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Samir só a soltou quando já estavam dentro do carro.

- Posso saber o que se passou? - Carolina pergunta furiosa

- Falamos em casa Carolina. - ele responde sem olhar para ela, era evidente que estava furioso, os seus olhos estavam negros e o maxilar contraído, mas carolina não se sentia menos furiosa.

- Porque raio é que eu não posso me divertir um pouco sem tu estragares tudo? - Samir volta-se para ela e lança-lhe um olhar tão frio que ela sente a pele arrepiar-se. Mas ele não lhe responde e ela volta a provocar:

- O que te passou pela cabeça para me arrastares para fora do restaurante? Eu nem tive tempo de me despedir dos meus amigos. - ele continua sem responder e ela perde a cabeça. - Tu não és meu dono para me carregares para onde e quanto entenderes, eu sou livre para fazer o que quiser. - Ela diz quase a gritar.

Samir agarra-a pelos ombros e sacode-a:

- Tu és minha sim, só minha! - e beija-a com brutalidade, punindo-a.

Carolina, mesmo furiosa, não consegue ficar indiferente ao beijo e enterra os dedos no cabelo dele, correspondendo. 

O carro pára e eles separam-se ofegantes, percebendo que tinham chegado a casa. Logo a porta do carro é aberta pelo Alan e eles saem e seguem para dentro sem dizer nada.

Carolina sobe rápido as escadas mas assim que entra no quarto é puxada pelo braço de encontro ao corpo dele:

- Nunca mais voltes a permitir que outro homem te toque ou eu não responderei por mim. - Ele ameaça com voz gelada.

- Só podes estar a brincar comigo. - Carolina o acusa. - Tu passas a noite com aquele mulherzinha em cima de ti a fazer-te carinhos mesmo na minha frente e não posso dançar com um homem? É isso mesmo que me estás a dizer?

- Irma é apenas uma amiga. - Ele defende-se

- Não quero saber o que lhe chamas! Se estás disponível para receber os seus carinhos, prepara-te para me veres aceitar o que eu bem entender de outros homens.  - Carolina cospe as palavras, mas arrepende-se logo quando sente a pressão dos dedos dele nos seus braços

-  Nunca. Não te atrevas nunca mais a deixar outro homem chegar perto de ti.

- Eu faço o que eu quiser. Tu não tens sequer moral para falares! - Ela o acusa 

- Eu  já te disse que a Irma é apenas uma amiga. Respeito demasiado o Alish para sequer cogitar ter algo com a esposa dele.

- Mas não me respeitas a mim! - Ela solta-se dele e vai para a casa de banho, mas ele segue-a

- Eu nunca te desrespeitei, estás a ser injusta...

- Então como chamas o que estavas a fazer no restaurante? 

- Estávamos apenas a conversar...

- Tu conversavas e ela acariciava-te e tu nada fizeste para a impedir. Logo quando outro homem mostra interesse por mim  não tens sequer o direito de te sentires ofendido, porque ele estava apenas a fazer o que tu deverias ter feito.

- Chega Carolina, esta conversa encerra aqui. - Ele grita descontrolado.

- Sai por favor. - Ela pede após olhar para ele durante algum tempo ele após olhar para ela por mais algum tempo abana a cabeça e sai para o quarto.

Carolina despe-se rápido e entra debaixo do chuveiro e deixa a água quente acalmar-lhe o corpo. Não conseguia perceber o que estava a acontecer com eles, estavam cada vez mais distantes, pareciam dois estranhos a dividir o mesmo tecto.

Começava a acreditar seriamente que ele já não a desejava como antes, depois que ela perdeu o filho deles, ele nunca mais tentou fazer amor com ela e isso magoava-a e vê-lo hoje com a Irma fe-la perguntar-se se ele teria outra mulher e por isso já não a queria.

Quando terminou o banho, foi até ao closet e vestiu uma camisa de noite, preta de cetim com renda nas extremidades, que chegava até um pouco a cima do joelho.

Quando chegou ao quarto ele estava deitado na cama, com os músculos do peito contraídos, sinal de que ainda estava de mau humor. E Carolina ao ver na sua frente o homem que desejava mas que já não lhe pertencia, sentiu-se perder as forças, já não conseguia mais fingir que tudo estava bem. E em vez de se dirigir para a cama, começou a dirigir-se para a porta do quarto.

- Onde vais Carolina? - Ele pergunta da cama

- Vou dormir noutro quarto Samir. Isto já não faz sentido. - Ela responde olhando para ele firme, apesar de sentir que o seu mundo estava a desabar. 

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora