her boyfriend {pjm}

[28] something wrong

- O Taehyung? - Jisoo pergunta parecendo preocupada. - O Taehyung estava com você? E-ele... ele está bem?

- Sim, ele está bem.

- Porque ele estava lá? Yugyeom o sequestrou? - Rosé pergunta e eu apenas engulo em seco.

- Não... eu... talvez eu não deva contar a razão. - suspiro.

- Não, Lisa. - Jisoo se apressa a contrariar. - Por favor, fala.

- Ele... era um dos sequestradores.

- QUÊ?! - as três gritam.

- Calma... ele não estava lá por vontade própria. Ele estava sendo chantageado.

- Chantageado? - Jennie pergunta confusa.

- Ele... - suspiro. - Ele estava sendo chantageado pelo Yugyeom. Com fotos suas, Jisoo.

- Fotos minhas?

- Nudes. - falo, e ela me encara completamente chocada.

- Q-quê?

- Meu deus... - Rosé sussurra.

- Tinha dois sequestradores. Ele e um outro. O outro era um hacker, o nome dele era Minseok. Ele conseguiu todos os nudes que você já enviou pro Taehyung e Yugyeom ameaçou ele com isso. Jisoo, eles fez tudo isso para te proteger. - falo e consigo ver os olhos dela ganhando um brilho. - No primeiro dia, Taehyung tentava me soltar sempre que ficava perto. Até que Yugyeom e outro saíram e Taehyung conseguiu. Só que era apenas um teste. Estavam testando a lealdade dele. E como ele traiu eles, ficou como refém do meu lado. - falo e elas me fitam completamente chocadas. Encaro Jisoo. - Ele não sabia se ia sair vivo de lá, então ele me pediu para eu te dizer algo. Ele gosta de você. Muito.

Nesse momento, ela se levanta e sai do quarto, já com algumas lágrimas se caindo de seus olhos.

- Eu nem sei o que dizer... - Jennie fala.

- E... em que parte entram os outros dois? - Rosé pergunta.

- No meio de tudo isso, eu consegui ligar para o Jimin. Meu celular estava no bolso e com a ajuda do Taehyung, eu liguei para ele. Só que foi parar na caixa postal. - suspiro. - Porém, a chamada não foi em vão, porque de alguma forma, umas horas depois, Jimin e Jungkook estavam lá acompanhados por três carros da polícia.

- Nossa... - a ruiva suspira. - inacreditável.

- Eles ajudaram muito. E eu entendi algo que talvez vocês ainda não entenderam. - falo e elas me encaram. - Ser babaca não é a natureza deles. É o que a sociedade exige. E eu tenho a certeza que eles podem ser mudados. - falo e elas apenas me encaram sem saber o que falar.

De repente a porta abre bruscamente e eu ouço os gritos estridentes da minha mãe.

- Lisa! Filha! - ela corre até mim me abraçando forte. - Ai meu deus! Obrigada, meu deus, obrigada!

- Omma... está me machucando. - falo e ele se afasta imediatamente, enquanto eu aponto pra minha barriga.

- Meu deus... - ela comenta olhando o estado da minha perna. - Eu não acredito que o Yugyeom fez isso com você, meu amor.

- É... mas está tudo bem, agora. Eu só quero esquecer.

- Não, Lisa. Não está tudo bem. - minha mãe fala acariciando minha bochecha. - Eu vou querer que você seja vista por um psicólogo. Você passou por muita coisa que pode ter te traumatizado.

- Não, omma. - falo me soltando dos braços dela. - Eu não quero psicólogo nenhum. Sério, eu só quero ir para casa, voltar para minha vida normal e esquecer o que aconteceu.

- Eu não sei, filha...

- Por favor, omma. - falo e ela apenas suspira.

- Tá bom. Mas se você sentir que está precisando de ajuda, conversa comigo de imediato.

- Sim, não se preocupa.

- Bom... - as meninas se levantam. - A gente vai deixar vocês sozinhas. - Rosé fala.

Elas saem e minha mãe senta no cadeirão do meu lado.

- É tão bom ter você aqui de novo... - ela sorri. - Pensar que poderia te perder me deixou sem chão.

- É... te deixou sem chão e sem Jimin.

- Quê? - ela me encara surpresa pelas minhas palavras.

- Ele me contou. - falo e ela baixa o olhar. - Omma, você está bem?

- Estou. - ela assente. - Não. Não, não estou. - ela suspira, tapando a cara com as mãos. - Eu estou me sentindo horrivelmente mal. Eu machuquei ele tanto.

- É...

- Mas eu estava fora de mim. Eu não conseguia ter ninguém por perto. E ele estava me sofucando.

- Correção: ele estava tentando ajudar. - falo e ela suspira.

- Tá, mas as tentativas de ajuda dele só estavam me deixando pior. Então, eu achei que a única solução era pedir um tempo.

- Ele não me falou em tempo. Ele falou em término. - falo e ela me encara com um olhar triste.

- É, talvez ele não me queira mais. - ela fala. - Lisa, você podia me ajudar a ter ele de volta!

- Eu?

- Sim! Sim, filha! Agora que você é amiga dele, você podia falar de mim para ele, demonstrar que eu estou mal com o término e que a solução é voltar com ele.

- Omma...

- Lisa... por favor. Você consegue fazer isso por mim? - ela pergunta e me olha como um cachorrinho abandonado, esperando minha resposta.

- Não.

Eu não sei porque respondi isso. Eu só não quero. Não quero que ela volte com o Jimin.

- Como não?

- Omma, ele me disse que o término seria melhor para os dois. Eu acho que você precisa respeitar a decisão dele.

- Não, não, não, não... Lisa, ele acha que foi melhor porque eu briguei com ele e ele está machucado, mas eu não estava bem. Tudo pode voltar ao que era antes.

- Omma... Não. - repito.

- Porque não?!

- Olha... se você quer o Jimin de volta, você mesma vai trabalhar para isso. Eu não vou interferir.

Ela apenas respira fundo nervosa e impaciente.

Eu sempre quis ver minha mãe feliz. Sempre quis que todos os planos da vida dela dessem certo. É a primeira vez que eu não estou torcendo para que dê certo. E não sei porquê, mas sinto que algo dentro de mim está muito errado.

E eu sinto que posso fazer algo que machuque ela.