Poesias Góticas

Capítulo 72 - A melancolia de Pandora

Sentada na areia em uma noite sombria

Carregando no peito um vazio que você nem imagina

Me chamo Pandora, odiada pelos deuses, mas

Admirada pelos humanos

Meu perfume exala morte e tristezas constantes

É muito fácil julgar alguém, se você nem se quer, passou por isso antes.

Uso o preto, pois ele representa meus pensamentos

O diferente incomoda a alma

Nós precisamos de algo para descarregar nosso sofrimento

Estou de luto para esse mundo horrendo

Sou apenas um cadáver, carregando nas costas arrependimentos

Sou uma mulher de fases, temperamento forte

E Já tomei decisões que me fizeram perder amizades.

Escrevo em um diário, onde a maioria das páginas tem marcas de lágrimas

Meu corpo doí, pois tenho marcas da pessoa que amava.

Obrigado por tentar me compreender, mas agora já pode ir

Não é assim que funciona?

Hoje você diz que me entende

Amanhã você nem está mais aqui

Eu tive que mudar, meu coração sangra, mas era precisa avançar

Vou enterrar o vazio em meu peito, jogarei terra nas lembranças

E continuarei sozinha minha caminhada.

RAFAEL SILVA