O Sheik

17

-Sabes o que isto significa? - Ele pergunta olhando-a nos olhos, ainda dentro dela.
- Que sou uma fraca e uma ninfomaníaca???- ela responde tomando consciência do que tinha feito.  Tenta afastar-se mas ele não permite
- Significa que tu és minha. Basta de tentar negar o óbvio, chega de fugir. Eu quero-te, tu queres-me e não vou permitir que voltes a esconder-te de mim.
Ela olha-o mas não diz nada e ele beija-a na boca, afasta-se e nada até aos restos do bikini e apanha-os:
-Melhor levarmos isto  para não escandalizar os funcionários. - Ela fica vermelha e ele dá uma gargalhada e ajuda-a a sair da piscina e vestir o  robe.
Seguiram pela casa em silêncio para não acordarem ninguém e Carolina pára em frente à porta do quarto dela.
-Até amanhã.- despede-se e ele olha-a com ar de gozo.
- Quero que durmas comigo.
-Não. - ela diz e ele arqueia as sobrancelhas
- Não?
- Não acho correto. - Ela tenta
- Não? Pois a mim nada me parece mais correcto. - paga-lhe na mão mas ela resiste.
- Sou hóspede na casa do teu tio, não vou dormir no teu quarto, seria uma afronta. - Ela diz com convicção.
- Muito bem, não vamos desrespeitar o meu tio, mas amanhã faz as malas, vens comigo para a minha casa. - ele declara.
- O quê??!! - Ela exclama incrédula.
- Vais ficar comigo, não quero passar mais noite nenhuma sem ti, estou farto de ter insónias e sonhos perturbadores. - Ele pisca para ela e sorri quando ela fica vermelha.
- Eu não vou mudar-me para tua casa, isso...tu és louco. - Ela vira-se rápido, entra no quarto e tranca a porta.
Ouviu-o rir e afasta-se para o seu próprio quarto. Suspirou e foi tomar banho. 
Uma hora depois continuava acordada sem conseguir dormir relembrando a cena na piscina. Deu um pulo na cama quando o telefone tocou atendeu e ouviu a voz dele:
- Sabia que também não ias conseguir dormir, aproveita e faz as malas para acabarmos com esta tortura de uma vez por todas. - Nem teve tempo de dizer nada porque ele desligou logo de seguida.

De manhã a Mónica estava a tomar o pequeno-almoço com o Samir, o seu marido e Zulius ainda não estavam acordados. Estava quase a terminar de comer e a amiga ainda não tinha descido e ela estranhou.
- vou ver o que se passa com a Carolina, ela já devia ter descido. - Mónica diz levantado-se.
- Sim é melhor. Mas provavelmente adormeceu, ela não dormiu muito esta noite. - ele afirma com uma daqueles sorrisos diabólicos que faziam a mais dura das mulheres ficar com as pernas bambas e Mónica arregalou os olhos ao entender o que ele queria dizer e saiu em direcção às escadas, conseguindo ainda ouvir a gargalhada dele.
Mónica bateu à porta do quarto da Carolina e esperou até ouvir a amiga pedir para esperar.
Quando ela abriu a porta estava com cara de quem  dormiu mesmo muito pouco.
- Meus Deus é mesmo verdade!!! - Mónica exclama
- tás a falar do quê?- Carolina pergunta cheia de medo da resposta.
- Tu dormiste com ele!!!
- Ele disse-te isso?!
- Insinuou, o resto a tua cara contou-me!!
- Eu vou matá-lo!! Que vergonha!!
- Calma estávamos só nós dois na mesa e não tens de ter vergonha amiga, sou eu que estou aqui e eu jamais te vou censurar por viveres, eu quis ver-te voltar a viver durante tanto tempo que até já quase  simpatizo com ele. - ambas sorriem e choram ao mesmo tempo.
- Não podia ser um homem menos complicado?? - Carolina pergunta
- Provavelmente não, um menos complicado teria desistido à primeira nega.
Carolina tem de concordar com a amiga.
- Bem agora chega de choradeira e vai-te despachar que já estamos atrasadas. 
Carolina tomou um banho rápido, vestiu umas calças de ganga e um top simples e calçou uns ténis e as amigas desceram para o andar térreo. 
Samir já as esperava na sala.
- Já estou pronta, Podemos ir.  - Carolina disse apressada, detestava atrasar-se
- Vai comer por favor, mais dez minutos não farão diferença nenhuma.  - Samir diz arrogante e depois aproximar-se e dá-lhe um beijo  rápido na boca. - E bom dia para ti também.
Carolina dispara para a sala de jantar furiosa sem dizer nada ao som da gargalhada dele. Mónica fica na sala, não aguenta e também ela ri da amiga. Por muito que lhe custasse admitir talvez o Sheik fosse mesmo o homem certo para a Carolina.
O caminho para a cidade foi feito em silêncio. Carolina ainda estava furiosa com o Sheik e ele parecia não se aperceber de nada enquanto lia uns documentos que deviam ser para a reunião que teria de seguida e a Mónica espreitava pela janela deslumbrada pela beleza do Dubai. 
Quando pararam em frente a um prédio enorme o Sheik guardou os documentos e sem lhe dar hipótese de protestar, depositou um beijo nos lábios de Carolina e despediu-se:
- Até logo meninas, por favor não se afastem do Alan em momento algum. - e saiu rápido do carro.
Depois do Sheik sair, o Alan abriu o vidro que o separava na frente da limusina e cumprimentou-as:
- Bom dia senhoras.
- Bom dia Alan.- Mónica respondeu.
- Bom dia Alan. Como estás? - Carolina pergunta.
- Bem senhora, obrigado.
- como estão todos na herdade?
- Bem obrigado.  A Ana está em casa agora.
- Isso são óptimas notícias.  Isso quer dizer que já não corre perigo de perder o bebé?
- Infelizmente não, ainda tem de estar em repouso total, mas para ser menos penoso para ela e para o Rui, o Sheik contratou uma enfermeira que cuida dela em casa.
- Foi muito atencioso da parte dele. - Carolina faz uma careta por estar a elogiar o Sheik.
Mónica e o Alan trocam um olhar e ambos riem dela.

Passaram o dia inteiro às compras e no cabeleireiro e esteticista.  Tinham de estar impecáveis para a festa no palácio real. 
Alan informou-as que o Sheik tinha apanhado um táxi para voltar para a casa do tio para que elas pudessem levar o tempo que fosse preciso.  E elas aproveitaram ao máximo.