Você tem bom gosto, Cormier

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POV - Narrador

- Delphine, o que você tá fazendo? - indagou enquanto assistia a loira sentar seu corpo na cama.

- Eu vou te levar para dar uma volta, você já ficou tempo demais nessa cama, precisa respirar ar puro, Cosima - respondeu aproximando uma cadeira de rodas, após sentar Niehaus no leito.

- Mas isso vai contra as regras do hospital, Delphine - sua voz falhou um pouco ao tentar repreender Cormier.

- Hey, Cosima, confie em mim - segurou o rosto dela com as duas mãos - Eu sei o que estou fazendo.

Delphine passou uma mão por debaixo das pernas de Cosima e a outra levou a suas costas. Cormier a pegou no colo e pode sentir o quão mais leve sua amada estava, tal fato fez seu coração apertar no peito. Após acomodar a morena na cadeira, Delphine se preocupou em posicionar o soro que ainda estava sendo ministrado em Niehaus e o oxigênio que a ajudava a respirar, de um jeito que não incomodasse a morena, mas que também não atrapalhasse o bom funcionamento de ambos. Saíram do quarto.

- Delphine, aonde você está me levando?

- Para dar uma volta - respondeu - Deixe de ser curiosa, Srta. Niehaus.

- Se alguém nos ver, estamos ferradas, você sabe, né?

- Então não vamos deixar que nos vejam - Delphine maninha um sorriso travesso no rosto.

Uma hora antes

- Ela não está em condições de sair do quarto, Srta. Cormier, sinto muito - disse a médica.

- Ela acabou de voltar de um coma, ela quase morreu, precisa sentir a brisa e tocar seu rosto outra vez - a mulher a frente de Delphine se mantinha impassível - Não me faça apelar.

- Não me importa o que você diga, muito menos quem você. Você não pode ter tudo que quer simplesmente pelo nome que carrega - pontuou.

- Você quer pagar pra ver? Podemos resolver isso entre nós duas, sem o envolvimento de terceiros, mas se insistir eu serei obrigada a forçar a barra - Amanda suspirou profundamente e levou uma das mãos a testa.

- Okay, Delphine, não precisa de nada disso - respondeu fazendo Cormier abrir um imenso sorriso - Mas você terá que me prometer que não irá demorar e que não sairá do hospital.

- Não seja tola, não sou tão irresponsável assim - a ruiva a sua frente ergueu uma de suas sobrancelhas - Ouça; eu amo a mulher que está naquele quarto e nunca faria nada que prejudicaria sua saúde.

- Tudo bem, Cormier, tudo bem... - respondeu e já ia saindo.

- Ah, espere - a chamou - Vou precisar de travesseiros e dois lençóis - a mulher assentiu e virou para continuar a caminhada - Ah, e da chave do terraço - a mulher voltou e a entregou a chave.

- Só não me meta em confusão, Delphine, é o que te peço.

Agora

Entraram no elevador com Delphine conduzindo a cadeira de rodas, enquanto Cosima estava sentada nela sem seu óculos que foram, propositalmente, tirados pela loira para que a morena não pudesse enxergar um palmo sequer a sua frente.

A caixa de metal subiu até o terraço e abriu as portas. Delphine deixou Cosima um pouco mais a frente da portas metálicas e se afastou. Após alguns minutos ela se aproximou novamente e sussurrou no ouvido de Niehaus.

- Não é muito, mas eu espero que goste - empurrou a cadeira até a parte descoberta do terraço, entregou o óculos de Cosima e falou mais uma vez ao pé de seu ouvido - Foi tudo o que eu consegui meu amor, espero que esteja de seu agrado.

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