Eva Bovoir
Quando saímos daquele hotel na beira da estrada eu soube que tudo havia mudado, agora de vez .
Deixar Chicago para trás pela minha própria salvação era suficientemente amedrontador se não fosse pelos olhos claros que acompanhavam meu medo dentro do espaço do Corola me obrigando a manter aqui e não cair em armadilhas da minha cabeça .
Hugo era capaz de me manter aqui em corpo e mente sem que necessitasse sequer me tocar , o magnetismo permanecia sendo o mesmo do banheiro quando estava dentro de mim , só ele assim me trazia o real .
O silêncio de certa maneira é uma confissão .
Com seus dedos esbarrando por vezes em minha coxa eu sabia que ele confessava que só queria meu bem e não seria justo não levar em conta o que está fazendo por isso .
Não preciso de mais de 24 horas para saber o que meu silêncio me confessa : Hugo é o que me mantém bem , a minha realidade e tanto quanto não posso negar que alguém quer me machucar não posso fazê - lo com o fato de que o necessito sem esperar ou querer . Não somente para a segurança do corpo mas do próprio coração ...***
Hugo entra em mim devagar como não achei que poderia .
Me preenchendo centímetro a centímetro e me fazendo sentir cada avance seu dentro de mim .
Os olhos fechados e a boca torcida num sorriso lento é tudo o que eu preciso para confiar como disse que faria .
Como em algum momento pude pensar que não era o que é , não sei .
Aliás muitas coisas são difíceis de saber quando seus braços flexionam como os outros músculos todos are entrar inteiro .
Então ele abre os olhos e não consigo pensar em mais nada .
Só nele .
A boca se curva inteira e o sorriso acende sua expressão de um jeito incomum já que Hugo é absolutamente sério .
- Você está me olhando de um jeito estranho . Acaso que quer devorar - me ? - Pega em flagrante decido - me não encarar a barba por fazer que arranhara minhas coxas até o orgasmo ou os lábios molhados ainda da lubrificação .
Falho .
- Sinto muito Éden . Já avisei de antemão que quem come aqui sou
eu - Move - se .
Com precisão, mas ainda sem força alguma apenas uma atípica suavidade que me irrita por tão encurralada que me deixa .
- Preciso tocar você - Ou me distrair enquanto me faz cair como se fora abismo .
Hugo era o meu .
Quando penso que estou prestes a me jogar já estou próxima do chão .
Ele não reluta e logo se concentra em retirar o nó sem me olhar .
- Eu não faço amorzinho Eva . Nunca vi qualquer graça em levar mais que o necessário para ambos terem prazer.
Mas você é uma bruxa... Me obriga a querer desfrutar sem pressa do que tenho nas mãos - Diz com calma e logo depois me olha como se não tivesse dito nada .
Ainda bem que posso bater contra seu peito, o atraindo logo depois para que me esconda entre seus músculos .
- Bruxa é do mal - É o que encontro para dizer só para conseguir diminuir aquela esfera de confissão que falada é ainda mais perigosa .
- Você tem em si mal e bem . Ambos somos dois e talvez por isso... - Freia - se no último instante e toma a minha boca inibindo a curiosidade do que diria .
Certamente era intenso , entretanto como algo não seria frente a essa junção ?
E de repente o devagar não faz mais sentido, Hugo apoia as mãos na cabeceira da cama enquanto sua boca desliza pela minha chupando meu lábio até minha loucura .
Hugo se retira todo de maneira que me faz resmungar mas só até se firmar e fazer a cama mover - se junto quando entra fazendo minha boca instintivamente morder seu peito .
As unhas buscam suas costas e continuo com beijos explorativos ao longo do abdômen afim de sentir um pouco do seu gosto também , talvez não dele inteiro ainda para além do sonho mas sei que a partir de hoje não demorará demasiado .
O barulho dos seus testículos arremetendo contra meu corpo chega a ser melódico e contribue diretamente para que me excite mais ainda e que assim deixe marcas por suas costas e chegue até seu pescoço no compasso do seu arfar enquanto entra e sai de mim .
