O pecado de Hugo

O que os olhos não vêem o coração não sente

Hugo Crawford

Engulo em seco naquele instante quando a fito devagar .
Rosto corado e um sorriso um tanto trêmulo.

Não tenho o direito de acabar com isso.

- Hugo...

- Ele está bem - Minto descaradamente sem perder nossos olhos encontrado - se ali - Está com a minha família na Inglaterra.

Eva respira fundo e aperta meus braços envolta do seu corpo pequeno buscando apoio nele e consequentemente fazendo o calor passar pelos corpos nus .

- Por isso não posso ser indiferente. Eu poderia tentar muito Hugo, até porque o medo segue aqui, mas como você age para dar sentido as coisas é o que me faz ter coragem para isso. Porque se não houvesse Ernesto como isso pode valer a pena? Eu fiz por ele Hugo. Tudo para que estivesse bem e se agora eu errei tenho que protegê - lo mais ainda e se é você que pode, mesmo que não tenha a
obrigação ... - Viro seu rosto na direção do ombro e o levanto com os dedos até que encontre minha boca, pois não consigo ouvi - la falar, quando não foi ela que falhou.
Fui eu, e até o admitiria antes sem medo de que me recusasem ou me vissem mal e ainda é assim em relação a muitos, porém não a ela e não somente porque vai se decepcionar comigo outra vez mas porque vai quebrar.

- Eu cuido de você - Digo ao fim do beijo depois de fartar - me , por hora, em sua boca .

No instante que encaro aquele pedaço avermelhado de seu rosto, tão redondo e peculiar, Eva me surpreende e beija minha testa com uma ternura que me deixa tão surpreendido que não é possível que não dê para ver em minha expressão.
Não sei lidar ainda com essas demonstrações de carinho .

- E eu de você meu...

E no instante seguinte ela se levanta ainda segurando o lençol em seu entorno até que a cabine é preenchida pelo som da água proveniente do banheiro.

O que ela diria a seguir? ...

***

Moscou, Rússia

Após exaustivas 12 horas voando somos atingidos pela baixa temperatura assim que colocamos o pé na capital russa mundialmente conhecida justamente por essa peculiar característica, o frio .
Busco a mão de Eva mas ela as esconde dentro das luvas me fazendo estranhar .

- Que caralho há com você? - Digo em nosso perfeito idioma para que entenda bem já afastados da aeronave.

Agora estamos a espera de um carro que Vicente garantiu que nos esperaria.

- Nada. Só me sinto exausta já que não me deu o mínimo espaço - Entrega num tom que tem um fundo de irritação apesar de que sorri no final a contragosto .

Foram doze horas seguidas em que me limitei a mostrar - lhe o quanto era minha transa mais quente e favorita a fazendo gozar nos intervalos perfeitos em que pudesse descansar para receber mais.

Eva gozou somente em meu pau algumas vezes, na minha língua, quando a masturbei e até quando provoquei com a língua o cuzinho, porém ainda sim parecia irritada.

- Normalmente as pessoas ficam de bom humor depois do sexo. Vá por mim tive muita experiência com sexo sem compromisso para entender que tem algo que não está bem.

Busco seu pulso por cima da luva preta assim que a retiro e Eva morde o próprio lábio se recusando a falar por um momento, então quando os abre um homem chama nossos nomes num perfeito russo.

Pergunto a ele qual é a placa da minha moto, é o código que estabeleci para que não caia em armadilhas e ele responde corretamente fazendo com que meus ombros caiam um pouco pelo alívio, ainda que fosse mínimo.