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- Carolina, o importante neste momento é que estás bem. E que ninguém mais vai fazer-te mal. - Carolina estremece perante o ódio reflectido na voz dele

- A Sheila Samir, apanharam-na? - Pergunta e sente-o ficar tenso.

- A Sheila está morta. - Responde gélido.

Carolina olha-o horrorizada e nesse momento o médico entra:

- Samir tem de sair, preciso fazer alguns exames à Carolina. - o Dr. pede e Carolina agradece em silêncio por isso. Samir tenta beijá-la na boca, mas ela desvia o rosto e o beijo acaba na sua bochecha. Ele ergue uma sobrancelha mas não diz nada e sai.

Dois dias depois Carolina estava de volta a casa, fisicamente sentia-se bem mas ainda carregava no peito a dor de ter perdido o filho, mesmo sabendo que o tinha rejeitado no inicio por ter perdido a memória, ela o amava e estava a ser doloroso. Depois havia ainda o Samir, ela amava-o mas não conseguia deixar de temer o homem que matara outro a sangue frio. No dia seguinte a ter acordado a Mónica foi visitá-la e explicou-lhe que o acidente com o Jacto tinha sido um atentado contra ela e que tinha sido a mando da Sheila, disse-lhe também ela se tinha suicidado quando percebeu que não conseguiria fugir mas que o executante do atentado, esse o Samir tinha morto com uma bala na cabeça. 

Estava concentrada em acabar uma peça, no seu atelier. Desde que chegou a casa tinha dito ao Samir que queria trabalhar e ainda não tinha saído do atelier, apesar de estar quase de noite. Trabalhar ajudava-a a não pensar em tudo  o que tinha acontecido.



Dois meses depois...


- Carolina. - Samir a chama à porta do atelier e ela salta da cadeira com o susto, tinha sido assim nos últimos meses, mantinha-se distante dele, falavam mas apenas sobre banalidades e não permitia que ele a tocasse, sempre que ele tentava desviava-se. Não sabia explicar muito bem porquê mas tinha-se erguido um muro entre eles.

- Sim? - Respondeu depois de se recompor do susto, percebeu ele travar o maxilar  por ela se ter assustado com a voz dele, mas como sempre acabou por não dizer nada sobre o assunto.

- O Jaime ligou a convidar-nos para irmos jantar num restaurante que a Mónica gosta muito, sairemos às 8. 

- Tudo bem, estarei pronta. - Ele olha-a por mais um momento, mas depois sai sem dizer mais nada. 

Por volta das 7, Carolina subiu para se preparar para o jantar. Quando entrou no quarto, ele tinha acabado de sair do banho e estava apenas de toalha à volta da cintura.

Carolina trava assim que o vê, o desejo de o tocar toma conta dela mas não se atreve e antes que ele a perceba a olhá-lo, entra na casa de banho. 

Não sabia o que tinha acontecido com eles, Carolina pensava enquanto tomava banho, no inicio ela o afastou porque precisava curar as feridas que a perda do seu filho lhe tinham causado, mas depois foi-se sentindo cada vez mais distante e agora mesmo sentido a falta dele não conseguia chegar perto. Samir também já nem tentava tocá-la, o mas provável era ele já não a desejar como antes. 

Sentiu alívio quando chegou ao quarto e encontrou-o vazio, secou o cabelo deixando-o caído em ondas pelas costas e fez uma maquilhagem suave destacando apenas a boca com um batom vermelho e colocou um vestido nude, justo com um decote generoso e um pouco a cima do joelho e calçou um sapato preto de salto alto a condizer com a bolsa de mão. Olhou-se no espelho e gostou do que viu, uma mulher sexy e bonita. Muito longe da mulher triste e sem luz que vinha sendo nos últimos tempos.

 Muito longe da mulher triste e sem luz que vinha sendo nos últimos tempos

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Samir estava na sala a aguardar, quando ouviu o som dos saltos a bater na pedra das escadas olhou-a e sentiu que todo o ar lhe era sugado dos pulmões. Ela estava linda, linda e sexy demais naquele vestido. Todo o seu corpo ganhou vida, principalmente o seu membro que à muito clamava pelo alívio que apenas ela lhe podia proporcionar. Os últimos 2 meses tinham sido um inferno, tê-la ao seu lado e ao mesmo tempo tão distante estava a acabar com ele, ele tentava percebê-la, deu-lhe espaço para ela recuperar mas a cada dia que passava sentia-a mais distante e não sabia até quando ia aguentar aquela situação. 

Ela era sua mulher, só dele.

O SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora