Poesias Góticas

Capítulo 181 - Meu medo

Meu Medo

Me olhei no espelho e vi o quanto eu mudei

Peguei uma tesoura e comecei a cortar meu cabelo

A cada corte era uma lembrança

E a cada flashback, era uma lágrima.

Muitos julgam os sentimentos de alguém

Você não entenderá uma dor que não sente, meu bem

Inúmeras vezes, por você chorei de raiva e de saudades

Eu só queria sentir o calor do seu abraço

Sentir teu cheiro entre meus braços

E principalmente, eu preciso encontrar o motivo da minha existência

Gritos de loucura...

Aquela pessoa já não aguentava mais a solidão

Jamais diga que uma mulher não sofreu por amor

E entenda que todo mundo possui sua dor

Me desculpe, mas eu preciso tocar na sua ferida

Ela só queria voltar no tempo, mas sabe que isso é ilusão

O passado não mudará

Memórias não se apagam, elas são apenas rabiscadas

Ela está presa ao passado

Cada marca em seu corpo foram daqueles que a abandonaram

Todos temos medos e o que nos encoraja são nossos sentimentos.

Não adianta forçar um sorriso falso

FINGIR EM REDES SOCIAIS

NÃO IRÃO ESCONDER A DOR QUE VOCÊ CARREGA NO PEITO

As memórias também sangram

E danificam a nossa alma

Retire sua armadura

Desabe e chore

Ela já está enferrujada de tantas lágrimas derramadas.

Você sabe que precisa de seu tempo

A poesia é bela, mas tão assustadora

Ela move seu corpo

E dá voz a sua alma

É verdade que seu corpo não aguenta mais fingir que está tudo bem

Seu peito doi, mas essa é uma dor necessária

Você agora entende como é se entregar por alguém

E receber apunhaladas?

Como é confiar de corpo e alma

E ser abandonada?

Como é dizer eu te amo

E a outra pessoa ficar em silêncio

Ser magoada doi, e seu sangue só é visto por dentro.

Palavras motivam

Doem

Enlouquecem

E destroem as máscaras que temos

Transcrevo esses versos

Mas minha alma está rachada pelas suas palavras

O sentimento que depositei em você

Ontem eram sorrisos

Hoje são lágrimas.