Poesias Góticas

Capítulo 160 - O sopro de vida

Sopro de vida

As palavras ditas são como um sopro de vida

Ah! Aquela menina tinha um choro que ninguém entende

Fragmentos de sopro de vida

O ser humano só aprende, quando reflete o que sente

Descalço em um caminho de pedras eu vi uma enorme colina

Todas as vezes que eu tentava subir, as suas palavras me batiam

Eu me arrastei em um deserto e não tive companheiros

Ao meu lado só havia a solidão e quando olhava para baixo só sentia o desespero

Certo dia, conheci as ideias de Clarice Lispector

O sopro de vida foi o último ato de Clarice, antes de morrer

Ela sabia que a morte estava chegando

E como ela mesma dizia:

"É  no obscuro que o ser humano descobre quem é ele mesmo."

Quando cheguei aqui em cima eu vi, rosas tão bonitas, mas espinhos tão feios

Assim são os humanos, pessoas gentis por fora, mas machucadas por dentro

O sopro de vida...

EU FUI A CHAMA DA SUA VIDA

Me desculpe, eu errei em achar que só te amar era suficiente

Eu me coloquei de lado e esqueci que deveria me amar primeiro.

Ah! Como doi escrever sobre isso

Você não faz ideia do inferno que foi caminhar contra o vento

Clarice entendia perfeitamente quando dizia:

"Os seres humanos são pessoas que não conhecem a si mesmo"

Nas entrelinhas eu deixo a minha pergunta:

Como é estar em uma relação e vê o amor morrendo?

Parte I

Rafael Silva