Capítulo 26

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    No meio de toda aquela comoção, o sr. Dimming subitamente teve uma ideia.

    — Vamos jantar fora pra comemorar! — anunciou ele, quando as últimas luzes do estúdio foram desligadas.

    — Ótima ideia — disse o Connor, na mesma hora.

    — Tô morrendo de fome — falou a Amanda. — Não aparecia diante das câmeras, mas mesmo assim fiquei tão nervosa que não consegui comer nada o dia inteiro.

    — Eu também! — completou a Elena.

    — Que tal ir ao Linguini's? — sugeriu o Connor. — Eles têm um bufê de massas.

    Se existe alguém que conhece bem os melhores lugares pra comer, esse alguém é o Connor.

    — Eles vão ter que fechar as portas depois que você for lá, Connor — brincou o sr. Dimming dando risada. — Não vai me fazer passar vergonha!

    — Não se preocupe, sr. D. Eu como, no máximo, doze pratos.

     — O Linguini's é perfeito — disse o pai da Rose. — Dá pra ir a pé, é virando a esquina aqui do estúdio. Esses garotos merecem um jantar especial Esses garotos merecem um jantar especial!

    Olhei pra mamãe. Eu não tinha muita certeza de que aquela era uma boa ideia.

    Aí a Elena chegou perto de mim e disse:

    — Você também vai, né, Melody?

    — É, Melo — completou a Rose —, vem com a gente. Você foi demais hoje.

    — Sem você, a gente não teria vencido — falou o Connor, abotoando o casaco.

    Quando eles disseram isso, fiquei me sentindo tipo aqueles balões de hélio que as famílias levaram pro estúdio.

    — Bom, eu não diria que foi bem assim — cortou a Molly, olhando para a Claire.

    É, balões murcham mesmo.

    — Você nem tava lá — retrucou o Connor.

    — E aí, você vem ou não? — perguntou a Rose.

    — Claro digitei. — Vai ser divertido.

    Olhei pra mamãe de novo, que balançou a cabeça. O papai levou a Penny pra casa, a sra. V. me deu um abraço e prometeu que ia me ver na manhã seguinte.

    O clima era de animação, e a gente foi falando bobagem até chegar ao restaurante.

    — Quantas janelas vocês acham que tem naquele prédio comercial ali? — gritou o Connor, apontando para o edifício mais alto de todos.

    — Cinco mil, duzentas e setenta e quatro — respondeu a Rose.

    — Cara, você é boa mesmo — disse o Rodney. — Como é que você sabe?

    — Como é que você acha que eu entrei na equipe de quiz? Eu sou inteligente.

    — Ela tá só chutando — falou a Molly. — Você acredita em qualquer coisa, Rodney.

    Aquele restaurante tava ali há anos, sempre no mesmo lugar. A entrada imitavam uma pequena vila italiana. Os tijolos em volta da porta tinham folhas de uva pintadas e um monte de luzinhas brancas.

    Ah, a porta.

    Quando o pai do Connor segurou a porta pra todo mundo entrar, o Connor e o Rodney foram logo subindo a escada.

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