O beijo ali e me aproveito para morder a carne sensível e lambe - la como ele faz comigo num misto de dor e prazer .
Vislumbro sua orelha e penso em milhões de coisas que gostaria de dizer ali .
Mas me retenho .
É quando sinto o pego me observando .
- Fala no meu ouvido também . Pode ser qualquer coisa que vai ser gostoso . Fala - Me encorajou baixando - se inteiro então começo a lamber devagar até atrás de sua orelha como faz comigo me arrepiando .
Ele geme e toma uma respiração .
- Estou tão molhada e necessitada por você que ou me come mais rápido ou vou ter que brincar com meus dedinhos. É isso o que quer ? - A minha voz sooa distante mas ainda sim não é realmente estranho eu só ...
Em surpresa a mão de Hugo se interpõe entre nossos corpos e logo que levanta uma perna minha a encaixando em volta do seu bumbum musculoso ela começa a acariciar meu clitóris .
- Só de lembrar você atolando os dedinhos em si mesma eu fico louco Éden . Mas não há um dia no mundo em que não queria disfrutar do prazer eu mesmo . Então se quiser gozar vai ter que aceitar que é mediante aos meus dedos já que eles não perdem o seu gosto . E se também posso recordar - Faz o dedo abandonar a massagem exitante sobre meu conjuntinho de nervos e chegar a pairar sobre meu lábio .
- Eu sou viciado nesse gosto . Sente - Passa pelos lábios inferior e superior e então me beija com uma intenção que atendo de pronto .
Beijo os lábios molhados e sinto o gosto do seu gosto me provocando de tal maneiro que sinto que no seu arfar tem um pouco do meu e então como se não fosse possível Hugo segura ainda mais forte na cabeceira deslizando sobre meu corpo com desespero que também se encontra em mim resultando em gemidos dados em uníssono enquanto nossos beijos não cessam .
A necessidade de tocar um ao outro quanto possível é tremenda já que seu dedo circulando meu clitóris é igualmente incessante .
Não buscamos respiração tal como a pausa é irrelevante quando estamos tão pertos do ápice que me livra toda de qualquer medo, de qualquer trauma porque seu corpo se comunica com o meu de um jeito que não posso pensar que pode me fazer mal .
Hugo disse que temos nosso bem e nosso mal, mas ultimamente ele só me mostra um bem que tenho a impressão que é reservado para mim e sem aviso descubro sem procurar o que ele ia dizer na hora que sinto o gozo se apoderar do meu corpo num soluço acompanhado de leve convulsão .
Somos um para o outro .
E ainda me apavora, ainda tenho medo mas não posso fugir .
Não quando já fujo .
Não posso mentir .
Não quando já minto .
- Eu gosto de você Crawford - Digo enquanto seu corpo cai ofegante sobre o meu logo depois de gozar também me fazendo compreender que chegamos ao mesmo tempo .
Ele toma meu cabelo e coloca atrás da cabeça .
- Eu também porra - Diz puxando - me pela nuca até que nos beijemos outra vez enquanto ele controla meus movimentos dominando minha língua com a sua .
Quando gemo em sua boca ele morde a minha e se afasta até deitar - se no outro extremo da cama .
Mais longe .
Não sei o que pensar sobre seu afastamento , porém ele não me dá tempo .
Levanta - se completamente nu de um jeito que não posso desviar o olhar e vai em direção ao banheiro .
Quando volta me dá uma visão frontal de seu pênis glorioso .
Não era justo que um homem possuísse algo capaz de dar tanto prazer assim .
Por bem nem todos tinham consciência, acho .
Mas Hugo definitivamente tinha já que não possuía receio em mostrar .
- Preciso de uma bebida - Diz e sai por uns segundos até voltar com um copo de Amaretto .
O cheiro de damasco me invade desde o meu lado da cama , porque ao voltar a deitar - se ele não fica ao meu lado , e o olho mais fixamente , dele a bebida .
