Terça-feira, 10 de outubro.
Querido Jimin,
Existem aproximadamente 7,5 bilhões de pessoas neste planeta terra, e suas chances de se encontrar com algumas delas se igualam as vontades do universo. Infelizmente, o universo sentia prazer em sacanear com a minha cara.
Embora eu gostasse de chuva, odiava sair quando parecia haver um grande dilúvio do lado de fora de casa. Eu aproveitaria dias assim para hibernar ou assistir uma boa seleção de filmes que te faziam parar e pensar: Sim, uma hora e quarenta e cinco minutos bem gastados.
Mas eu não podia. Estávamos nas aulas preparatórias para os exames finais e eu já era fodido o bastante indo para a escola, imagine faltando.
A manhã havia amanhecido chuvosa no dia; deixando o tempo completamente frio e o céu acinzentado. A rua a minha frente estava molhada e com algumas poças de água.
Tive alguns problemas para abrir a sombrinha e bem, eu não estava na minha melhor manhã para ter paciência com sombrinhas que recusavam a se abrir.
A guardei na mochila, colocando o capuz sobre a cabeça enquanto desviava das poças. Por sobre a cabeça, já sentia o capuz quase que completamente molhando. O frio se instalava pouco a pouco em meu corpo, deixando a ponta de meus dedos e a ponto do meu nariz, gelados.
- Droga! - Resmunguei, quando um carro preto passou por uma das poças, salpicando lama em meu jeans claro. Parei por um momento, me agachando para tentar limpar.
A mochila que eu estava carregando em um ombro só, deslizou quando abaixei, indo direto ao chão molhado e sujo de lama. Respirei fundo, contando até dez
Isso também não estava funcionando.
Peguei a mochila, torcendo para que a lama saísse. Mas quanto mais eu a esfregava, mais a lama se espalhava.
- ótimo... - Resmunguei para mim mesmo, me perguntando que tipo de dívida eu teria com o universo para sofrer tanto daquele jeito.
A chuva havia parado, deixando todo o seu desastre para trás.
Abaixei o capuz, aceitando meu destino fodido enquanto respirava fundo, torcendo para não perder a cabeça ao olhar a imensa mancha na mochila.
- Ei, precisa de ajuda? - Escutei alguém atrás de mim perguntar. Sacudi a mão enquanto balançava a cabeça. Eu não estava afim de ter mais alguém fodendo com a minha manhã, mesmo que fosse para me ajudar.
A presença do desconhecido se projetou sobre mim, perto demais. Quando me dei conta de que não iria embora, expiei seu rosto.
E lá estava eu, Jeon Jungkook, sobre mais um deslize do universo. O desconhecido era nada mais, nada menos que Kim Namjoon. Seu cabelo rosa brilhava de forma fraca conforme o sol aparecia entre as nuvens carregadas. Ele me olhava intrigado com as mãos nos bolsos.
- Jungkook, certo? - Indagou. Fiquei surpreso ao saber que ele tinha consciência de meu nome. - Tem certeza que não precisa de ajuda?
O par de olhos castanhos cortantes me deixavam desconfortável. Ajeitei a postura me concentrando em qualquer outra coisa que me aliviasse mais.
- Como sabe o meu nome? - Perguntei. Ele me lançou um sorrido familiar que eu via tantas e tantas vezes. Ele sorria como você, Jimin, um sorriso no canto direito da boca. Eu não o queria comparar a você, mas a maneira era idêntica.
Engoli a seco.
- Meu irmão comentou sobre você e o....- Namjoon estreitou os olhos, encarando o outro lado da rua. - Taehrang?
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POR TRÁS DAS MEMÓRIAS jjk + pjm (Finalizada 09/03/19)
Fiksi PenggemarJungkook precisa lutar pelo amor de Jimin. Mas há algo que os impedem de voltar um para o outro: A tragédia ocorrida com ambos. *Não aceito adaptação desta obra* *Plagio é crime.* 1° Lugar em Escritores Estrelas de Prata