Boomerang

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Angel Mondragón

Genebra , Suíça

Passando a ponta dos dedos pela foto da menina distraída parecia-me ainda impossível, mais ainda do que a história da morte pela outra máfia, afinal linda como era não imagino capaz de apunhalar um homem como ocorreu.

Meses atrás chegou a mim em Medelín a notícia da morte de Fernando de La Cruz, meu pai, e não por ama-lo mas por honra à máfia decidi-me buscar a verdadeira história sem poder acreditar na que me foi contada.

Quase girei nos calcanhares e perpassei novamente pela porta amadeirada do prostibulo disfarçado de bar, mas não o faço, sei que o que tenho nas mãos era completamente real agora.

Ademais, se não tivesse certeza o rosto assustado de Serena quando com meus homens adentrei explodindo a cabeça do segurança entre suas pernas claramente dando-lhe prazer seria indicativo.

Ainda assim não era fácil acreditar que uma simples menina, ou melhor...
Talvez não simples já que a inocência nos olhos perdidos e magnéticos como nunca vi não deixava ser e como todos os culpados deveria receber pena proporcional.

A menina haveria de morrer...

***

Chicago, Estados Unidos

Sabendo para onde Eva viera depois do assassinato cometido em território Suíço me encaminho a um cassino subterrâneo naquele centro comercial e sou instantaneamente barrado, caso que não demora assim que mostro-lhes dinheiro em espécie.

- Angel Mondragón - Apresento-me, pois não há medo de revelar quem sou, pois em todo mundo tenho muita influência devido ao meu poder e, do contrário, era quem causava medo as pessoas, seja por reconhecimento ou pelo meu dinheiro que possui uma linguagem universal.

Com isso, assim que entrei fui sacando minha 38 antes que  me encontre efetivamente com o dono cujo o nome era Maurice.

Sua aparência claramente cuidada que não melhorava a expressão asquerosa não só me irritava mas me dava vontade de não ter paciência.

Na verdade nunca a tinha então destravei a arma antes que nada dissesse no escritório escuro em que permanecia caquético e imóvel acima de uma cadeira vermelha de couro de onde levantou-se com dificuldade assim que adentrei a sala pintada em preto de luz baixa o suficiente para facilitar os olhos nos olhos e eu gostava disso afinal dava-me mais sede em matar já que desde que nasci no seio da máfia aprendi a observar e absorver porque era matando que se sobrevivia.

O velho moveu-se um instante e percebi num movimento de sua mão que nas abotoaduras de seu terno milimetricaente limpo estava prestes a acionar algo ou alguém.

Ri escarnecedor de uma maneira alta que ecoou na sala, não só de como o homem suava por todo o rosto ao fazê-lo mas de que assim que o fizesse estaria morto.

Ou por uma bala minha atravessando a cabeça ou peito já que são as mortes mais letais e de minha preferência, pois cada uma a seu modo sacia meus extremos, ou a morte deve ser o mais limpa quanto possível ou será das que o sangue inteiro se projeta em polvorosa pela parede de trás como um quadro de Jackson Pollock.

Ao ver minha risada alta, Maurice para um instante sem que o detenha pois na verdade não o faria.

- Experimente também saber o que acontece ao matar um mafioso. Anda - E ele entendeu.

 Entendeu  porque li em sua expressão que sabia exatamente do que eu estava falando quando disse o também.

Estava ciente de que falei sobre a distraída Bovoir.

O pecado de Hugo Onde histórias criam vida. Descubra agora