Hugo, o único

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Eva Bovoir

Toda mulher, não importa idade ou status alguma vez acreditou no compromisso, a diferença entre as que permaneçem buscando ou esperando e a que desiste é apenas circunstância.

Nesse momento tenho toda a situação para não crer ou menos querer mas com todo o conflito interno aqui me encontro com o peito subindo e baixando nervosa pelo que acabei de dizer e que consequentemente propicia a Hugo a vez de falar .

- Eu não sei lidar com compromissos. A parte de Anna nunca estive com qualquer outra mulher mais que uma noite - É o que me diz e me faz revirar os olhos buscando a cama de lençóis brancos, tudo era demasiado cuidado como para não se impressionar nesse quarto, a não ser Hugo e suas meias respostas.

- Penso que não sou como outras. Ou acaso me iludo?

- Não. Claro que não. Na minha vida o dinheiro sempre foi prioridade e agora o posto pertence a você - Eu sorrio do inteligente que pode ser ao até mesmo saber de cabeça a história dos prédios da cidade e como pode ser igualmente inepto para outras tantas coisas.

- Você admite a cada cinco de dez palavras que pronúncia que me leva a sério. O resto é com ações. É mesmo difícil me pedir em namoro? - Porque no fim se estive mesmo chateada foi por isso somente . Foi por , ainda no avião, tê-lo pensado em chamar de algo mas nada me correspondia em relação a ele.

Eu era sua, ele era meu, mas o que éramos afinal?

Meu não é um pronome possessivo que na maioria das vezes pede um complemento e nesse momento era só isso que eu pedia se possuía a licença de escutar algo positivo daquela boca venenosa.

- Por que você não solicita? Eu garanto que aceito - Diz com uma seriedade extrema que não demanda um comentário como aquele.

- Hugo Crawford, mesmo que eu possa me arrepender depois por estar me comprometendo com um homem que só não é mais imperfeito porque precisa dormir 8 horas mínimas ao dia, é do seu desejo namorar
comigo? - Ele assente devagar e reflete um minuto sobre o termo.

- Não espere romantismo da minha parte - Começa - Nem que eu seja sensível - Ou que vistamos as ridículas roupas de casais, pois valorizo demasiado meu Armanni e definitivamente não nasci para moletons, nem que eu traga flores ou que fique abraçado por mais de meia hora se não for pré ou pós sexo -Respira fundo - Com os pontos a seguir devidamente esclarecidos penso que é possível - Diz muito sério, coisa que não precisava.

- Possível que me namore?

- Que eu namore você. Se definitivamente conhece meus erros e conheço os seus como e aceitamos mesmo sem conhecer o contraponto que reside na qualidade penso que é possível.

- Sabe que é uma forma covarde de aceitar certo?

- Tudo entre nós tende a ter um pouco de covardia. Acho que de certa forma já faz parte desse namoro.

- Como a ausência da normalidade já que brota dessa incerteza e não promove sequer um encontro. Eu realmente gostaria de tentar sair, quem sabe comer algo que eu realmente possa ver pronto e apetitoso...

- Sabe que não é possível.

- Sabe o que não era? A um dias Hugo Crawford ter uma namorada e eis que... Enquanto há vida há esperança para alguém que tem alma livre .

- Você realmente merece comer a comida desse lugar. Está... - Começa a lamber os próprios lábios - Indecente de tão boa - Saber que era meu e que por isso tão sério me encarava me fazia só pensar como era bom começar a comer por aqui sua própria boca.

O pecado de Hugo Onde histórias criam vida. Descubra agora