No capítulo anterior:
–Os humanos continuam se matando a cada dia, a morte está ao redor deles, eu apenas limpo os cadáveis das ruas e acompanho o sofrimento das famílias.
–John, você será enterrado vivo.
–Não acha melhor matar alguém, em vez de passar por isso?
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John suspirou e disse:
–Pandora, como você se sente sendo uma "levadora de almas"? vamos dizer assim.
E ela respondeu:
–Eu só faço meu trabalho.
–ISSO É BIZARRO!
–Eu me recuso a matar alguém.
Afirmava John desesperado.
–Então pague o preço.
E com sua magia roxa, Pandora afundou John no jardim das rosas vermelhas.
E disse:
–O preço da compaixão é no final sentir a decepção por alguém.
–Quais as últimas palavras John?
E ele respondeu:
–VIVA.
–Eu quero que você sem toda essa melancolia no seu coração.
E Pandora disse:
–Se retirar minha melancolia eu ficarei nua, minha dor se tornou uma verdadeira armadura.
–Meu coração é apenas algo de enfeite
–Eu tive medo e ninguém apareceu.
–Quando você for enterrado vivo, saberá do que estou falando.
E John disse:
–Eu entendo como se sente.
E rebateu Pandora furiosa:
–VOCÊ ENTENDE?!
–COMO VOCÊ CONSEGUE ENTENDER, UMA DOR QUE NÃO SENTE?!
–Não seja hipócrita, humano insolente.
E deu as costas para John.
–Agora afunde aos poucos, até que as flores comam seu corpo, e depois eu voltarei para levar sua alma.
Em seguida, John começou a sentir que estava sendo sugado.
–Pandora, me tira daqui!
–Você...
–VOCÊ É UMA MULHER FRIA!
Gritava John desesperado.
–Nossa verdadeira natureza é expressada, quando estamos à beira da morte.
–Que nostalgia, ouvir de alguém que sou uma mulher fria.
Respondeu Pandora com um sorriso de canto.
–Eu desprezo os humanos, pois muitos julgam sem nem te conhecer.
E após essas palavras, Pandora foi embora.
Durante o caminho, em seu barco ela estava remando:
–A frieza é nosso mecanismo de defesa, será que é tão difícil de entender isso?
–Eu temo que chegará um tempo que a humanidade irá cansar de sofrer, e quando isso acontecer, muitos matarão para sobreviver, mas esse é o meu trabalho, limpar a cidade desses lixos.
E continuou com seu pensamento:
–Muitas pessoas não entendem o jeito das outras, mas é impossível entender algo que nunca passou, que nunca sentiu na pele o que era o verdadeiro medo.
–Esse humano...
–Ele realmente deseja mudar o coração humano?
–Isso é possível?!
Perguntava Pandora aflita.
E então, ela parou de remar.
O barco ficou preso entre as rochas vermelhas.
Aquele era o rio das lamentações.
Pandora se abaixou e começou a olhar para as águas.
–Eu mal me reconheço.
–Eu sou a reencarnação do mal.
Mas as palavras de John ficaram em sua mente:
–Eu entendo como se sente.
–AAAAAAA!
–Eu não consigo tirar isso da minha cabeça.
Até que uma voz disse:
–Pandora, não misture as coisas.
–Você é um demônio em forma de mulher.
Pandora tentou se afogar no rio, mas não conseguiu morrer.
–O que é isso?!
Pensava ela assustada.
E novamente a voz respondeu:
–Sua função é levar os cadáveres humanos, a morte para você não existe mais.
E continuou:
–Hoje você verá a história de dois melhores amigos que descobriram que gostavam da mesma mulher e esteja pronta para a grande tragédia que estará por vim.
–HÁ.HÁ.HA!
–É...
–Vamos ao trabalho.
Pandora pegou seu barco e começou a remar em direção a cidade, para recolher novos corpos...
Continua!
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Poesias Góticas
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