carolina? - Ele a devora com os olhos, de vestido preto e sapatos de salto alto, estava elegante como sempre. O cabelo preso num bado de cavalo permitia-lhe ver melhor os olhos, que estavam tristes e sem vida com sempre, mas isso agora ia mudar, prometeu a si mesmo, ele ia devolvê-la à vida.

 - Estou bem, obrigado. O que fazes aqui? - Tenta parecer serena, mas algo dentro dela lhe diz que está em perigo.

 - Esta casa é minha. - responde sereno

- Tua? Mas eu recebi um mail de uma senhora Teresa Santos.

 - Uma pequena mentira para te trazer até aqui. - Ele sorri perigoso

 - Posso saber para quê? - A sua voz sai um pouco descontrolada, cada vez mais, sente que corre perigo.

- Porque de outra forma não terias vindo e eu queria-te aqui, exactamente aqui. - Ele começa a aproximar-se e ela institivamente recua

 - Eu não sei o que queres de mim, mas....

 - Eu quero-te a ti. já te tinha dito. Quero fazer-te voltar à vida. Esquecer o defunto... - Ela dá-lhe uma bofetada e ele beija-a em retaliação. - Aqui vais esquecê-lo e vais aprender a gostar de mim, a suspirar apenas por mim e mais ninguém. - Ele diz com raiva

 - Não. - Ela tenta libertar-se. - Eu vou embora agora, tu só podes ser louco. - Ele ri muito e aperta-a mais contra si.

 - Posso saber como vais sair daqui?

 - Como vim, vou embora. Solta-me. - Ela grita já em desespero

 - O teu carro já não está lá fora e todos na herdade têm ordens para não te deixar sair daqui, a tua mala e telemovel, estão em meu poder. Não tens como sair daqui. Agora não vais mais poder adorar as fotos de um homem morto, muito em breve já nem te vais lembrar do seu rosto, apenas o meu estará em tua mente. - Ela começa a chorar e a agredi-lo no peito.

 - Nãoo. Nunca vou esquecer o Pedro, muito menos gostar de ti. -Ele larga-a no sofá com raiva.

- Veremos!!! Agora vou chamar a Aida, ela vai levar-te até ao teu quarto para te recompores, estás a precisar. 

Carolina assim que se viu sozinha correu até à janela, vereficou que o seu carro não estava mais na entrada da casa, tentou abrir a portada, mas estava trancada. Voltou para o sofá, tinha de manter a calma, talvez no quarto tivesse mais sorte e conseguisse fugir.

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora