Capítulo 70 - Minha alma inexistente

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Minha alma Inexistente

Como a fumaça da cidade que está entre nós e poucos a veem

Como os raios de sol que doem nossos olhos quando olhamos pra cima

Me sinto inexistente

Como uma poeira no vento, estou ao seu redor e você nem sente.

Sou a tinta da caneta que expressa seus sentimentos

Seu coração não doí, ele lateja

Ele grita por socorro

A alma chora com lágrimas de sangue

Eu te ajudava, mas nunca tive seu retorno

Se você soubesse como era difícil está do seu lado e não dizer o quanto te desejava

Eu não consigo mais sustentar esse fardo

Meus ombros estão doendo, as vezes sangram, mas esse não é o caso

Eu vejo um mundo vazio

E como ela sempre me dizia:

Não olhe para baixo, existe um buraco sombrio.

Quando se olha pro o abismo ele olha para você

Sou apenas mais um cadáver que respira em mundo horrível

Meu coração bate, mas até quando?

Nem eu e muito menos você sabe.

Não critico o mundo, mas

As pessoas que vivem nele

Enquanto os humanos não aprenderem com a dor nada mudará

VOCÊ AGUENTA CONVIVER COM A LOUCURA DE AMAR ALGUÉM E SE ODIAR?

POIS FALTARAM PALAVRAS PARA VOCÊ SE EXPRESSAR.

Tenho dores de cabeça constantemente

Me sinto acorrentado, mas aqui não tem correntes


Me salve!

Esse é o pedido de socorro da minha alma inexistente

Estou sangrando todos os dias e você não sente

Escute o clamor do seu corpo que está machucado

Como você faz isso?

Feche seus olhos, coloque uma música que te faz ir a fundo em seu passado

Memórias em estilhaços

O que doí não são as atitudes, mas os estragos que elas fazem

Meu coração esfrio pela pessoa que me tornei

Eu me olho no espelho e já não me vejo o mesmo.



Rafael Silva

Poesias GóticasOnde histórias criam vida. Descubra agora