- Não vai acontecer . Não vai tomar nada - Falou virando o copo quase inteiro e deixando na cômoda me incomodando .
- Então você ditará sempre as regras ? Como se ainda fosse seu negócio ? - Pergunto antes que eu possa evitar ganhando sua atenção enquanto me cubro até a cintura .
Não gostaria de estar vulnerável se íamos entrar em discussão .
- Enquanto você estiver de acordo sim . Não sobre ainda ser minha aquisição , porque nunca foi de verdade , achei que tinha ganhado mas você me roubou Eva - Fala virando os olhos até mim .
- Não estou de acordo - Digo decididamente e percebo .
Não importa o quão coberta eu esteja, nem o quão nu Hugo consiga ficar .
Serei eu sempre a mais exposta .
- É só dizer - Trás as mãos entre os cabelos e o ajeita daquela maneira idiota masculina que ao invés só bagunça mas por isso deixa sexy .
Me encaminho até ele e o perpasso com o velocidade até tomar o resto do líquido doce antes que possa me impedir .
Ele começa a me repreender mas meus dois dedos param em seus lábios assim que volto ao meu lado da cama mantendo apenas esses dedos como contato entre nós dois .
Sinto quando o álcool rasga a garganta e sei que é porque me forneceu o que gostaria : A coragem líquida .
- Odeio quando me faz sua e se afasta . Eu sei que estamos tentando nos resguardar . Já ficou claro mas não seja frio - Aviso e ele estica os pés preguiçosamente assim que meus dedos caem .
- Quer que eu fique abraçado com você depois do sexo ? - Perguntou com aquele rosto impassivo e eu somente me senti completamente ridícula por ter falado o que falei .
Ele alertou .
"Não pensa que vou fazer carinho no seu cabelo"
"Não faço amorzinho"
Mas então antes que eu possa me sentir mais ridícula ouço sua risada .
- Está bem . Venha até aqui - Disse e eu reviro os olhos ainda de costas .
Então percebo que só fico mais idiota .
Não que eu seja carente mas não faz nem cinco minutos que transamos nessa cama e...
Não que ele o tenha feito qualquer das outras vezes mas ele disse que cuidaria de mim nessa .
- Não quero mais - Digo sentindo as bochechas arderem mas é tempo o suficiente de Hugo chegar até minha cintura e se ajeitar desengonçado por cima de mim me abraçando com pernas e braços fortes que nos fazem separados pelo lençol .
- Nunca pensei que poderia estar desengonçado ao fazer alguma coisa - Não que o fizesse mal, seu abraço era disparadamente o melhor da minha vida, pois mesmo disposta a fugir me fez estar disposta a ficar ali e não nega - lo com toda a birra .
No final não era tão ridícula .
- É somente porque não faço a menudo. Na verdade quanto a isso nem é a menudo . Quando eu disse que quero que fale é porque eu preciso que fale . Eu sou um homem de 35 que não sabe amar . Nesse caso eu sou tão inexperiente quanto você - E mais uma vez a menção inegável estava lá como uma confissão ao pé do ouvido acariciei seu braço recoberta de pelos macios e olho nossa imagem num espelho pequeno no canto enquanto ele afasta meu cabelo das costas e o junta torcido de um lado do pescoço enquanto começa a beija - lo .
- Eu disse que vou cuidar de você . Mais de uma vez de diversas maneiras . Se para prova - lo outra vez eu abraço e beijo você até a Rússia - Falou acompanhando quando meu corpo ficou tenso com a menção tal como meus olhos no espelho médio localizado no canto da cabine .
- Tão longe ? Só espero que não tanto de Ernesto ...

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O pecado de Hugo
De TodoHugo Crawford, de 35 anos, tem em si os sete pecados conhecidos e a partir deles criou uma barreira intransponível para tudo, pensava, até Eva Bovoir. Desde que seu olhar parara na jovem, de 17 anos, o magnata soube que não poderia mais voltar atrás...