Já se tinham passado 2 horas desde a chegada ao hospital e Samir já tinha sido expulso das urgências pelo menos uma 4 vezes. Não suportava tanta espera, tinha de saber como estava a sua mulher, mas ninguém lhe dizia nada. A enfermeira só pedia que tivesse calma que em breve o médico vinha falar com ele, mas já se tinham passado duas horas.
Mónica chorava abraçada ao marido e Zulius tentava a muito custo manter o sobrinho calmo e na sala de espera. Alan também estava lá, tinha sido o primeiro a chegar pois estava no aeroporto para os buscar e soube logo da noticia e foi ele que avisou o Sheik Zulius e os amigos de Carolina.
Quando Samir pensava seriamente voltar a invadir as urgências, surgiu na sua frente um médico que aparentava ter cerca de 40 anos, e que parecia muito cansado.
- São os parentes de Carolina Antunes? - Samir avançou para o médico
- Sim, eu sou o Samir, o marido dela. Como ela está? - Mónica e Jaime correram para perto dele para ouvir o médico
- Muito bem, eu sou o Dr.º Lazaro. Ela sofreu um traumatismo craniano. Já saturamos a ferida e segundo os exames não houve sequelas, agora basta-nos aguardar que acorde para nos certificarmos que está tudo bem. Em relação à gestação, está tudo bem, ainda é muito recente mas é um bebé forte e nada indica que possa haver complicações.
Samir parou de raciocinar na parte que ele disse gestação:
- Gestação? A Carolina está grávida? - Ele pergunta muito alto ao médico, mas este nem pestaneja, já habituado a pais nervosos.
- Sim, Carolina está com uma gestação de 1 mês. E apesar do acidente está tudo bem, ela é uma mulher saudável e o bebé está bem.
Samir vai absorvendo as palavras do médico e vai sentindo uma alegria enorme nascer em seu peito, a sua mulher estava bem e esperava um filho dele, um filho deles. Vira-se para a Mónica e esta atira-se nos braços dele a chorar e a rir ao mesmo tempo e ele abraça-a feliz
- Eu vou ter um filho. - ele diz ainda zonzo com a noticia. Logo depois volta a virar-se para o médico. - Dr.º quero ver a minha mulher.
- Sim, mas para já apenas o sr. pode entrar. Ela ainda está adormecida pelos medicamentos então só poderá receber mais visitas quando acordar e eu falar com ela. Por favor siga-me.
- Muito bem Dr.º, vamos então. Mónica talvez seja melhor irem para casa, eu aviso assim que ela acordar.
- Está bem, mas por favor Samir, assim que ela acordar liga-me para eu vir. - Mónica pede
- Prometo que ligo assim que ela acordar. - Depois vira-se para Alan. - Alan quero que vás para o aeroporto para saber o que se passou com o jacto, quero ter respostas rapidamente.
- Sim Sheik, vou tratar de tudo. Até já. - Alan saiu e Samir seguiu o médico.
Quando entrou no quarto, olhou para a sua mulher adormecida, pálida e com um penso grande na lateral da testa do lado esquerdo e sentiu o coração apertado, dava tudo para ter sido ele a ser atingido, para ter estado ao lado dela a protegê-la mas teve que ajudar o comandante do jacto ou agora todos estariam mortos. Sentou-se junto à cama e pegou na mão dela, tão pequena e frágil no meio das suas:
- Desculpa amor, por não ter estado ao teu lado, por não te ter protegido a ti e ao nosso filho. - ele diz baixinho e beija-lhe a mão. Encostou a testa às suas mãos unidas e fechou os olhos, e não sabe bem quanto tempo passou até que a sentiu mexer-se, levantou a cabeça e olhou para ela, ela estava a despertar e ele, imediatamente, tocou a campainha ao lado da cama para chamar o médico.

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O Sheik
عاطفيةHabituado a ter o mundo a seus pés, ele a vê apenas uma vez e a quer para si e vai quebrar todas as regras para a conseguir.....