[6] not your business

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— Você enlouqueceu?! — grito depois de puxar minha mãe comigo escada acima, deixando o garoto sozinho.

— Lisa, por favor, me deixa explicar...

— Omma! — grito, fazendo ela estremecer. — Você tem noção da gravidade da situação?!

— Lisa...

— Isso é pedofilia! — grito e ela arregala os olhos.

— Não fala isso, por favor.

— Omma, ele estuda comigo! Ele tem minha idade!

— Ele tem 17.

— Um ano a mais, o que interessa?! Ainda é menor de idade! — grito. — Caramba, você tem 45 anos! Quando você falou que ele era novo eu achei que a diferença seria de uns 10 anos, não de 28!!

— Lisa, pare de gritar, por favor.

— Ouça bem o que eu vou te dizer. — falo me aproximando dela. — Esse garoto vai embora da nossa casa agora.

— Quê?

— Mande ele embora.

— Ele é meu namorado, e você é minha filha! Eu ainda mando em você! — ela fala autoritária.

— Omma, eu juro que eu faço queixa de você na polícia. — falo e ela me encara abismada.

— Como você pode falar isso?

— Você não se toca? Você está cometendo um crime! — falo e ela suspira me encarando.

— Daqui um ano, ele faz 18 e tudo fica bem. Eu não vou me privar de ser feliz agora, Lisa. Eu esperei tanto por esse momento, onde eu finalmente poderia esquecer seu pai e seguir em frente. E o Jimin me faz esquecer de todos os problemas em minha volta. — ela suspira. — Por favor... tente aceitar.

— Você está louca.

— Talvez eu esteja. Louca por ele.

— Você não sabe o que eu já ouvi sobre aquele menino e os amigos dele lá na escola. Ele não é de confiança.

— Ele é, sim. Ele me ama de verdade, Lisa. E eu amo ele. — ela fala com os olhos marejados. — Só tente conhecer ele essa noite. Por mim, Lisa. — ela fala e eu apenas a encaro durante algum tempo.

— Eu vou me arrepender disso. — falo cobrindo minha cara com as mãos.

— Não vai, meu amor. Eu prometo. — ela sorri levemente.

— Tá. — suspiro. — Omma, você está me devendo o mundo por isso.

— Eu sei, meu amor, eu sei. — ela fala e me abraça. — Eu tenho que ir retocar minha make. Vá até lá em baixo e tente conversar um pouco com ele. — ela fala e eu apenas suspiro.

Ela entra no banheiro e eu apenas desço a escada. Chego no andar de baixo e antes que possa entrar na sala meu celular vibra. Pego ele e vejo o nome de meu namorado na tela. Respiro fundo antes de atender a chamada.

— Oi...

— Quem é ele, hein?! — ele começa gritando.

— Quê? — falo confusa.

— ME FALA QUEM É O FILHO DA PUTA! — ele grita, completamente furioso.

— Eu não sei do que você está falando... — falo sentindo minhas mãos tremendo.

— PORQUE CARALHOS TEM UM GAROTO NA SUA CASA, LISA?!

Espera... o único garoto na minha casa é aquele loiro lá. E como ele sabe que tem alguém aqui sendo que ele está em Busan?

— Como você sabe que tem um garoto em minha casa?

— VOCÊ ESTÁ ME TRAINDO SUA PUTA! EU JURO QUE SE VOCÊ DEIXAR OUTRO TOCAR EM VOCÊ, EU MATO VOCÊ E ELE! EU MATO VOCÊS DOIS!

— Yugyeom... — falo sentindo meus olhos marejados.

— CALA A BOCA, VADIA!

— Eu não fiz nada... — falo e uma lágrima cai.

— EU SABIA QUE VOCÊ IA VADIAR POR AÍ ASSIM QUE SE VISSE LIVRE DE MIM!

— Não, isso não é verdade, ele é...

— VOCÊ VAI MORRER, LISA! — ele grita e eu apenas desligo a chamada, deixando o celular cair no chão.

Me encosto na parede, imóvel, minha respiração acelerada, as lágrimas caindo de meus olhos, e meu corpo tremendo.

— Lisa? — ouço uma voz, atrás de mim me assustando.

Meus dedos trêmulos limpam minhas lágrimas rapidamente enquanto eu tento me recompor.

— S-sim... — encaro o garoto ainda tremendo.

— Você está bem?

— Estou. — falo pegando meu celular do chão.

— Desculpa, eu não pude evitar ouvir a conversa... os gritos do rapaz dava até para ouvir em Marte. — ele fala. — Ele estava bravo?

— Isso não é da sua conta.

— Eu acho que qualquer caso de violência no namoro é da conta de qualquer um que presencie, não acha? — ele fala e eu apenas o encaro sem saber o que falar.

— Você não sabe o que está falando.

— Eu sei, sim.

— Cuida da sua vida, moleque. — falo e tento entrar na cozinha, mas ele agarra meu braço e me encosta na parede.

— Vocês, garotas, são bem irritantes quando querem. — ele fala me prensando contra a parede. — E burras também.

— Me larga. — tento me soltar dele.

— Quando você acabar morta nas mãos de um filho da puta como esses, vai me dar razão. — ele fala bem perto de mim.

— De onde você me conhece para falar assim comigo? — o encaro indignada.

— De lado nenhum. — ele me larga, se afastando de mim. — Espero que desfrute dessa cidade... minha querida enteada. — ele fala e eu apenas o encaro sem saber o que dizer.

Esse garoto não pode bater bem da cabeça.

her boyfriend {pjm}Onde histórias criam vida. Descubra agora