Capítulo 6

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Carolina deve ter adormecido novamente pois quando acordou já estava sozinha na cama, tomou um banho, vestiu-se e desceu para tomar o pequeno-almoço.

- Bom dia Aida.

- Bom dia Senhora. Na verdade o dia não está nada bom. - Aida se lamenta

- O que se passa?  

- A Ana, ela sentiu-se mal ontem e teve de ir para o hospital, corre risco de perder a Bébé. - Aida chora e Carolina a abraça na partilha de sua dor.

- Não, isso não pode acontecer. Eu preciso ir vê-la. Onde está o Samir? - Ela pergunta largado-a

 - Está no escritório. -  Carolina não perde tempo e vai ter com ele.

 - Samir! Eu tenho de ir ao hospital. - Ela diz logo que entra no escritório.

- O que se passa? - Ele pergunta preocupado

- Tenho de ir ver a Ana, ela corre o risco de perder a bébé. - Carolina tem de o convencer a levá-la.

- Sim eu sei, o Rui já falou comigo. - Ele a olha com atenção. - Não sabia que conhecias a Ana.

- Sim, conheço e somos amigas e eu preciso de a ir ver ao hospital. - Ela o olha com firmeza

- Não acho boa ideia saires daqui. - Ele diz

- Por favor Samir, a Ana está no hospital. Não te estou a pedir para me deixares ir ao centro comercial. - Ela insite e toca-lhe no braço. Ele olha para a mão dela no seu braço e segura-a com a sua.

- Prometes-me que não vais fazer nenhuma estupidez? - Ele olha-a nos olhos

- Prometo. Eu só quero ver a minha amiga. - Ela diz sincera. 

Ele beija-a de leve nos lábios

- Tenho de terminar uns assuntos ainda de manhã, mas prometo que vou contigo ao hospital depois de almoço. 

- Obrigado. - Ela sorri e sai do escritório. Senta-se na sala e esconde a cara com as mãos, Ana não deve ter tido tempo de ligar para a Mónica, a ajuda não virá, sente-se a desesperar, tem de fugir daquela casa, custe o que custar.

Logo depois do almoço, foram ao hospital. Desde que sairam do carro até à porta do quarto da Ana, ele manteve-a sempre junto a si, segurando-a pelo braço e o Alan sempre atrás deles atento. Para as outras pessoas que não faziam ideia do que se passava, pareciam apenas um casal normal, um marido cuidadoso e uma mulher cheia de sorte, mas a verdade era muito diferente, ninguém podia imaginar o quanto.

- Senhora que bom que veio, minha esposa já pediu várias vezes para falar consigo. - Rui diz assim que chegam.

- Só soube hoje de manhã Rui, se não tinha vindo ontem. - Carolina explica 

- Como ela está? - Samir pergunta. Achava estranha aquela proximidade tão grande entre a esposa do seu funcionário e Carolina, mais estranho ela nunca lhe ter dito nada.

- Agora está melhor, a bébé estava em sofrimento quando chegamos, mas os médicos conseguiram estabiliza-la. A Ana vai ter que ficar em repouso absoluto até ao nascimento da menina. - Rui está muito triste

- Eu quero vê-la. - Carolina diz 

- Pode entrar senhora. - Rui responde e ela entra no quarto, mas Samir segue-a

Ana está deitada na cama, parece estar a dormir, mas ao ouvir sons abre os olhos e ao ver Carolina sorri:

- Carolina, que bom que vieste, queria tanto ver-te. - ela olha para Samir e cala-se, apenas o cumprimenta com um sorriso.

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora