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Quando chegaram a Alma estava na sala.
- Olá Alma. Onde estão os homens? - Mónica pergunta
- Ainda no escritório. Mas o Sheik Samir pediu para ser avisado quando chegassem.
- Imagino que sim.... - Carolina disse entre dentes.
- Eu vou para cima, não quero vê-lo. - Carolina disse assim que Alma se dirigiu para a biblioteca.
- Está bem. Eu digo que estás com uma enxaqueca.
Mal ela acaba de subir as escadas, o Sheik aparece na sala.
- Olá Mónica. Onde está a Carolina?
- Ela subiu para o quarto, está com uma enxaqueca terrível, coisas de mulher. - Mónica inventa
- Estou a perceber. Vou subir e ver como está.
- Não!!
Ele ergue uma sobrancelha desconfiado.
-Ela tumou um comprimido antes de subir, deve dormir por algumas horas não subas, ela tem o sono leve e se acordar a dor de cabeça só vai piorar.
- Está bem, eu vejo-a mais tarde então. Como correu o almoço?
- Muito bem.  Almoçamos com a Leila e a sua filha Sheila. - Mónica olha-o com atenção e percebe que ele fica tenso.
- Não sabia que Sheila estava cá. Pensei que estava na Suíça.
- Ela mencionou que tinha regressado à dias. Estranho ela não ter ido à festa de aniversário do tio, não achas? - ela o testou.
- Ela sempre foi temperamental por isso não me surpreende. - declara- vou voltar para a biblioteca.  Até já.
- Até já.

Carolina ficou no quarto a tarde toda, a pensar no que fazer a seguir. O melhor seria ir embora, voltar para casa.  Só tinha de arranjar uma forma de ir embora sem que ele a podesse impedir. 
Mónica ligou quando faltava pouco para a hora do jantar.
- Como estás?
- Acho que destruída é a palavra mais indicada.
- Vais descer para jantar?
- Não!! Vou pedir a Alma que me traga uma sopa e um comprimido para me ajudar a dormir.
- Ele vai querer ver-te.
- Eu sei por isso o comprido, para estar a dormir quando ele vier.
Mónica não pôde deixar de sorrir.
- E já pensaste no que fazer?
- Vou voltar para casa.  Só tenho de arranjar uma forma de ir sem ele se aperceber.
- Sim. Talvez nun dia que ele vá trabalhar fora.  Eu vou tentar saber ao jantar.
- Obrigado amiga. Agora vou ligar para a Alma.
- Ok.  Até amanhã.
Logo depois de Carolina terminar de falar com a Alma, a governanta ligou para a biblioteca.
- Sim Alma? - Samir antende.
- A senhora está acordada.
- Obrigado. - desliga o telefone e dirige-se de imediato ao quarto de Carolina.
Bateu de leve e entrou, encontrou-a deitada na cama, encolhida e sentiu o um aperto no peito.
Carolina sente-o sem ter de se virar.
Ele veio sentar-se a seu lado, Olhou-a com atenção e pergunta:
- como te sentes?
- Como se tivesse uma  banda desafinada dentro da minha cabeça. - disse desviando os olhos dos dele, não conseguia olhar para ele.
- Carolina olha para mim.
Ela fecha os olhos
- Por favor Samir eu preciso descansar..
- Olha para mim por favor.
Carolina salta da cama e vira-lhe as costas
- Sai por favor
- Carolina...
Ela começa a dirigir-se para a casa de banho mas ele impedia segurando-a pelo braço e virando-a de frente para si.
- O que se passou?
- Nada. Estou cansada e só quero dormir.
- Olha para mim.
Ela faz um esforço, olha para ele e sorri
- Desculpa Samir estou naqueles dias complicados e fico sempre com enxaquecas e com péssimo humor.
Ele olha-a durante algum tempo  mas acaba por relaxar e acaricia-lhe a face.
- Tudo bem.  A Alma virá trazer-te a sopa. Descansa, mas amanhã se não te sentires melhor  gostaria que fosses ao médico.
- Não será necessário, é sempre assim mas em dois dias fico bem.
- Tudo bem então.  Até logo. - ele beija-a na boca carinhosamente e sai.
Carolina deixa-se  cair no chão e chora, tinha de ir embora ou acabaria por revelar o que sabia.
Alma chegou logo de seguida com a sopa e ela limpou discretamente as lágrimas e agradeceu à governanta,  ela saiu desejando as suas melhoras.
Tumou o comprido e esforçou-se para comer um pouco da sopa.
De seguida tomou um banho,  teve o cuidado de vestir um pijama de top e calções e deitou-se. Felizmente o comprido fez efeito logo de seguida.

Samir estava sentado na sala quando a governanta desceu do quarto da Carolina e fez sinal para ele a seguir.
- Algo se passa com a senhora, Sheik. Ela estava a chorar quando entrei no quarto, ela tentou disfarçar mas eu percebi.
Samir fecha os punhos com força,  algo se tinha passado e ele ia descobrir.
- Obrigado Alma.
Voltou para a sala.
Depois do jantar esperou até a Mónica ir dormir e depois falou com os homens, contou-lhes que algo se tinha passado nesse dia e suspeitava que era algo relacionado com a Sheila.
- Jaime peço-te que tentes falar com a tua esposa ela deve saber alguma coisa.
- Eu vou falar com ela, fica descansado. Vou entrar e tentar descobrir o que se passou.
- Obrigado Jaime. 
- Zulius estou a perder a paciência com esta miúda.  Se ela fez alguma coisa para me separar da Carolina vou esquecer de quem ela é sobrinha e certificar-me-ei de que sai do Dubai nunca mais volta.
- Calma Samir.  Primeiro vamos descobrir o que se passou.
- Sim.  Até amanhã tio.
- Até amanhã Samir.

Samir entra no quarto de Carolina, despe-se e deita-se.  Ela dormia profundamente mas era de esperar, o comprido que a Alma lhe deu era fortíssimo.
Chega-se para perto dela e abraça-a e também ele adormece.

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora