her boyfriend {pjm}

[4] bad boys

Minha mãe para o carro no parque da escola e eu me olho no retrovisor. Não estou preparada para fazer isso, mas infelizmente preciso me acostumar.

- Boa sorte, meu amor. - ela fala e eu a encaro.

- Vou precisar.

- Lisa... vai correr bem, confia em sua mãe. - ela sorri levemente. - Quem sabe, você não encontra um loirinho sorridente para te ajudar a encontrar a sala.

- Eu prefiro morenos.

- É, loira basta você. - ela ri. - Vai lá.

- Tchau, omma. - beijo sua bochecha.

- Adeus, querida.

Pego minha bolsa e saio do carro. Vejo ele desaparecendo pelas ruas, e respiro fundo. Entro na escola, vendo um montão de gente se voltar para mim.

Meio do ano, do nada, uma garota qualquer decide se mudar e vir ter aula nessa escola. Normal que o pessoal me olhe dessa forma.

Engulo em seco e dou um passo em frente, caminhando pelo corredor, com todos aqueles olhares em cima de mim.

Quando finalmente chego na sala, bato na porta e ouço uma voz masculina me dando licença. Abro a porta e mais uma vez, todos os olhares caem sobre mim.

- Gente, essa é nossa nova aluna, Lalisa Manoban. - o professor sorri. - Pode sentar, Lalisa.

- Obrigada. - falo em um sussurro.

Sento no único lugar vago e com alguns olhares ainda em cima de mim, tiro minhas coisas da bolsa.

- Ei, loirinha! - ouço alguém sussurrar. Me volto para trás encontrando uma menina ruiva me encarando. - Você é muito bonita.

- Obrigada. - sorrio.

- Quer almoçar comigo e minhas amigas? - ela fala e eu apenas assinto sem hesitar.

- Claro.

~~~

- Eu não sabia que era você! - Jennie fala para Jisoo, que ri.

- Qual é, Jen! Eu só estava usando uma máscara de palhaço, eu até falei para você, você que não reconheceu minha voz.

- Palhaço é endemoniado, eu entendo você, Jennie. - rio.

- E você, Lisa? Você vem de Busan, né? - Rosé pergunta.

- É, sim.

- As únicas duas pessoas de Busan aqui é a dupla fuckboy, como a gente lhes chama. - Jisoo fala.

- É... - Jennie revira os olhos. - Falando no diabo... - ela parece seguir algo com os olhos.

Me volto para trás vendo 7 meninos, todos estupidamente lindos, rindo e conversando, sentando em uma mesa longe de nós. Encaro as meninas de novo, enquanto elas lhes lançam um olhar de morte.

- Estou vendo que vocês não gostam muito deles... - falo.

- A gente odeia eles. - Jennie fala.

- Posso saber porquê?

- Todas pelo mesmo motivo. Eles comem e deitam fora. E esquecem que a gente tem sentimentos, não somos nenhum brinquedo sexual. - Jisoo fala.

- Eles parecem fofos... - falo, vendo um deles sorrir para o outro.

- É, eles só parecem. - Rosé fala. - Escuta aqui, Lisa. Eles são os pescadores, e se você não quer cair na rede de pesca, a gente vai te dar umas dicas.

- Aquele ali. - Jennie aponta para um moreno. - Ele é um dos piores, te dá uma noite como você nunca teve na sua vida, mas depois te descarta e ainda joga na sua cara, uma gravação da noite anterior para você ver como parecia uma verdadeira puta nas mãos dele.

- Ew... - falo o encarando. Incrível como as aparências enganam.

- Eu acho o loiro pior. - Rosé fala.

- Isso porque você nunca ficou com aquele monte de merda. - Jennie discorda.

- Porque vocês não falam os nomes deles? - pergunto confusa.

- Essas palavras do demônio não são dignas de ser pronunciadas pela gente, Lisa. - Jisoo fala.

- Você não teve que olhar um vídeo de você o chupando, né? - Jennie e Rosé ainda discutem quem é pior.

- É, mas a técnica que aquele merda usa envolve ainda mais nossa parte sentimental, Jennie, nem queira comparar!

- Que técnica ele usa? - pergunto.

- Ele te seduz, finge estar apaixonado por você, como se você fosse única no mundo para ele. Mas aí quando ele consegue uma noite de sexo, no dia seguinte nem lembra mais do teu nome. - a ruiva fala.

Encaro o loiro que ri junto com os amigos. Seu sorriso angelical, seus olhos fechados em uma linha, e seu jeito... parece que não faz mal nem a uma mosca.

- E você, Jisoo? - encaro a morena.

- Tá vendo aquele filho da puta ali? - ela aponta para um garoto de cabelo loiro cinza, um sorriso retangular lindo e contagiante. Assinto e ela continua. - Ele me usou para fazer ciúmes a uma menina daqui. A gente namorou oficialmente e tudo, mas era tudo uma mentira. - ela fala o encarando com desdém. - Enfim... eu não quero falar mais sobre isso. - ela desvia o olhar para a gente. - Festa de pijama em minha casa hoje, que tal? - ela sorri.

- Não vai dar, jantar da empresa do meu pai, lembra? — Rosé fala e ela assente.

— Eu também não posso. Jantar com minha mãe e o novo namorado dela. — falo e elas me encaram.

— Que legal.

— Não mesmo. Tenho certeza que vou partir algum copo, ou derrubar alguma bebida em cima do homem. — suspiro. — Vou deixar uma péssima impressão.

— Calma... — Jennie ri. — Tenho certeza que ele vai amar te conhecer.

Eu não sei porquê... mas eu tenho a sensação de que esse jantar não vai correr da maneira que eu estou esperando.