her boyfriend {pjm}

[17] walk home

A campainha toca e todo o mundo arruma suas coisas para sair. Enquanto coloco minhas coisas na mochila, as meninas vêm até mim.

— E aí? — Jennie fala. — Vocês topam em tarde no shopping?

— Eu estou dentro, como é óbvio. — Rosé ri.

— Eu deveria estudar, mas foda-se mesmo. Química pode esperar. — Jisoo sorri.

— É... eu não posso, gente. — respondo por último.

— A gente não vai a pé, Lisa, relaxa. — Jennie ri.

— Não é por causa disso. Eu tenho a tarde ocupada hoje.

— Tadinha, gente. — Rosé fala. — A gente te acompanha em casa.

— Não é necessário, eu já tenho companhia. — falo enquanto abandonamos a sala.

— Hum, algum menino gato? — Jisoo fala fazendo as outras rir.

— Não, só o Jimin mesmo. — falo, dando de ombros.

— Quê? — Rosé para de andar. — Você está nos trocando por aquele monte de merda?

— Calma, Rosé... — Jisoo fala.

— Lisa, você tem demência? — Jennie pergunta e eu apenas suspiro.

— Escutem, a gente só vai junto para minha casa, nada mais.

— Só...? Você acha isso pouco? — Rosé ri sem humor.

— Gente, parem! Sério! — sinto meus nervos se descontrolando. — Vocês acham que eu gosto dele? Que a gente vai ser melhores amigos agora? Não! Mas ele é o namorado da minha mãe, e eu tenho que pelo menos suportar ele. — falo fazendo as duas se calarem.

— A Lisa tem razão, gente. Ela tem que fazer um esforço, pela mãe. — Jisoo fala e eu sorrio levemente.

— Aish... tá bom. — Jennie suspira.

— Me desculpem, mas eu não concordo com isso! — Rosé fala ainda raivosa. — Essa relação do Jimin com a dona Moon Soo só vai dar merda! E querem saber porquê?

— Roseanne... — Jisoo a repreende.

— Porque ele não ama a pobre senhora! Ele está brincando com a cara dela! O que vai acontecer é o seguinte: ele vai se aproximar da Lisa, fingindo ser uma pessoa maravilhosa, até ela se apaixonar por ele e cair direta na cama dele! Exatamente o que ele fez comigo! — ela grita, fazendo algumas pessoas nos encararem.

— Você para aqui! — grito de volta. — Eu sei exatamente o que garotos como o Jimin fazem e eu não tenho culpa se no passado você foi burra, Rosé! — falo na cara dela. — Eu não vou cair no mesmo erro! E mesmo que eu caísse, se eu quisesse eu me entregaria de livre vontade! Desculpa, mas eu não iria me privar de fazer algo só porque correu mal com você!

A ruiva fica completamente paralisada me encarando, com seus olhos brilhantes, cheios de lágrimas.

— Mas não se preocupe. — continuo, não satisfeita. — Eu não tenciono cair na cama do Jimin. Se não der certo com a minha mãe... você tem o caminho livre. — falo, abandonando aquele lugar logo a seguir.

Caminho pelos corredores da escola, refletindo naquilo que falei. Talvez eu tenha sido demasiado dura com ela, mas quando algo está me irritando, eu não consigo segurar minha língua, e as palavras acabam por fluir.

Mas eu conversarei com ela mais tarde.

Chego perto do portão, e tal como a gente combinou, Jimin me espera, enquanto encara seu celular.

— Oi. — falo assim que chego perto dele. Seu olhar encontra o meu e um sorriso realmente lindo nasce em seus lábios.

— Oi, Lali. — ele fala me fazendo o encarar imediatamente.

— Nunca mais me chame por esse apelido vomitavelmente horrível, por favor. — peço e ele ri.

— Tudo bem, desculpa. Só achei que seria fofo.

— É, não foi. — falo enquanto saímos da escola, caminhando pelas ruas.

— Tá de mau humor de novo?

— Não.

— Lisa, posso te fazer uma pergunta?

— Acho que já fez, mas vá em frente.

— Aish... — ele suspira. — Você está de tpm? — ele pergunta e eu o encaro.

— Quê? — pela primeira vez rio de algo que ele falou.

— As garotas ficam putassas quando estão menstruadas, então sei lá... — ele dá de ombros. — Mas não poderia ser, porque você está sempre putassa. A não ser que você tenha alguma doença e fica de tpm o tempo todo...

— Quê que você tá falando...? — rio baixinho.

— Eu...

— Cala a boca, Jimin, pelo amor de Deus. — falo, não contendo mais meu riso e caindo na gargalhada. Ele apenas se junta a mim, rindo também.

— Nossa, sua risada é muito fofa. — ele me encara sorridente.

— Eu sei.

— Você parece com sua mãe nesse aspeto.

— Obrigada, acho...?

— Na verdade, eu acho que você é a cópia dela. Vocês são realmente muito parecidas. — ele fala me analisando. — Deve ser por esse motivo que eu gostei de você logo na primeira vez que eu te vi.

— Claro, claro... vamos acabar essa conversa por aqui. — falo respirando fundo.

— Você não gosta de receber elogios? — ele pergunta.

— Na verdade, não. Eu nunca sei o que dizer de volta, e aí fica constrangedor. — falo e ele ri.

— Quando falam que eu sou gato, normalmente eu falo obrigado, como as pessoas normais fazem.

— Nossa, que engraçado que você é. — rio falsamente.

— Peço imensas desculpas, Srta. Manoban. — ele ri. — Mas e aí... você já pensou naquilo que eu te propus?

— Eu não preciso pensar.

— Como não?

— Minha resposta está dada.

— Qual é, Lisa... por favor, se não quer fazer isso por mim, faça pela sua mãe.

— Mas ela não quer ir! Eu não iria estar fazendo isso por ela. Iria estar fazendo por você.

— E então? Eu também estou caminhando com você até casa para impedir seu ex namorado psicopata de te matar! — ele fala me fazendo o encarar.

— Olha, se você quiser pode dar meia volta e voltar para trás, eu tenho duas pernas e consigo caminhar até casa sozinha! — falo e ele apenas ri.

— Cala a boca, eu estou brincando.

— Que bom, agora que eu não vou mesmo nesse jantar ridículo. — falo desviando o olhar para a rua.

— Por favor, Lali!

— Você só piora a situação, Jimin! — encaro ele furiosa, ao ouvir aquele apelido horrível sair de sua boca.

— Por favor, Lisa... eu faço tudo o que você quiser. Prometo de dedinho. — ele fala, e eu o encaro.

— Promete... de dedinho... que nunca vai magoar minha mãe. — falo e ele respira fundo estendendo seu mindinho.

— Eu prom... — minha gargalhada corta sua fala. — O que é tão engraçado?

— Seu dedinho! — continuo rindo. — Socorro, que fofinho! — entrelaço meu mindinho com o dele.

Ele apenas ri, me encarando com um sorriso hipnotizante no fim.

— Obrigada por fazer isso por mim, Lisa. — ele fala.

— De nada. — sorrio.