Viagem

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Finalmente chegamos ao hotel, depois de uma longa viagem. Carolina olha pela janela sacada do seu quarto e prende a respiração diante de tamanha beleza, logo mais à frente o mar de um azul maravilhoso, mal podia esperar para ir mergulhar em suas profundezas. Mónica estava no quarto ao lado do seu, já devia de estar a dormir, pois tinham chegado já no final do dia e muito cansadas. 

Mas Carolina não conseguia dormir, a sombra do Sheik não a abandonava, mesmo sabendo que ele estava a muito quilómetros de distância, sentia-o como se estivesse ali, mesmo ao seu lado. Perguntava-se como era possível pensar naquele homem, ele só lhe tinha feito mal tornando-a sua refém, tentando ganhar à força o que só com o tempo e a convivência duas pessoas podem sentir. Gostaria de poder esquecê-lo e a tudo o que lhe tinha feito. 

Determinada em aproveitar as férias e esquecer o passado, tomou um banho e deitou-se na enorme cama, era bastante confortável e em pouco tempo o cansaço da viagem venceu-a  e adormeceu.

O sol já ai alto no céu azul, quando Carolina acordou. Apesar do calor que se fazia sentir, o cansaço dos últimos dias foi mais forte e acabou por dormir até tarde. levantou-se o tomou um banho para despertar. Sentia-se bem, pela primeira vez em muito tempo, sentia-se livre e dona de seu nariz. Fechou os olhos, deixou a água do chuveiro cair pelo seu corpo e sorriu, tinha passado por coisas desagradáveis mas tudo tinha acabado, tinha agora o poder da sua vida de volta nas mãos e estava decidida a aproveitar ao máximo a partir de agora, não fazia sentido apenas sobreviver cada dia, não, ela estava viva e a partir de hoje ia viver cada dia intensamente.

estava a acabar de colocar um vestido sobre o bikini, quando lhe batem à porta:

- Sim?! 

- Bom dia!! - uma Mónica muito animada entra pela porta. - Dormiste bem?

- Como um bebé!! - exclama animada - E acordei com uma fome de leoa. - ambas caiem na risada 

- Então vamos tomar o pequeno almoço e depois vamos para a praia, desde ontem que não consigo pensar em mais nada a não ser mergulhar naquele mar magnifico. - Mónica puxa Carolina pelo braço e ambas saem em direcção ao restaurante do hotel.

No final do dia, Carolina sentia-se rejuvenescida. Tinham passado o dia inteiro na praia, entre banhos no mar maravilhosamente quente e bebidas frescas na espreguiçadeira ao sol.
Combinaram jantar no restaurante de marisco junto ao hotel, do qual tinham houvido falar muito bem na praia.
Carolina olhou uma vez mais ao espelho para o seu reflexo e não reconheceu a  mulher de vestido longo vermelho que o espelho mostrava, tinha adquirido um ligeiro bronzeado e tinha de admitir que estava realmente bonita, como não se lembrava de estar à muito tempo. Virou-se, pegou na bolsa em cima do aparador e saiu para se encontrar com a amiga no átrio do hotel. Quando saiu do elevador sentiu um ligeiro arrepio na nuca, olhou em seu redor mas não viu ninguém conhecido nem a olhar para si, respirou fundo e seguiu o seu caminho, devia estar a imaginar coisas, pensou para si.
A Mónica já estava a sua espera e saíram logo para o restaurante.
O restaurante estava com bastantes clientes mas, felizmente tinham pedido no hotel que fizessem reserva e não precisaram esperar para serem atendidas. O jantar estava delicioso e ambas acabaram por comer demais. No final do jantar, pediram a conta e quem veio entregar a conta foi um homem alto, loiro e de olhos azuis.
- Boa noite. O meu nome é Rafael e sou o dono do restaurante. Não pude deixar de reparar que são portuguesas, eu também sou. - disse sorrindo e olhando com verdadeiro interesse para a Carolina.
- Prazer, eu sou a Mónica e a minha amiga é a Carolina.
- Muito prazer Mónica e Carolina. - pegou na mão de cada uma e beijou suavemente.
- Prazer em conhece-lo Rafael. - Disse Carolina um pouco envergonhada pela forma como ele a olhava. Pagou a conta e levantou-se. - muitos parabéns pelo restaurante , a comida estava maravilhosa, tão maravilhosa que acabamos por comer demais e agora teremos de andar um pouco. Boa noite.  - e dirigiu-se para a saída do restaurante sendo seguida logo de seguida pela amiga.
- Carolina, meu Deus porque saíste tão depressa do restaurante? Praticamente deixamos o Rafael a falar sozinho. - Mónica pergutou sem reconhecer os modos da amiga.
- Ai Mónica, chama-me paranóica se quiseres, mas não gostei da forma como ele olhou para mim, senti um arrepio na espinha e tive de sair de perto dele.
-Amiga, ele olhou para ti com interesse sim, mas não me pareceu sinistro. Estás traumatizada mas isso vai passar.  - Abraçou a amiga com carinho. - Nem todos os homens são diabólicos como o Sheik.
- Eu sei, mas não consegui ficar ali.
- Tudo bem, vamos dar um passeio para desmoer a montanha de comida que ingerimos. - sorriem e começam a caminhar pela calçada à beira da praia. 
Caminharam por algum tempo e depois voltaram para o hotel e  foram descansar.

Samir


No seu quarto na herdade, Samir, pensava em Carolina e em como iria conseguir tê-la de volta.  Já se tinha informado e a viagem das amigas iria durar pelo menos duas semanas.  Por enquanto tudo normal, o homem que contratou tinha-o informado que estavam sozinhas no hotel.  Desta vez teria que ser mais cuidadoso para garantir que não voltaria a perdê-la.
Sentia demasiado a sua falta.

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora