Capítulo 166 - Pandora (04) - Escolhas perturbadoras

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Escolhas perturbadoras...

John estava pressionado com as palavras de Pandora e com toda aquele mundo vermelho que ele viu, mas o jovem tinha que decidir qual o caminho ele deve trilhar e essa escolha nunca foi e nunca será fácil.

O ser humano muda de ideias constantemente e ainda culpam deuses ou até mesmo demônios por suas atitudes fracassadas.

Pandora sabia que o coração humano é frágil e que a mente se questiona o tempo todo.

O jovem John se levantou da sua cama, e disse:

–O que devo fazer?

Ele desceu as escadas e tomou um copo d'água, seu corpo estava tremendo, e eu realmente não entendo os humanos, escolher o destino doi tanto assim?

E pegou uma foto de sua mãe que estava no retrato.

–Mãe...

–Eu sinto tanto sua falta.

Chorava o garoto em silêncio.

John representa tantas pessoas que sofrem caladas, pois se expor é abrir sua alma para alguém e machucar isso, pode destruir os sentimentos do bem.

–Pandora apareça agora!

–Eu não preciso matar ninguém, já vivemos um inferno mesmo.

–Eu posso suportar isso sozinho.

Pandora apareceu sentada no sofá, e disse:

–Você foi o único humano de todas pessoas que eu já vi, que resolveu encarar seus problemas sozinhos.

–É bem curioso isso.

–Muito bem, vamos ao inferno.

A magia de Pandora fez com o que John piscasse o olho e já estivesse em um mundo vermelho.

Era algo bem assustador.

–Nossa!

–Já chegamos?!

Perguntava surpreso o jovem.

–É aqui.

Disse Pandora.

–Que lugar estranho!

–É um jardim, mas tem algo errado nele.

–Essas flores...

–Elas estão mortas?!

Perguntava surpreso o jovem.

E Pandora respondeu:

–As flores representam a esperança da humanidade, e como você pode ver elas estão morrendo.

John se calou e apenas escutou as palavras de Pandora.

–Você está pronto para suportar esse fardo da morte de sua mãe sozinho?

E John respondeu:

–Nós humanos, nunca estaremos prontos para as perdas, mas devemos seguir em frente.

–Perder alguém doi e essa dor é algo incompreensível.

Disse o jovem sentado em baixo da árvore.

E Pandora comentou:

–Humanos...

–Vocês são uma raça interessante.

E rebateu John irritado:

–VOCÊ É HUMANA TAMBÉM!

–VOCÊ NÃO CHORA?!

–VOCÊ NÃO SENTE DOR?!

E rapidamente, John lhe deu um abraço e começou a apertar Pandora mais e mais.

–Por que John?!

Respondeu Pandora segurando suas emoções;

E respondeu o jovem:

–Eu não quero te ver sofrer mais.

E Pandora respondeu:

–A dor também é uma forma de sobreviver.

–Aqui nesse Jardim, eu nunca enterrei ninguém.

–Eu tiro esse lugar para refletir, quando eu tenho um tempo sobrando.

– "Tempo sobrando"?

Perguntou John.

–Sim.

–Os humanos continuam se matando a cada dia, a morte está ao redor deles, eu apenas limpo os cadáveis das ruas e acompanho o sofrimento das famílias.

–John, você será enterrado vivo.

–Não acha melhor matar alguém, em vez de passar por isso?

CONTINUA!

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